02/05/2022
Santander lucra bilhões e agrada acionistas, durante crise econômica
O banco espanhol Santander, primeiro banco a divulgar o balanço do primeiro trimestre de 2022, apresentou lucro líquido gerencial de R$ 4,005 bilhões, com alta de 1,3% em relação ao mesmo período de 2021 e de 3,2% em relação ao 4º trimestre de 2021.
Quanto ao retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROE) - índice que indica o quanto uma empresa consegue rentabilizar com base no seu patrimônio -, o do Santander ficou em 20,7%.
De acordo com a consultoria Economática, em 2021, o Santander obteve o melhor ROE entre os grandes bancos brasileiros e aparece em terceiro lugar no ranking de bancos com ativos acima de US$ 100 bilhões.
O ROE do Santander permanece acima de 20% desde o quarto trimestre de 2018.
Os números mostram que o banco lucra alto mesmo em meio a uma grande crise financeira no país. Nada mal para um país em recessão, que piorou a maioria de seus principais indicadores econômicos, com fechamento de empresas, aceleração do desemprego e alta no endividamento das famílias. Tudo isso em meio à alta da inflação, com disparada dos preços dos combustíveis e da cesta básica.
Em seu demonstrativo de resultados, o banco destaca: “Continuamos nossa história de crescimento, com resultados consistentes e recorrentes, suportados pela nossa boa capacidade de antecipação de tendências”. Por outro lado, tem apresentado na imprensa preocupação em relação aos resultados obtidos, especificamente, em relação à inadimplência.
É importante destacar que a deterioração do cenário econômico e social brasileiro com alta taxa inflacionária e elevação na taxa de juros ampliou o endividamento das famílias nos últimos meses. Mas para o Santander, os indicadores de inadimplência seguem em patamares inferiores ao período pré-pandemia.
Já o crédito à pessoa física alcançou R$ 212.347 milhões em março de 2022, aumento de 19,0% no ano. Os produtos que apresentaram as maiores contribuições positivas foram cartão de crédito (+30,5%), crédito pessoal/outros (+30,4%), crédito imobiliário (+15,2%) e consignado (+9,2%). Ou seja, cresceram linhas de crédito que potencializam o endividamento das famílias, mas que trazem lucro ao banco. Como exemplo podemos citar o juro médio do rotativo do cartão de crédito, que é de 346,3%.
Para tranquilizar os acionistas, o banco ampliou as despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) de maneira significativa (24,9% em relação ao trimestre anterior e 45,9% em comparação com o mesmo trimestre de 2021). Como se trata de uma provisão, não significa prejuízo. Parece muito mais um alerta para pressionar o Governo Federal a tomar medidas que favoreçam mais ainda os bancos.
Entre essas medidas, a dirigente cita: linhas de crédito e financiamento para empresas; ampliação da margem de crédito consignado aos aposentados e pensionistas do INSS; autorização para realização de empréstimos e financiamentos via crédito consignado para beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (MP 1.106).
E há ainda outra ação que beneficia os bancos, já mencionada e intencionada por Paulo Guedes, que é a ampliação de saques do FGTS para o pagamento de dívidas. Ou seja, enquanto a população sofre, os bancos lucram em várias pontas. Pode parecer choradeira, mas na verdade é puro lobby.
Em seu demonstrativo de resultados, o banco destaca: “Continuamos nossa história de crescimento, com resultados consistentes e recorrentes, suportados pela nossa boa capacidade de antecipação de tendências”. Por outro lado, tem apresentado na imprensa preocupação em relação aos resultados obtidos, especificamente, em relação à inadimplência.
É importante destacar que a deterioração do cenário econômico e social brasileiro com alta taxa inflacionária e elevação na taxa de juros ampliou o endividamento das famílias nos últimos meses. Mas para o Santander, os indicadores de inadimplência seguem em patamares inferiores ao período pré-pandemia.
Já o crédito à pessoa física alcançou R$ 212.347 milhões em março de 2022, aumento de 19,0% no ano. Os produtos que apresentaram as maiores contribuições positivas foram cartão de crédito (+30,5%), crédito pessoal/outros (+30,4%), crédito imobiliário (+15,2%) e consignado (+9,2%). Ou seja, cresceram linhas de crédito que potencializam o endividamento das famílias, mas que trazem lucro ao banco. Como exemplo podemos citar o juro médio do rotativo do cartão de crédito, que é de 346,3%.
Para tranquilizar os acionistas, o banco ampliou as despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) de maneira significativa (24,9% em relação ao trimestre anterior e 45,9% em comparação com o mesmo trimestre de 2021). Como se trata de uma provisão, não significa prejuízo. Parece muito mais um alerta para pressionar o Governo Federal a tomar medidas que favoreçam mais ainda os bancos.
Entre essas medidas, a dirigente cita: linhas de crédito e financiamento para empresas; ampliação da margem de crédito consignado aos aposentados e pensionistas do INSS; autorização para realização de empréstimos e financiamentos via crédito consignado para beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (MP 1.106).
E há ainda outra ação que beneficia os bancos, já mencionada e intencionada por Paulo Guedes, que é a ampliação de saques do FGTS para o pagamento de dívidas. Ou seja, enquanto a população sofre, os bancos lucram em várias pontas. Pode parecer choradeira, mas na verdade é puro lobby.
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