05/05/2025
Nova NR-1 passa a valer em maio de 2025 com foco em saúde mental e riscos psicossociais

Depois de meses de debate, o Ministério do Trabalho decidiu manter a data original de entrada em vigor da nova redação da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que trata das disposições gerais sobre segurança e saúde no trabalho. Com isso, a partir de 26 de maio de 2025, as empresas deverão se adequar ao novo texto, publicado por meio da Portaria 1.419/24, que traz como principal avanço a inclusão de diretrizes voltadas à prevenção de riscos psicossociais no ambiente corporativo.
Embora a norma entre em vigor em 2025, o governo anunciou que, durante os primeiros 12 meses, a fiscalização será exclusivamente orientativa. Ou seja, até o final de maio de 2026, as empresas não serão autuadas em caso de descumprimento das novas exigências, mas receberão instruções e orientações dos auditores-fiscais sobre como se adaptar às mudanças.
Saúde mental no centro da pauta
A nova NR-1 marca uma mudança de paradigma ao reconhecer oficialmente que fatores como assédio moral, pressão excessiva por metas e desequilíbrio entre vida pessoal e profissional também impactam diretamente a saúde do trabalhador. Esses aspectos, até então tratados de forma marginal ou indireta, passam a ser considerados riscos ocupacionais que exigem medidas concretas de prevenção e gestão por parte das empresas.
Para garantir a implementação efetiva da nova norma, o governo anunciou a criação de um grupo de trabalho tripartite, composto por representantes dos trabalhadores, empregadores e do próprio Ministério do Trabalho. Esse grupo acompanhará o processo de transição e ajudará a construir soluções para os desafios que surgirem na aplicação das novas diretrizes.
Além disso, o ministério se comprometeu a publicar um guia oficial de orientação, com informações práticas para empregadores, profissionais de saúde e segurança do trabalho e demais interessados.
Segundo Washington Santos (Maradona), coordenador da bancada dos trabalhadores na Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), a nova norma representa um avanço importante na luta por ambientes laborais mais humanos e seguros. “A expectativa é que esse novo ciclo traga avanços significativos na promoção de ambientes de trabalho mais saudáveis e seguros, com atenção especial à prevenção de adoecimentos relacionados ao estresse, assédio e outros fatores psicossociais”, afirmou.
O que muda com a nova NR-1?
A nova versão da norma reforça a importância de uma abordagem ampliada sobre os riscos ocupacionais, incorporando questões que impactam diretamente o bem-estar dos trabalhadores. Entre os principais pontos estão:
Embora a norma entre em vigor em 2025, o governo anunciou que, durante os primeiros 12 meses, a fiscalização será exclusivamente orientativa. Ou seja, até o final de maio de 2026, as empresas não serão autuadas em caso de descumprimento das novas exigências, mas receberão instruções e orientações dos auditores-fiscais sobre como se adaptar às mudanças.
Saúde mental no centro da pauta
A nova NR-1 marca uma mudança de paradigma ao reconhecer oficialmente que fatores como assédio moral, pressão excessiva por metas e desequilíbrio entre vida pessoal e profissional também impactam diretamente a saúde do trabalhador. Esses aspectos, até então tratados de forma marginal ou indireta, passam a ser considerados riscos ocupacionais que exigem medidas concretas de prevenção e gestão por parte das empresas.
Para garantir a implementação efetiva da nova norma, o governo anunciou a criação de um grupo de trabalho tripartite, composto por representantes dos trabalhadores, empregadores e do próprio Ministério do Trabalho. Esse grupo acompanhará o processo de transição e ajudará a construir soluções para os desafios que surgirem na aplicação das novas diretrizes.
Além disso, o ministério se comprometeu a publicar um guia oficial de orientação, com informações práticas para empregadores, profissionais de saúde e segurança do trabalho e demais interessados.
Segundo Washington Santos (Maradona), coordenador da bancada dos trabalhadores na Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), a nova norma representa um avanço importante na luta por ambientes laborais mais humanos e seguros. “A expectativa é que esse novo ciclo traga avanços significativos na promoção de ambientes de trabalho mais saudáveis e seguros, com atenção especial à prevenção de adoecimentos relacionados ao estresse, assédio e outros fatores psicossociais”, afirmou.
O que muda com a nova NR-1?
