Brasil bate novo recorde e bancos dão outro vexame no emprego
País aumentou, em maio, estoque de vagas formais em 0,88% enquanto instituições financeiras só em 0,38%, apesar dos lucros estratosféricos.
Novamente a geração de empregos formais no Brasil foi altamente positiva. Maio teve o melhor resultado para o mês na história do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Na contramão, os bancos, apesar dos lucros recordes, estão entre os que menos geram empregos formais na iniciativa privada.
Em maio o país criou no total 298 mil novos postos de trabalho com carteira assinada, representando aumento de 0,88% no saldo total de trabalhadores formais do país. No ano, já são mais de 1,260 milhão gerados, elevação de 3,82% no saldo. O resultado supera os 2 milhões quando o período analisado é entre junho de 2009 e maio de 2010, crescimento de 6,45% do saldo.
O resultado nos bancos é bem mais modesto. No mesmo mês de maio foram criados 1.767 novos postos formais, aumento de 0,38% no saldo total específico das instituições financeiras. Entre janeiro e maio, são pouco mais de 6 mil vagas, elevação de 1,31% do saldo e, nos doze meses encerrados em maio, foram 7.181 novos postos, alta de 1,57% no saldo total.
Lanterna – Uma análise mais detalhada mostra o quão pífia é a contribuição dos bancos para a geração de empregos no país.
O Caged divide a economia privada em 24 setores. As instituições financeiras ficaram em 24º e último lugar nas comparações entre os resultados somente de maio e entre os que se referem ao período de junho de 2009 a maio de 2010. Na comparação de janeiro a maio deste ano não melhora muito, ficando na penúltima colocação, 23º, superando apenas o comércio varejista, que elevou seu saldo em 1,26%.
O resultado não difere muito do apresentado em abril, quando ficaram em último lugar em duas das três comparações e em 23º em outra.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Paulo Eduardo B. Franco, a postura dos bancos de não ampliar os postos de trabalho na mesma proporção que o país cresce, com o conseqüente aumento da demanda aos trabalhadores das instituições financeiras, impacta também nas condições de trabalho dos funcionários. “As pessoas estão adoecendo em virtude do ritmo alucinante das agências e departamentos, do assédio moral e da pressão pelo cumprimento de metas abusivas. Essa situação tem de mudar e o momento de aumentar a cobrança é na campanha nacional unificada que está começando”, diz o dirigente. “Vamos denunciar à população tudo o que está acontecendo nas instituições financeiras e ampliar a mobilização por mais contratações, aumento real nos salários e por condições dignas de trabalho”.
Lucros – O Banco do Brasil, voltou a bater no primeiro trimestre do ano seu próprio recorde de lucros ao alcançar R$ 2,35 bilhões, crescimento de 41%. No Bradesco foi de R$ 2,103 bilhões, 22% maior. O Itaú Unibanco chegou a R$ 3,23 bilhões, alta de 60,5%, e o maior lucro da história para um primeiro trimestre. A Caixa superou os primeiros três meses de 2009 em 72% e chegou a R$ 777,5 milhões. O Santander também bateu seu recorde no país: R$ 1,763 bilhão, duas vezes mais do que o apurado um ano antes, sempre no primeiro trimestre.
Fonte: SEEB S Paulo
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