23/07/2020
Pandemia: Banco do Brasil discrimina funcionários na testagem do novo coronavírus

Testes do novo coronavírus estão sendo aplicados de forma diferenciada no Banco do Brasil, segundo matéria publicada pela Contraf-CUT. As denúncias foram recebidas pelo Sindicato dos Bancários de Brasília, informa a matéria.
De acordo com a denúncia, altos executivos da instituição recebem testagens periódicas, enquanto que o banco dificulta testes para os funcionários da linha de frente, que atendem o público nas agências.
Os representantes dos trabalhadores exigem que todos os bancários, inclusive os terceirizados, tenham direito ao teste.
“Vamos cobrar do Banco do Brasil isonomia de tratamento. Não admitimos que o banco valorize e proteja os executivos e deixe os trabalhadores que se arriscam na linha de frente todos os dias sem a política dos testes”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.
Morte
A testagem precária no Banco do Brasil pode ter provocado sua primeira vítima fatal. Um trabalhador terceirizado, garçom que atuava junto à presidência do BB, morreu após ter contraído o vírus. Denúncias recolhidas pelo Sindicato dos Bancários dão conta de que executivos em distintas áreas do BB, como governo, tecnologia e secretaria executiva, vice–presidentes, diretores e, inclusive, um assessor especial da presidência do banco testaram positivo para Covid–19.
Também causou pânico entre os funcionários do banco o comunicado em que se determina que o “funcionário com autodeclaração de coabitação (com pessoas que fazem parte de grupos de risco da Covid-19) passa a se enquadrar nas formas de trabalho disponíveis, como os demais funcionários do banco que não pertençam ao grupo de risco”. Esses funcionários devem retornar ao trabalho presencial no próximo dia 27.
Outra crítica à direção do banco é referente ao que foi considerada como uma postura irresponsável, materializada na conduta pública que o presidente do banco, entre outras, adota ao desprezar o uso de máscara. A postura se manifestou em reuniões ministeriais do governo Bolsonaro e de trabalho dentro das dependências do BB. Para o movimento sindical, trata-se de um comportamento ideológico e irresponsável que acaba incentivando outros altos executivos a seguirem a mesma linha, pondo em risco a vida e saúde de todos.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Trabalhadores denunciam: BC atua como inimigo do país com a prática de juros altos
- Participação dos trabalhadores na gestão das empresas é de interesse público
- Sindicato denuncia abusos do Santander no Dia Nacional de Luta e reafirma defesa dos bancários
- Novas regras do saque-aniversário do FGTS entram em vigor
- Trabalhadores vão às ruas, nesta terça-feira (4), para exigir queda na Selic
- Enquete da Câmara confirma rejeição da população à Reforma Administrativa
- Centrais Sindicais se reúnem com ministro Boulos para debater pautas da Classe Trabalhadora
- Nota de Falecimento: Antônia Garcia de Freitas
- Brasil bate novo recorde de carteira assinada, no rendimento real e na queda de desemprego
- Bradesco segue demitindo enquanto lucro cresce 28,2%
- 30 de outubro de 1985: a greve das 6 horas que parou a Caixa completa 40 anos
- CUT repudia Operação Contenção que deixou dezenas de mortos no RJ
- Após cobrança do movimento sindical, BB retoma substituições temporárias
- Lucro do Santander cresce 15,1% em nove meses e chega a R$ 11,5 bilhões, enquanto banco segue fechando postos de trabalho
- PL 1739 é mais uma vez retirado da pauta de votação da CAS do Senado