22/02/2023
“Reconstrução do Brasil vai passar pela Caixa”

Empregados da Caixa Econômica Federal estão denunciando a dilapidação sofrida pelo banco nos últimos anos e apontam caminhos para que a empresa pública volte a ser forte e contribua com a reconstrução do país.
“Em toda agência que visitamos tem trabalhador que chega até nós para falar dos problemas causados desde o governo Temer até o ano passado, quando Pedro Guimarães e Daniella Marques, indicados por Bolsonaro, ocuparam a presidência da Caixa”, disse o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e também empregado da Caixa, Rafael de Castro. “Estes mesmos empregados apresentam possíveis soluções e se colocam à disposição para contribuir. Ou seja, a Caixa tem um quadro de funcionários extremamente qualificado e comprometido, mas administrações anteriores quiseram usar o banco apenas para interesses particulares, o que levou à perda de mercado para a concorrência”, completou.
“Não vai ser fácil arrumar tanta coisa errada, mas, com essa nova gestão, esperamos ter abertura para que os empregados participem da reconstrução do banco e, consequentemente do país. Na prática, são eles que farão a mudança acontecer, são eles que ajudarão a reconstruir o Brasil que a gente quer”, avaliou o diretor da Contraf-CUT, ao acrescentar que a Caixa é fundamental para que o governo consiga realizar as mudanças que farão com que o país retome o desenvolvimento econômico e sustentável.
Irresponsabilidade
Rafael lembra que, antes do segundo turno da eleição para a Presidência da República, a Caixa passou a conceder crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil. “Todos os especialistas do mercado e da imprensa disseram que era uma medida irresponsável e os demais bancos acharam a operação arriscada, pois não havia garantia e o beneficiário acabaria entrando em uma dívida que não teria como pagar. Assim, os empréstimos com as altas taxas de juros impostos pelo Banco Central acabam levando ao aumento do endividamento das famílias”, observou.
“Era unânime a avaliação de que a concessão de crédito pela Caixa se tratava de uma medida eleitoreira, numa tentativa de melhorar a aceitação de Bolsonaro nos segmentos sociais, onde as pesquisas indicavam que ele tinha o pior desempenho”, recordou o dirigente da Contraf-CUT, ao acrescentar que, passada a eleição, o banco parou de oferecer o crédito e, mais do que isso, não tinha mais recursos para conceder financiamentos. Na época, a Caixa era presidida por Daniella Marques.
Para o diretor da Contraf-CUT, a Caixa deixou de fomentar o crédito ao desenvolvimento do país. “Com a política implementada pelas administrações passadas, sobretudo no segundo semestre de 2022, o que se via era refinanciamento, com as pessoas apenas ‘rolando’ a dívida”, criticou. “E as empresas que tomaram crédito no início da pandemia, a pouco mais de 3%, hoje estão pagando 20% de juros por causa da alta da Selic estabelecida pelo Banco Central para agradar o mercado financeiro. Esta política de juros altos incentiva a especulação financeira, restringe o investimento no setor produtivo e aumenta o risco de inadimplência”, completou ao observar que as empresas dão sinais de que precisam de mecanismos pra renegociar os contratos e conseguir quitar suas dívidas. “As mudanças precisam acontecer para que tudo isso seja consertado”, disse.
Descapitalização
Além da concessão irresponsável de crédito, o governo Bolsonaro promoveu uma grande descapitalização dos bancos públicos.
Após a aprovação da lei das estatais, houve uma criação desenfreada de subsidiárias, que diferentemente das empresas mães, não precisam de aprovação do Congresso Nacional para serem privatizadas. “A intenção com essa lei é vender as operações mais rentáveis dos bancos. Na Caixa, as subsidiárias passaram de apenas três para 12”, observou Rafael.
Mas, além da venda das operações mais rentáveis, que tira capital dos bancos, o processo de enfraquecimento da capacidade de os bancos públicos financiarem o desenvolvimento do país também se deu pela exigência da antecipação da devolução dos recursos dos chamados Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCDs), utilizados pelos governos petistas para reforçar o capital dessas instituições financeiras, para que elas pudessem financiar o desenvolvimento do país.
“O governo Bolsonaro agiu de forma contrária, enfraquecendo os bancos públicos e sua capacidade de financiamento”, ressaltou Eliana Brasil.
É pra já!
