10/08/2023
Banco Mercantil lucra R$ 100 mi no segundo trimestre, mas segue pressionando funcionários
Pela primeira vez na história, o Banco Mercantil atingiu um lucro líquido trimestral de nove dígitos: R$ 100 milhões no segundo trimestre de 2023. O resultado representa alta de 108% em relação ao mesmo período do ano passado, quando obteve R$ 48,2 milhões. Funcionárias e funcionários, porém, seguem sofrendo com a alta rotatividade e cobranças abusivas.
Ao mesmo tempo em que cresce o número de clientes, alta anual de 35% e um total de 7,2 milhões no segundo trimestre, o que prevalece entre trabalhadoras e trabalhadores é um sentimento de insegurança. Isto porque a instituição tem uma rotatividade anual em torno de 24%. Ou seja, cerca de um quarto do corpo funcional é substituído todos os anos.
Isto se soma ao assédio moral, pressões constantes, poucas oportunidades de promoção, ameaças de demissão e pouca diversidade dentro da instituição financeira. A categoria bancária é, inclusive, a que mais sofre no Brasil com adoecimento e afastamentos causados por transtornos mentais ligados ao trabalho.
“Os bons resultados do Banco Mercantil são fruto do esforço das funcionárias e funcionários, que muitas vezes adoecem tentando cumprir as metas altíssimas impostas. É preciso oferecer condições dignas de trabalho, pois o lucro não pode estar acima da saúde física e mental dos trabalhadores”, afirmou Marco Aurélio Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados do Mercantil (COE/BMB).
Para Vanderci Antônio, funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, a direção do Banco tem que entender que uma empresa é feita das pessoas que fazem parte da sua história. “Não basta desenvolver talentos, é preciso uma boa política para retê-los”, destacou.
"Estamos denunciando frequentemente e cobrando a revisão da postura do banco no que tange à cobrança de metas e pelo fim do assédio moral. Um banco que segue com a lucratividade em alta não tem porque insistir na política de alta rotatividade nos postos de atendimento, sobrecarga de trabalho, pressão por metas abusivas e assédio moral contra seus trabalhadores, que são os verdadeiros responsáveis pelo excelente resultado do banco", acrescentou o secretário geral do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Júlio César Trigo.
O Sindicato reforça, ainda, a importância de os bancários denunciarem sempre que se sentirem perseguidos ou constrangidos por superiores. “O trabalhador tem um papel fundamental no processo de combate ao assédio moral, pois somente através da denúncia conseguiremos buscar mecanismos para defesa daqueles que forem afetados por essa prática, que infelizmente ainda é uma realidade que persiste dentro dos bancos”, conclui Trigo.
Bancários e bancárias podem denunciar pelo canal oficial de denúncias, pelo WhatsApp (17) 99259-1987 ou diretamente a um dirigente sindical em visitas permanentes às agências da base. O sigilo e a segurança são garantidos!
> Leia aqui os destaques completos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Ao mesmo tempo em que cresce o número de clientes, alta anual de 35% e um total de 7,2 milhões no segundo trimestre, o que prevalece entre trabalhadoras e trabalhadores é um sentimento de insegurança. Isto porque a instituição tem uma rotatividade anual em torno de 24%. Ou seja, cerca de um quarto do corpo funcional é substituído todos os anos.
Isto se soma ao assédio moral, pressões constantes, poucas oportunidades de promoção, ameaças de demissão e pouca diversidade dentro da instituição financeira. A categoria bancária é, inclusive, a que mais sofre no Brasil com adoecimento e afastamentos causados por transtornos mentais ligados ao trabalho.
“Os bons resultados do Banco Mercantil são fruto do esforço das funcionárias e funcionários, que muitas vezes adoecem tentando cumprir as metas altíssimas impostas. É preciso oferecer condições dignas de trabalho, pois o lucro não pode estar acima da saúde física e mental dos trabalhadores”, afirmou Marco Aurélio Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados do Mercantil (COE/BMB).
Para Vanderci Antônio, funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, a direção do Banco tem que entender que uma empresa é feita das pessoas que fazem parte da sua história. “Não basta desenvolver talentos, é preciso uma boa política para retê-los”, destacou.
"Estamos denunciando frequentemente e cobrando a revisão da postura do banco no que tange à cobrança de metas e pelo fim do assédio moral. Um banco que segue com a lucratividade em alta não tem porque insistir na política de alta rotatividade nos postos de atendimento, sobrecarga de trabalho, pressão por metas abusivas e assédio moral contra seus trabalhadores, que são os verdadeiros responsáveis pelo excelente resultado do banco", acrescentou o secretário geral do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Júlio César Trigo.
O Sindicato reforça, ainda, a importância de os bancários denunciarem sempre que se sentirem perseguidos ou constrangidos por superiores. “O trabalhador tem um papel fundamental no processo de combate ao assédio moral, pois somente através da denúncia conseguiremos buscar mecanismos para defesa daqueles que forem afetados por essa prática, que infelizmente ainda é uma realidade que persiste dentro dos bancos”, conclui Trigo.
Bancários e bancárias podem denunciar pelo canal oficial de denúncias, pelo WhatsApp (17) 99259-1987 ou diretamente a um dirigente sindical em visitas permanentes às agências da base. O sigilo e a segurança são garantidos!
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