23/09/2020

Campanha pela manutenção do auxílio de R$ 600 está nas ruas e nas redes. Participe!



A campanha da CUT e demais centrais sindicais pela manutenção do valor do auxílio emergencial, que o presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) baixou de R$ 600 para R$ 300, por meio da Medida Provisória nº 1000/2020, está nas redes,  nas ruas e no Congresso Nacional.

Os slogans são “Coloca o Auxílio Emergencial pra votar, Maia!”, “Bota pra votar JÁ, Maia!” e as hashtags #Vota600 e #600PeloBrasil. A campanha tem ainda um abaixo assinado virtual  para pressionar os parlamentares pela manutenção do auxílio emergencial no valor de R$ 600 reais até dezembro, e todo material está disponibilizado no site da CUT.

A pressão maior em cima do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) é porque é dele a decisão de pautar ou não o tema. E se em 120 dias uma MP não é votada perde a validade, caduca. Neste caso, se não for votada, a decisão do governo de reduzir o valor do benefício prevalece. O pagamento termina no mesmo prazo em que acaba o prazo para votar a MP. Portanto, a hora de participar da campanha nas redes, de assinar o abaixo-assinado é agora. Participe!  

O que é a campanha

A “Campanha nacional pelo auxílio emergencial de R$ 600” é uma mobilização das entidades sindicais para os parlamentares mantenham o valor do auxílio aprovado pelo Congresso Nacional de R$600,00 (R$ 1.200,00 para mães chefes de família) até dezembro.

O presidente da CUT, Sérgio Nobre, lembra que o Auxílio Emergencial foi uma conquista do movimento sindical que, no início da pandemia, pressiono deputados e senadores a pagar um valor maior para minimizar os impactos sociais e econômicos na vida de milhões de desempregados, microempreendedores e informais que ficaram totalmente sem renda.

Segundo Sérgio, o governo Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, diziam desde março que seria impossível pegar mais do que R$ 120. Foi a pressão de sindicatos e da bancada da oposição no Congresso que elevou o valor para R$600, obrigando o governo a pagar. O valor que eles queriam seria uma tragédia para o país, afirmou.

“De acordo com pesquisas, pode se ter certeza que esta é a melhor decisão política para o momento, porque os estudos mostraram que a população brasileira usou os R$ 600 para comprar remédio, alimentos e materiais de higiene. E agora com a inflação dos alimentos da cesta básica fora do controle os R$ 300 não vai dar para nada. Manter os R$600 até dezembro é fundamental para evitar um caos social e continuar movimentando a indústria e a economia”, afirmou o dirigente na coletiva de Imprensa do lançamento da campanha, que aconteceu nesta semana. 

Em nota, as 11 centrais sindicais, que estão organizando a campanha, alertam que a redução do auxílio compromete gravemente a capacidade de as famílias garantirem alimentação, moradia, transporte e outros bens de consumo básicos.

“Esse auxílio teve um impacto positivo na massa de rendimentos das famílias que, transformada em consumo, foi capaz de sustentar mais de 2% do PIB brasileiro em 2020”, diz trecho do documento.

“Além disso, garantiu o consumo básico de mais de 60 milhões de pessoas, ajudou a mais de 66 milhões de trabalhadores e trabalhadoras informais, fomentou a atividade nas empresas e protegeu milhões de empregos”, conclui.

As centrais sindicais estão articulando com os movimentos populares e sociais, igrejas, torcidas organizadas de futebol e campanhas como a da Renda Básica, entre outras, para ampliar a mobilização e fortalecer o movimento. CNBB, OAB, frentes Brasil Popular e outros movimentos também estarão juntos na luta.

“A ideia é que possamos, com mobilização e o trabalho de convencimento da população e no Congresso Nacional, conseguir alcançar nosso objetivo que é proteger os trabalhadores e trabalhadoras que precisam do auxílio enquanto durar a calamidade pública imposta pela pandemia do novo coronavírus”, ressaltou o assessor do Fórum das Centrais, Clemente Ganz Lúcio, durante lançamento da campanha.

O Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região também defende o auxílio emergencial sem cortes, pois entende o benefício como distribuição de renda essencial para a sobrevivência de milhares de brasileiros e para combater a crise que o país atravessa. 

“Hoje, milhares de pessoas recebem esse valor, que permite uma alimentação mínima àqueles em situação de extrema pobreza, além da movimentação do comércio e, consequentemente, da economia. Já vivíamos uma crise econômica, que foi potencializada pela pandemia do coronavírus. É preciso que o governo se sensibilize com a situação do país e dos brasileiros e priorize as necessidades dos cidadãos. É fundamental investir em infraestrutura e oferecer o auxílio emergencial no valor integral de R$ 600. Isso fará com que a economia gire e, inclusive, o dinheiro volte para o governo por meio de impostos. Com os cortes no valor e no número de pessoas que vão receber o auxílio, a situação vai piorar", acescenta o presidente do Sindicato, Roberto Carlos Vicentim.
Fonte: CUT, com edição de Seeb Catanduva

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