A nova versão da norma reforça a importância de uma abordagem ampliada sobre os riscos ocupacionais, incorporando questões que impactam diretamente o bem-estar dos trabalhadores. Entre os principais pontos estão:
- Avaliação e gestão dos riscos psicossociais, como assédio moral, metas abusivas e sobrecarga emocional;
- Fortalecimento da formação e capacitação de trabalhadores em saúde mental e bem-estar no trabalho;
- Integração com outras NRs, garantindo coerência nas políticas de prevenção e segurança.
Participação dos trabalhadores
Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT, lembra que esse debate já foi pautado na mesa de saúde permanente junto à Fenaban.
“Será uma discussão contínua, na qual os bancos, a princípio, se mostram dispostos a negociar. Da parte dos trabalhadores, buscamos garantir que não se trate de uma norma meramente burocrática e protocolar — ela precisa ser viva, ouvir de fato os trabalhadores e resultar em medidas concretas, pois o nível de adoecimento entre os bancários é alto e guarda uma inegável correlação com o modelo de gestão adotado pelos bancos, que muitas vezes está em desacordo com as normas existentes.”
"A incorporação de novas ferramentas de gestão, a forte pressão quanto ao tempo para atingirem seus resultados, o aumento do controle, o prolongamento da jornada e o aumento da competitividade trouxeram, por consequência, o maior adoecimento da categoria bancária. O fechamento de postos de trabalho acompanhado das demissões são mais um fator prejudicial à saúde no setor. Quem fica, recebe pressão para atuar em dobro e suprir a ausência dos demitidos ou afastados de maneira que o ganho dos bancos siga alto sob o preço da saúde dos trabalhadores e trabalhadoras”, ressalta o secretário de Saúde, Condições de Trabalho e Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Luiz Eduardo de M. Freire (Sadam).
"O momento é oportuno, portanto, para resgatarmos o debate a fim de desmistificar a falsa crença de que essas doenças estão superadas nos locais de trabalho, alertando os trabalhadores de que é preciso permanecer vigilantes, denunciando sempre ao Sindicato as condições inadequadas e as pressões por produtividade, para que juntos possamos exigir das empresas melhoras nos ambientes e revisão dos processos laborais", acrescenta Sadam.
“A inclusão dos riscos psicossociais como pauta oficial de saúde e segurança no trabalho é fruto da luta histórica do movimento sindical e reforça a necessidade de manter e ampliar a organização dos trabalhadores para garantir ambientes de trabalho mais justos, seguros e dignos”, conclui Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT.
Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT, lembra que esse debate já foi pautado na mesa de saúde permanente junto à Fenaban.
“Será uma discussão contínua, na qual os bancos, a princípio, se mostram dispostos a negociar. Da parte dos trabalhadores, buscamos garantir que não se trate de uma norma meramente burocrática e protocolar — ela precisa ser viva, ouvir de fato os trabalhadores e resultar em medidas concretas, pois o nível de adoecimento entre os bancários é alto e guarda uma inegável correlação com o modelo de gestão adotado pelos bancos, que muitas vezes está em desacordo com as normas existentes.”
"A incorporação de novas ferramentas de gestão, a forte pressão quanto ao tempo para atingirem seus resultados, o aumento do controle, o prolongamento da jornada e o aumento da competitividade trouxeram, por consequência, o maior adoecimento da categoria bancária. O fechamento de postos de trabalho acompanhado das demissões são mais um fator prejudicial à saúde no setor. Quem fica, recebe pressão para atuar em dobro e suprir a ausência dos demitidos ou afastados de maneira que o ganho dos bancos siga alto sob o preço da saúde dos trabalhadores e trabalhadoras”, ressalta o secretário de Saúde, Condições de Trabalho e Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Luiz Eduardo de M. Freire (Sadam).
"O momento é oportuno, portanto, para resgatarmos o debate a fim de desmistificar a falsa crença de que essas doenças estão superadas nos locais de trabalho, alertando os trabalhadores de que é preciso permanecer vigilantes, denunciando sempre ao Sindicato as condições inadequadas e as pressões por produtividade, para que juntos possamos exigir das empresas melhoras nos ambientes e revisão dos processos laborais", acrescenta Sadam.
“A inclusão dos riscos psicossociais como pauta oficial de saúde e segurança no trabalho é fruto da luta histórica do movimento sindical e reforça a necessidade de manter e ampliar a organização dos trabalhadores para garantir ambientes de trabalho mais justos, seguros e dignos”, conclui Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT.
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