29/06/2021
Cinco maiores estatais demitiram 25% dos trabalhadores desde o golpe contra Dilma

As cinco grandes estatais federais do país — Banco do Brasil, Correios, Caixa, Petrobras e Eletrobras — demitiram mais de 111 mil trabalhadores e trabalhadoras entre o início de 2015, quando estava em andamento o golpe que destituiu a presidenta Dilma Rousseff, e março deste ano. Como o Sindicato dos Bancários de Catanduva e região e demais entidades representativas sindicais alertaram, o golpe foi contra os trabalhadores, as trabalhadoras e o Brasil.
As empesas que mais reduziram o quadro de trabalhadores foram a Eletrobras (-45,8%) — que acaba de ser privatizada pelo governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) — e a Petrobras (-42%), que vendeu a Refinaria Landulpho Alves (RLAM) e segundo a Agência EPBR, de jornalismo e política energética, está ‘ofertando’ mais de uma centena de campos de petróleo localizados em terra nos estados do Amazonas, Rio Grande do Norte, Bahia, Ceará, Espírito Santo e Alagoas.
De acordo com reportagem do jornal O Globo, os dados sobres os desligamentos são do Panorama das Estatais, do Ministério da Economia.
Segundo a reportagem, esse encolhimento é puxado por uma combinação de fatores, que vão da orientação para redução do tamanho do Estado desde o governo Michel Temer (MDB-SP) até o agravamento da crise econômica nos dias atuais, que impacta a capacidade de investimento das empresas e leva o governo a recorrer à venda de estatais para equilibrar as contas públicas.
Mas, antes da pandemia do novo coronavírus agravar a crise, o projeto do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) já era vender o patrimônio do povo brasileiro, independentemente dos prejuízos que isso significa para o país e para o povo.
Em entrevista dada ao PortalCUT no fim do ano passado, o petroleiro Roni Barbosa, secretário de Comunicação da Central, disse que a Petrobras havia demitido até o mês de outubro cerca de 20 mil trabalhadores próprios e outros 200 mil terceirizados e que essas baixas provocam um apagão de conhecimento. “As demissões geram um apagão de conhecimento extremamente danoso para o processo produtivo, para o repasse das informações dos mais antigos para os mais novos”.
E o custo para a população é alto, disse Roni, lembrando que esse “apagão” de pessoal na Petrobras aconteceu na década de 1990, quando a estatal ficou quase dez anos sem fazer concurso público, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e as consequências foram trágicas.
O engenheiro e diretor da Associação dos Empregados de Furnas (ASEF), holding do Sistema Eletrobras, Felipe Araújo, concorda com a avaliação de Roni e acrescenta que o que está por trás dessas demissões são os projetos privatistas do governo que demite os profissionais mais experientes, não faz concursos e derruba a qualidade do serviço prestado à população, tanto pela falta de equipes como pelo fim da expertise e do conhecimento que os mais velhos levam embora.
Com um serviço ruim, a população começa a reclamar e apoiar a venda dessas empresas, acreditando que a responsabilidade é do trabalhador e da trabalhadora e não do governo federal que não oferece apoio material e pessoal, para melhorar a qualidade dos serviços prestados, complementa o engenheiro.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Roberto Vicentim, também ressalta que as demissões afetam as operações das instituições financeiras e o dia a dia dos trabalhadores que permanecem nelas.
O dirigente explica que os desligamentos, que provocam um apagão de conhecimento, é uma das táticas do governo para sucatear as estatais, demitindo sem substituir, sem fazer novos concursos para repor os trabalhadores que foram desligados e, assim, facilitar o processo de privatização do patrimônio brasileiro, que pode ser vendido a preço de banana.
Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) só entre o quarto trimestre de 2019 e março de 2021, o Banco do Brasil demitiu 5.314 trabalhadores.
De 2015 até hoje, o BB fechou 21.315 postos de trabalho, segundo dados da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
"O governo ignora que, enquanto destrói o patrimônio público, a qualidade do atendimento prestado à população é afetada. Há ainda o adoecimento dos trabalhadores causado pela sobrecarga de trabalho, consequência dos programas de demissão voluntária. As estatais foram criadas para atender as necessidades da população e ajudar a desenvolver social e economicamente o país e não com o objetivo de lucrar, mas prestar um serviço à nação. Mesmo assim, estas empresas dão lucro. Muito lucro. Então, se é assim, por que o governo Bolsonaro está tão interessado em desmontá-las e privatizá-las?", questiona Vicentim.
As mais lucrativas são justamente as que mais sofrem com a agenda privatista do governo federal. "A intenção é repassar o lucro para o setor privado, gerar demissões em massa de trabalhadores, fechar setores e comprometer o atendimento à população. As privatizações das estatais brasileiras vão dificultar ainda mais a retomada do crescimento econômico e geração de empregos, agravando a crise econômica e social, sobretudo após a pandemia. Por isso, é muito importante que estejamos atentos e nos mobilizemos, bancários e toda a sociedade, contra o desmonte de um patrimônio que é de todos nós. Juntos somos mais fortes!", ressalta Vicentim.
