26/06/2025
Aprovada cota de 30% de mulheres em conselhos administrativos de estatais
O Senado aprovou, na tarde de terça-feira (24), o Projeto de Lei 1246/2021, de autoria da deputada Tábata Amaral (PDT-SP), que determina que as empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas e outras companhias em que a União, o estado ou o município, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto reservem para mulheres, pelo menos, 30% das vagas de membros titulares dos seus conselhos de administração. O projeto, que já havia sido aprovado na Câmara dos Deputados, segue para a sanção presidencial.
Na Caixa, o percentual de 30% de mulheres em cargos de direção, englobando as diretorias e vice-presidências, é uma conquista das negociações da Campanha Nacional dos Bancários de 2024. A inclusão da cota para mulheres no Estatuto Social do banco foi aprovada pelo Conselho de Administração e anunciada pelo presidente Carlos Vieira no dia 5 de maio, em uma “live” com as empregadas e empregados. O Conselho também debateu a inclusão de cotas para outros segmentos sociais, mas a decisão ficou para uma próxima reunião.
"A aprovação da cota de 30% para mulheres nos Conselhos de Administração das empresas públicas é uma conquista importante e deve ser comemorada. Mas a luta continua. Assim como cobramos a ampliação dessa cota na Caixa, seguimos exigindo que ela avance em todas as empresas públicas. Porque representatividade de verdade se faz com igualdade e espaço garantido", destacou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região Antônio Júlio Gonçalves Neto.
"Na Caixa, somos 45% do quadro de pessoal e na sociedade somos mais da metade. A cota de 30% já é um avanço, mas queremos a proporcionalidade de nossa representação na população total", completou a representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Fetrafi) do Nordeste na Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, Chay Cândida.
O parágrafo 4º do artigo 17 do Estatuto Social da Caixa define, que "para composição da Diretoria Executiva, observar-se-á que, no mínimo 1/3 dos membros titulares efetivos serão mulheres, conforme gênero declarado no momento da indicação e de acordo com as diretrizes da política de sucessão de administradores da CEF, à exceção do(a) Presidente da Caixa, que será indicado pelo Presidente da República."
“Entendemos que a cota já englobava o Conselho de Administração, mas, se com a aprovação da nova lei de cotas pelo Senado for preciso fazer alguma alteração no Estatuto, vamos reforçar o pedido para que na nova versão do documento não haja mais o teto de 6,5% da folha de pagamento para os gastos da Caixa com a saúde do seu quadro de pessoal”, lembrou Chay.
Luta histórica
A representante eleita pelos trabalhadores para o Conselho de Administração da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, conhecida como Fabi por seus colegas de trabalho, reforça que a aprovação do Projeto de Lei é uma vitória para empregadas e empregados de todo o país.
"Tenho orgulho de ter feito parte do debate realizado no CA que levou à aprovação dessa mudança, que reflete uma luta histórica das empregadas da Caixa", disse Fabi. "Tanto o Projeto de Lei 1246/2021 quanto a mudança no Estatuto da Caixa proporcionam a maior participação das mulheres em cargos de chefia. Não como um prêmio, mas como reconhecimento pelo trabalho que nós mulheres estamos realizando", completou.
Na Caixa, o percentual de 30% de mulheres em cargos de direção, englobando as diretorias e vice-presidências, é uma conquista das negociações da Campanha Nacional dos Bancários de 2024. A inclusão da cota para mulheres no Estatuto Social do banco foi aprovada pelo Conselho de Administração e anunciada pelo presidente Carlos Vieira no dia 5 de maio, em uma “live” com as empregadas e empregados. O Conselho também debateu a inclusão de cotas para outros segmentos sociais, mas a decisão ficou para uma próxima reunião.
"A aprovação da cota de 30% para mulheres nos Conselhos de Administração das empresas públicas é uma conquista importante e deve ser comemorada. Mas a luta continua. Assim como cobramos a ampliação dessa cota na Caixa, seguimos exigindo que ela avance em todas as empresas públicas. Porque representatividade de verdade se faz com igualdade e espaço garantido", destacou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região Antônio Júlio Gonçalves Neto.
"Na Caixa, somos 45% do quadro de pessoal e na sociedade somos mais da metade. A cota de 30% já é um avanço, mas queremos a proporcionalidade de nossa representação na população total", completou a representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Fetrafi) do Nordeste na Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, Chay Cândida.
O parágrafo 4º do artigo 17 do Estatuto Social da Caixa define, que "para composição da Diretoria Executiva, observar-se-á que, no mínimo 1/3 dos membros titulares efetivos serão mulheres, conforme gênero declarado no momento da indicação e de acordo com as diretrizes da política de sucessão de administradores da CEF, à exceção do(a) Presidente da Caixa, que será indicado pelo Presidente da República."
“Entendemos que a cota já englobava o Conselho de Administração, mas, se com a aprovação da nova lei de cotas pelo Senado for preciso fazer alguma alteração no Estatuto, vamos reforçar o pedido para que na nova versão do documento não haja mais o teto de 6,5% da folha de pagamento para os gastos da Caixa com a saúde do seu quadro de pessoal”, lembrou Chay.
Luta histórica
A representante eleita pelos trabalhadores para o Conselho de Administração da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, conhecida como Fabi por seus colegas de trabalho, reforça que a aprovação do Projeto de Lei é uma vitória para empregadas e empregados de todo o país.
"Tenho orgulho de ter feito parte do debate realizado no CA que levou à aprovação dessa mudança, que reflete uma luta histórica das empregadas da Caixa", disse Fabi. "Tanto o Projeto de Lei 1246/2021 quanto a mudança no Estatuto da Caixa proporcionam a maior participação das mulheres em cargos de chefia. Não como um prêmio, mas como reconhecimento pelo trabalho que nós mulheres estamos realizando", completou.
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