02/07/2021

Julho das Pretas: ajude a fortalecer a luta e denunciar a violência contra mulheres negras



Neste mês será realizada a 9ª edição do Julho das Pretas. O objetivo é denunciar o genocídio da população negra no Brasil, intensificado com a pandemia de Covid-19. Por isso, o tema central da campanha é “Para o Brasil Genocida, Mulheres Negras apontam a solução”. A data surgiu em 1992, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) realizou na República Dominicana o 1º Encontro de Mulheres Afro-latinoamericanas e Caribenhas.

No Brasil, o 25 de julho também é o Dia Nacional de Teresa de Benguela e da Mulher Negra. É uma referência à líder quilombola, que comandou a luta do quilombo de Quariterê, no século 18.

“Precisamos reforçar a luta das mulheres negras, as maiores vítimas da violência doméstica, de feminicídio e mesmo da atual pandemia que devasta no nosso país. Precisamos valorizar as organizações de mulheres negras em todo o país e a luta que travam contra o machismo e o racismo, infelizmente muito fortes no Brasil”, declarou a secretária Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elaine Cutis.

Para Almir Aguiar, secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, a campanha deste ano precisa destacara mulher negra como maior vítima do genocídio, mas também como vítima histórica do racismo e do machismo. “Duas em cada três vítimas de feminicídio são negras. O risco de uma mulher negra ser morta é 64% maior do que o de uma mulher branca, de acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Não dá para ficarmos indiferentes à essa situação”, afirmou Almir.

Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Roberto Vicentim, a luta contra o preconceito racial se torna ainda mais necessária no momento atual, no qual o país passa por uma pandemia e a população negra sofre com a escassez de recursos para a saúde. "Infelizmente, ainda vivemos retrocessos e falta de investimentos em políticas públicas para a redução das desigualdades que ameaçam a população negra. Estamos em pleno século XXI e não podemos mais permitir que as mulheres negras ainda sejam inferiorizadas pelo seu gênero e cor. Não podemos permitir que ainda tenhamos que conviver com o preconceito racial", ressaltou Vicentim.

Para rememorar a luta de Tereza e de todas as mulheres negras latino-americanas e caribenhas e por uma sociedade mais justa, igualitária e livre de discriminação, o Sindicato se une à Contraf-CUT e dedica o mês de julho para informar e debater o combate ao racismo nas redes sociais.
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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