30/04/2025
Pesquisa mostra piora na saúde mental dos empregados da Caixa em 2024

O número de empregados da Caixa afastados do trabalho por adoecimento mental cresce em ritmo alarmante. É o que revelou estudo do Dieese, a pedido da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), no Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, celebrado na última segunda-feira, 28 de abril.
Somente nos anos de 2023 e 2024, do total de 8.378 licenças por acidente de trabalho concedidas pelo INSS para os bancários, 57,1% (ou 4.781 licenças) foram motivadas por transtornos mentais e comportamentais. Na Caixa a situação é ainda mais crítica – 74% das licenças reconhecidas como acidente de trabalho de empregados do banco público decorreram de problemas relacionados à saúde mental. O percentual extrapola, e muito, o índice de afastamentos acidentários observado na sociedade como um todo, que, no mesmo período, representou 5,99% dos afastamentos.
Somente nos anos de 2023 e 2024, do total de 8.378 licenças por acidente de trabalho concedidas pelo INSS para os bancários, 57,1% (ou 4.781 licenças) foram motivadas por transtornos mentais e comportamentais. Na Caixa a situação é ainda mais crítica – 74% das licenças reconhecidas como acidente de trabalho de empregados do banco público decorreram de problemas relacionados à saúde mental. O percentual extrapola, e muito, o índice de afastamentos acidentários observado na sociedade como um todo, que, no mesmo período, representou 5,99% dos afastamentos.
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Outro dado que reforça ainda mais a preocupação com a saúde mental dos empregados é o somatório das licenças por acidente de trabalho (B91) e por tratamento de saúde (B31) por doenças mentais e comportamentais, que cresceu quase 50% nos últimos dois anos, saltando de 1.629 casos em 2022 para 2.417 em 2024 (veja quadro abaixo).
A comparação histórica expõe a gravidade do cenário – em 2014, o banco registrava 749 afastamentos acidentários e previdenciários (B91 + B31) por doenças ligadas à saúde mental. Em 2024, o somatório dos afastamentos pelo mesmo motivo subiu para 2.417, representando um aumento de cerca de 223% em 10 anos.
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Segundo o levantamento, as principais causas dos afastamentos por saúde mental na Caixa, em 2023 e 2024, foram: reações ao stress grave e transtornos de adaptação, que somaram 12,3%; episódios depressivos, que corresponderam a 24% dos afastamentos e outros transtornos ansiosos, representando 31,9% dos casos.
"A Caixa só tem o tamanho e a importância que tem hoje porque foi construída com o esforço, o suor e o compromisso de cada empregado e empregada. E é por esses trabalhadores que reforçamos nossas reivindicações por mais dignidade, respeito e condições justas de trabalho. O aumento do índice de adoecimento em comparação com as demais instituições financeiras é consequência direta de uma política de gestão que vem precarizando essas condições de trabalho, com um quadro funcional deficitário, enquanto impõe metas abusivas e esquece que a Caixa é, antes de tudo, um banco público com papel social fundamental para o país. O que vemos são agências sobrecarregadas, com pessoas trabalhando no limite, e é preciso avançar nos compromissos assumidos em Campanha Nacional. Seguiremos firmes na defesa da saúde dos trabalhadores, porque banco público se faz com gente — e gente doente não constrói um Brasil melhor", ressaltou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
Para o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, os dados revelados pelo estudo reforçam a necessidade urgente de políticas efetivas de melhores condições de trabalho e aumento no número de trabalhadores.
“É muito triste saber que lideramos este ranking. Não podemos naturalizar que trabalhar na Caixa signifique, inevitavelmente, adoecer. A saúde mental dos empregados precisa ser tratada como prioridade absoluta” disse. “A Caixa precisa urgentemente implementar o GT Saúde do Trabalhador, que é um compromisso assumido pelo banco na última Campanha, para discutir formas de melhorar as condições de trabalho e reverter este cenário preocupante, que mostra que ultimamente o empregado paga com sua saúde pela ausência ou ineficiência de políticas de prevenção “, enfatizou.
"A Caixa só tem o tamanho e a importância que tem hoje porque foi construída com o esforço, o suor e o compromisso de cada empregado e empregada. E é por esses trabalhadores que reforçamos nossas reivindicações por mais dignidade, respeito e condições justas de trabalho. O aumento do índice de adoecimento em comparação com as demais instituições financeiras é consequência direta de uma política de gestão que vem precarizando essas condições de trabalho, com um quadro funcional deficitário, enquanto impõe metas abusivas e esquece que a Caixa é, antes de tudo, um banco público com papel social fundamental para o país. O que vemos são agências sobrecarregadas, com pessoas trabalhando no limite, e é preciso avançar nos compromissos assumidos em Campanha Nacional. Seguiremos firmes na defesa da saúde dos trabalhadores, porque banco público se faz com gente — e gente doente não constrói um Brasil melhor", ressaltou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
Para o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, os dados revelados pelo estudo reforçam a necessidade urgente de políticas efetivas de melhores condições de trabalho e aumento no número de trabalhadores.
“É muito triste saber que lideramos este ranking. Não podemos naturalizar que trabalhar na Caixa signifique, inevitavelmente, adoecer. A saúde mental dos empregados precisa ser tratada como prioridade absoluta” disse. “A Caixa precisa urgentemente implementar o GT Saúde do Trabalhador, que é um compromisso assumido pelo banco na última Campanha, para discutir formas de melhorar as condições de trabalho e reverter este cenário preocupante, que mostra que ultimamente o empregado paga com sua saúde pela ausência ou ineficiência de políticas de prevenção “, enfatizou.
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