Bancos baixam a guarda, mas proposta ainda é considerada insuficiente pela categoria em greve
A federação dos bancos apresentou no último sábado, dia 9, proposta para a renovação do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) considerada insuficiente pelo Comando Nacional dos Bancários. A negociação foi suspensa e será retomada nesta segunda-feira às 11h.
A forte greve nacional dos trabalhadores de bancos privados e públicos, que completou dez dias na sexta-feira, dia 8, arrancou da federação dos bancos (Fenaban) a retomada das negociações e uma nova proposta.
O reajuste apresentado foi de 6,5% para salários até R$ 4.100 (aumento real de 2,12%). Acima desse valor haveria um reajuste fixo de R$ 266,50. Ou seja, qualquer salário acima de R$ 4.100 teria somente o acréscimo de R$ 266,50. Assim, em faixas salariais acima de R$ 6.212, o reajuste começa a ficar abaixo da inflação. O piso para escriturário passaria de R$ 1.074 a R$ 1.180, representando aumento de 9,82%, valor considerado ainda insuficiente (veja abaixo).
A retomada da mesa foi uma conquista muito importante dos bancários, mas a Fenaban tem condição de melhorar essa proposta. O Comando Nacional deixou claro, na rodada de negociação, que a categoria quer um reajuste bem acima de 6,5% PARA TODOS OS BANCÁRIOS, independentemente do salário.
Durante a reunião de sábado, os representantes dos bancos responderam não tinham condição de alterar a proposta, já que antes teriam de consultar as direções dos bancos. Por isso a negociação precisou ser suspensa, para ser retomada na segunda.
A reunião do Comando dos Bancários ressaltou que a greve tem de ser mantida forte como está, até que seja apresentada uma proposta melhor.
Mais – A Fenaban também não atendeu à reivindicação de PLR maior, já que a proposta corrige pelos 6,5% a regra do ano passado (de 90% do salário mais R$ 1.024 com teto R$ 6.680), inclusive os R$ 2.100 do teto da parcela adicional. Os mesmos 6,5% seriam aplicados nas demais verbas salariais como vales refeição, alimentação, 13ª cesta, e demais auxílios.
Por conta da mudança na lei que rege a educação no país, a Fenaban propôs alterações no auxílio-creche. O valor subiria de R$ 207,95 para R$ 258,90, mas passando de 83 meses para 71 meses.
Segurança e saúde – De acordo com a federação dos bancos, os pontos que avançaram nas questões de segurança serão apresentados na próxima rodada de negociação: obrigatoriedade do registro de boletim de ocorrência, divulgação de estatística semestral do setor e atendimento psicológico no pós-assalto. Reiteramos a necessidade de fechar um acordo com proposta global que dialogue com o fim do assédio moral nos locais de trabalho, uma das principais preocupações dos bancários.
Específicas - O Comando Nacional dos Bancários e as direções do Banco do Brasil e da Caixa Federal voltam a negociar nesta segunda-feira 11, as questões dos trabalhadores para a renovação dos acordos coletivos específicos.
Confira a proposta da Fenaban:
Reajuste salarial - 6,5% até R$ 4.100
Reajuste para salários acima de R$ 4.100 - R$ 266,50 fixos
Reajuste de verbas salariais - 6,5%
Piso salarial - R$ 1.180
PLR - reajuste de 6,5%, tanto para a regra básica quanto para o adicional
Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo
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