Bancários aprofundam debate com o Bradesco para combater assédio moral
Contraf-CUT, federações e sindicatos retomaram discussões com o banco para construir um conceito e definir regras para coibir essa prática que faz mal à saúde do trabalhador.
A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomaram na quarta-feira, dia 4, o debate com o Bradesco, objetivando criar uma proposta conjunta para combater o assédio moral na instituição financeira. A reunião ocorreu nas dependências do banco, em Osasco.
Para aprofundar as discussões, os representantes dos bancários e o banco estão levando especialistas no assunto para auxiliar na construção de um entendimento do conceito de assédio moral.
Na negociação de 8 de julho, as entidades sindicais levaram a psicóloga Lis Andréa Soboll, doutora em Medicina Preventiva pela USP, mestre em Administração e especialização em Psicologia do Trabalho pela Universidade Federal do Paraná, além de autora de tese de doutorado sobre a saúde mental dos bancários.
Já na quarta-feira, o Bradesco levou o advogado e pós-graduado em Administração, Paulo Peli, e a gerente Simone, da área de treinamento do banco. Ela apresentou o leque de cursos presenciais realizados pelos gestores para que saibam se relacionar com os funcionários, existindo um módulo dedicado exclusivamente ao assédio moral.
"O Bradesco tem mostrado disposição para debater o assunto, o que é positivo, mas a expectativa dos trabalhadores é definir premissas e construir um programa efetivo de combate ao assédio moral, um dos principais problemas enfrentados diariamente pelos bancários e que também prejudica o banco", destaca a diretora da Contraf-CUT e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, Elaine Cutis.
"Um dos pontos principais das reuniões com o banco é a discussão do conceito do assédio moral para evitar a banalização do tema e, assim, combatê-lo mais fortemente", afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira.
Entre os consensos já estabelecidos está que o foco do programa tem de ser em políticas de prevenção, que todos tomem conhecimento que o banco não admitirá prática de assédio moral, a criação de regras claras para coibir a prática e que haja retorno, dentro de um prazo pré-estabelecido, para as denúncias apresentadas pelos trabalhadores. Além disso, o acompanhamento dos dados na negociação sobre assédio moral no banco para averiguar se há alguma causa para o problema e combatê-las.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo
MAIS NOTÍCIAS
- Governo instala comitê do Plano Nacional de Cuidados “Brasil que Cuida”
- Estudo da USP revela que alta de juros aumenta mais o desemprego entre homens negros
- Chico Mendes: símbolo da luta sindical e ambiental completaria, hoje, 81 anos
- Clube terá horário especial de funcionamento neste fim de ano. Confira!
- Super Caixa: movimento sindical lança campanha "Vendeu/Recebeu"
- Em reunião na Vice-Presidência de Pessoas da Caixa, movimento sindical apresenta pesquisa de saúde física e mental dos empregados
- Saúde Caixa: Sindicato apoia CHAPA 2 - MOVIMENTO PELA SAÚDE na eleição do Conselho de Usuários
- Super Caixa: empregados criticam programa de premiação do banco
- Santander divulga agenda de expediente de fim de ano para os empregados
- Live Fim de Ano Premiado premia 21 bancários e bancárias, celebra valorização da categoria e reconhece confiança dos associados no Sindicato
- Cassi: BB apresenta proposta de antecipação de valores aquém das necessidades da caixa de assistência
- Senado avança em PEC que reduz jornada de trabalho para 36 horas semanais
- Entenda por que Copom erra ao manter juros em 15%
- Campanha de Sindicalização 2025 da Fetec-CUT/SP premia bancários de Araraquara e Guarulhos
- FETEC registra mais de 700 novas sindicalizações em campanha histórica