Adiado reajuste no Plano II do Banesprev
Em reunião realizada no dia 25 de março, o Conselho de Administração do Banesprev aprovou as contas do exercício de 2009 e analisou estudos atuariais sobre todos os planos.
Segundo estudo da consultoria Towers Watson, os planos I, III e IV são superavitários, dois estudos com diferença de mais de R$ 100 milhões entre um e outro foram apresentados para o Plano V (saiba mais abaixo) e o Plano II mostrou déficit de R$ 209.069.616,88, o que equivale a 5,3% das provisões matemáticas.
Em outras palavras, o Plano II precisa repor esse valor para cumprir suas obrigações com as aposentadorias de todos os inscritos. A correção desse déficit, segundo o regulamento, seria com o aumento da contribuição dos participantes (os que ainda não estão aposentados), que as elevaria em 2,11%, 4,23% e 17,74% nas três faixas, respectivamente. Esses percentuais totalizariam o dobro da contribuição atual.
Após ver o estudo, Paulo Salvador, conselheiro suplente, argumentou que a aplicação desses reajustes seria financeiramente inviável, pois elevaria a quantidade de compromissos dos banespianos para quase 80%, se somados o Imposto de Renda, a contribuição previdenciária, Cabesp e Banesprev.
"Notamos que houve forte recuperação das bolsas, mas não no mesmo nível verificado na evolução histórica", explica Paulo Salvador. Assim, por unanimidade, o Conselho suspendeu a aplicação dos reajustes - que seriam também votados na assembleia geral de 24 de abril - até janeiro de 2011 e pela realização de novos estudos no patrimônio.
Refazer os estudos da rentabilidade do patrimônio do plano, antes da aplicação de reajuste, foi justamente a sugestão apresentada por José Reinaldo Martins, durante reunião do Conselho Fiscal, ocorrida um dia antes.
Plano V - O mesmo estudo atuarial da Towers Watson, mostrou um déficit de R$ 540.855.135,22 no Plano V. Conforme diz o regulamento, ele deve ser coberto integralmente pelo Santander. Entretanto, um outro feito pela Mercer Consultoria, encomendado pelo banco, apontou déficit menor em cerca de R$ 100 milhões. O segundo estudo foi aprovado pelo Conselho.
Durante a reunião, Paulo Salvador destacou que a apresentação de dois estudos deixou-o em dúvida e inseguro em relação às premissas adotadas. "Essa diferença entre eles mostra que estamos certos em pedir uma reavalização patrimonial do Plano II, antes de qualquer decisão", completa.
Fonte: Afubesp
MAIS NOTÍCIAS
- Por unanimidade, STF reconhece existência de racismo estrutural no Brasil. Entenda
- Novo salário mínimo será de R$ 1.621 em 2026
- Super Caixa: Ainda dá tempo de assinar o abaixo-assinado da campanha Vendeu/Recebeu
- Justiça indefere pedido do Santander contra decisão da Previc sobre retirada de patrocínio
- Com início do recesso no Congresso, movimento sindical bancário projeta para 2026 atuação nas pautas de interesse dos trabalhadores
- O caminho do dinheiro: entenda quem se beneficia com o não pagamento das comissões pela venda de produtos na Caixa
- Saiba como será o expediente dos bancos no Natal e no Ano Novo
- Aposentados bancários e de diversas categorias da CUT participaram da 6ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, em Brasília
- CEE cobra mudanças no Super Caixa
- Sindicato realiza entrega de doações arrecadadas para a Campanha Natal Solidário, em parceria com o projeto Semear
- Saiba o que é preciso para a redução de jornada sem redução salarial passar a valer
- COE Santander cobra transparência sobre a reorganização do varejo e respeito à representação sindical
- Salário mínimo terá quarto aumento real seguido após superar fase 'menor abandonado'
- Sindicato apoia a Chapa 2 – Movimento pela Saúde na eleição do Conselho de Usuários do Saúde Caixa
- Tentativa de silenciamento ao padre Júlio Lancelotti gera indignação e solidariedade