As empesas que mais reduziram o quadro de trabalhadores foram a Eletrobras (-45,8%) — que acaba de ser privatizada pelo governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) — e a Petrobras (-42%), que vendeu a Refinaria Landulpho Alves (RLAM) e segundo a Agência EPBR, de jornalismo e política energética, está ‘ofertando’ mais de uma centena de campos de petróleo localizados em terra nos estados do Amazonas, Rio Grande do Norte, Bahia, Ceará, Espírito Santo e Alagoas.
De acordo com reportagem do jornal O Globo, os dados sobres os desligamentos são do Panorama das Estatais, do Ministério da Economia.
Segundo a reportagem, esse encolhimento é puxado por uma combinação de fatores, que vão da orientação para redução do tamanho do Estado desde o governo Michel Temer (MDB-SP) até o agravamento da crise econômica nos dias atuais, que impacta a capacidade de investimento das empresas e leva o governo a recorrer à venda de estatais para equilibrar as contas públicas.
Mas, antes da pandemia do novo coronavírus agravar a crise, o projeto do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) já era vender o patrimônio do povo brasileiro, independentemente dos prejuízos que isso significa para o país e para o povo.
Em entrevista dada ao PortalCUT no fim do ano passado, o petroleiro Roni Barbosa, secretário de Comunicação da Central, disse que a Petrobras havia demitido até o mês de outubro cerca de 20 mil trabalhadores próprios e outros 200 mil terceirizados e que essas baixas provocam um apagão de conhecimento. “As demissões geram um apagão de conhecimento extremamente danoso para o processo produtivo, para o repasse das informações dos mais antigos para os mais novos”.
E o custo para a população é alto, disse Roni, lembrando que esse “apagão” de pessoal na Petrobras aconteceu na década de 1990, quando a estatal ficou quase dez anos sem fazer concurso público, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e as consequências foram trágicas.
O engenheiro e diretor da Associação dos Empregados de Furnas (ASEF), holding do Sistema Eletrobras, Felipe Araújo, concorda com a avaliação de Roni e acrescenta que o que está por trás dessas demissões são os projetos privatistas do governo que demite os profissionais mais experientes, não faz concursos e derruba a qualidade do serviço prestado à população, tanto pela falta de equipes como pelo fim da expertise e do conhecimento que os mais velhos levam embora.
Com um serviço ruim, a população começa a reclamar e apoiar a venda dessas empresas, acreditando que a responsabilidade é do trabalhador e da trabalhadora e não do governo federal que não oferece apoio material e pessoal, para melhorar a qualidade dos serviços prestados, complementa o engenheiro.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Roberto Vicentim, também ressalta que as demissões afetam as operações das instituições financeiras e o dia a dia dos trabalhadores que permanecem nelas.
O dirigente explica que os desligamentos, que provocam um apagão de conhecimento, é uma das táticas do governo para sucatear as estatais, demitindo sem substituir, sem fazer novos concursos para repor os trabalhadores que foram desligados e, assim, facilitar o processo de privatização do patrimônio brasileiro, que pode ser vendido a preço de banana.
Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) só entre o quarto trimestre de 2019 e março de 2021, o Banco do Brasil demitiu 5.314 trabalhadores.
De 2015 até hoje, o BB fechou 21.315 postos de trabalho, segundo dados da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
"O governo ignora que, enquanto destrói o patrimônio público, a qualidade do atendimento prestado à população é afetada. Há ainda o adoecimento dos trabalhadores causado pela sobrecarga de trabalho, consequência dos programas de demissão voluntária. As estatais foram criadas para atender as necessidades da população e ajudar a desenvolver social e economicamente o país e não com o objetivo de lucrar, mas prestar um serviço à nação. Mesmo assim, estas empresas dão lucro. Muito lucro. Então, se é assim, por que o governo Bolsonaro está tão interessado em desmontá-las e privatizá-las?", questiona Vicentim.
As mais lucrativas são justamente as que mais sofrem com a agenda privatista do governo federal. "A intenção é repassar o lucro para o setor privado, gerar demissões em massa de trabalhadores, fechar setores e comprometer o atendimento à população. As privatizações das estatais brasileiras vão dificultar ainda mais a retomada do crescimento econômico e geração de empregos, agravando a crise econômica e social, sobretudo após a pandemia. Por isso, é muito importante que estejamos atentos e nos mobilizemos, bancários e toda a sociedade, contra o desmonte de um patrimônio que é de todos nós. Juntos somos mais fortes!", ressalta Vicentim.
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