14/10/2025

Dia Nacional de Luta: Sindicato protesta contra exploração, demissões e fechamento de agências no Itaú

Nesta terça-feira (14), bancários do Itaú de todas as regiões do Brasil promovem um Dia Nacional de Luta para denunciar as condições precárias que enfrentam diariamente: um cenário marcado por demissões, metas abusivas e o adoecimento de trabalhadores. A mobilização busca trazer visibilidade para as dificuldades enfrentadas pelos funcionários, que contrastam com a imagem de sucesso e prosperidade promovida pelo banco.

Em Catanduva, os protestos ocorrem em frente à agência localizada na região central do município. Diretores do Sindicato realizaram panfletagem de um Infopress com denúncias sobre o aumento da precarização, fechamento de agências e reivindicações do movimento sindical, além do uso de caixas de som e diálogo direto com a categoria e a população, expondo o contraste entre o discurso publicitário do banco e a realidade enfrentada dentro das agências.

“Enquanto o Itaú segue batendo recordes de lucro bilionário - no primeiro semestre deste ano foram mais de R$ 22 bilhões, o cotidiano dos trabalhadores é de cobranças incessantes e medo constante de demissão. O que se vê são rotinas exaustivas, metas desumanas e falta de perspectivas de carreira. Muitos colegas têm adoecido por estresse, depressão, ansiedade e burnout — reflexo direto de uma gestão que prioriza apenas o lucro, sem qualquer preocupação com as pessoas”, ressaltou o diretor do Sindicato, Ricardo Jorge Nassar Jr.


Nos últimos anos, o Itaú tem fechado agências físicas em ritmo acelerado, especialmente em cidades de pequeno e médio porte. Cada unidade encerrada significa menos empregos, mais sobrecarga para os remanescentes e prejuízo à população, que perde o acesso ao atendimento presencial. Com o enxugamento das equipes, cresce também o controle digital e a vigilância exercida por ferramentas de inteligência artificial, usadas para monitorar cada passo e desempenho dos trabalhadores — uma prática que agrava o assédio moral e digital.

“Essa política de gestão ataca o emprego, a saúde e a dignidade dos bancários, e ainda compromete o comércio local e os serviços das comunidades que dependem das agências. Não há responsabilidade social em um modelo que fecha portas, demite pais e mães de família e adoece quem continua trabalhando. O banco lucra como nunca, mas não cumpre seu papel social. Banco é concessão pública e precisa garantir atendimento digno à população”, reforçou o presidente do Sindicato, Roberto Vicentim.
 
Fonte: Seeb Catanduva

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