Rafael de Castro frisou que muitas das mudanças que precisam ser feitas na Caixa não são fáceis e levarão algum tempo para que as medidas para mudar o cenário façam efeito. “Mas, precisamos ser ágeis com algumas mudanças. Algumas delas são pra já”, completou.
“Em toda agência que visitamos tem trabalhador que chega até nós para falar dos problemas causados desde o governo Temer até o ano passado, quando Pedro Guimarães e Daniella Marques, indicados por Bolsonaro, ocuparam a presidência da Caixa”, disse o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e também empregado da Caixa, Rafael de Castro. “Estes mesmos empregados apresentam possíveis soluções e se colocam à disposição para contribuir. Ou seja, a Caixa tem um quadro de funcionários extremamente qualificado e comprometido, mas administrações anteriores quiseram usar o banco apenas para interesses particulares, o que levou à perda de mercado para a concorrência”, completou.
“Não vai ser fácil arrumar tanta coisa errada, mas, com essa nova gestão, esperamos ter abertura para que os empregados participem da reconstrução do banco e, consequentemente do país. Na prática, são eles que farão a mudança acontecer, são eles que ajudarão a reconstruir o Brasil que a gente quer”, avaliou o diretor da Contraf-CUT, ao acrescentar que a Caixa é fundamental para que o governo consiga realizar as mudanças que farão com que o país retome o desenvolvimento econômico e sustentável.
Irresponsabilidade
Rafael lembra que, antes do segundo turno da eleição para a Presidência da República, a Caixa passou a conceder crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil. “Todos os especialistas do mercado e da imprensa disseram que era uma medida irresponsável e os demais bancos acharam a operação arriscada, pois não havia garantia e o beneficiário acabaria entrando em uma dívida que não teria como pagar. Assim, os empréstimos com as altas taxas de juros impostos pelo Banco Central acabam levando ao aumento do endividamento das famílias”, observou.
“Era unânime a avaliação de que a concessão de crédito pela Caixa se tratava de uma medida eleitoreira, numa tentativa de melhorar a aceitação de Bolsonaro nos segmentos sociais, onde as pesquisas indicavam que ele tinha o pior desempenho”, recordou o dirigente da Contraf-CUT, ao acrescentar que, passada a eleição, o banco parou de oferecer o crédito e, mais do que isso, não tinha mais recursos para conceder financiamentos. Na época, a Caixa era presidida por Daniella Marques.
Para o diretor da Contraf-CUT, a Caixa deixou de fomentar o crédito ao desenvolvimento do país. “Com a política implementada pelas administrações passadas, sobretudo no segundo semestre de 2022, o que se via era refinanciamento, com as pessoas apenas ‘rolando’ a dívida”, criticou. “E as empresas que tomaram crédito no início da pandemia, a pouco mais de 3%, hoje estão pagando 20% de juros por causa da alta da Selic estabelecida pelo Banco Central para agradar o mercado financeiro. Esta política de juros altos incentiva a especulação financeira, restringe o investimento no setor produtivo e aumenta o risco de inadimplência”, completou ao observar que as empresas dão sinais de que precisam de mecanismos pra renegociar os contratos e conseguir quitar suas dívidas. “As mudanças precisam acontecer para que tudo isso seja consertado”, disse.
Descapitalização
Além da concessão irresponsável de crédito, o governo Bolsonaro promoveu uma grande descapitalização dos bancos públicos.
Após a aprovação da lei das estatais, houve uma criação desenfreada de subsidiárias, que diferentemente das empresas mães, não precisam de aprovação do Congresso Nacional para serem privatizadas. “A intenção com essa lei é vender as operações mais rentáveis dos bancos. Na Caixa, as subsidiárias passaram de apenas três para 12”, observou Rafael.
Mas, além da venda das operações mais rentáveis, que tira capital dos bancos, o processo de enfraquecimento da capacidade de os bancos públicos financiarem o desenvolvimento do país também se deu pela exigência da antecipação da devolução dos recursos dos chamados Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCDs), utilizados pelos governos petistas para reforçar o capital dessas instituições financeiras, para que elas pudessem financiar o desenvolvimento do país.
“O governo Bolsonaro agiu de forma contrária, enfraquecendo os bancos públicos e sua capacidade de financiamento”, ressaltou Eliana Brasil.
É pra já!
Rafael de Castro frisou que muitas das mudanças que precisam ser feitas na Caixa não são fáceis e levarão algum tempo para que as medidas para mudar o cenário façam efeito. “Mas, precisamos ser ágeis com algumas mudanças. Algumas delas são pra já”, completou.
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