04/06/2020
Pandemia: Santander intensifica cobrança de metas. Sindicato cobra respeito aos bancários
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Mesmo em meio à pandemia de Coronavírus, em um momento no qual bancários e clientes vivem uma situação muito distante de qualquer normalidade, o assédio moral no Santander não para. Nem mesmo quando o Brasil contabiliza mais de 32 mil mortes causadas pela Covid-19, o banco deixa de lado a política perversa. Pelo contrário, acentua a exploração.
Assim como tem ocorrido em diversas outras regiões, denúncias de bancários da base territorial do Sindicato relatam que os trabalhadores estão sendo obrigados a cumprir metas de serviços e vendas inatingíveis. O banco cobra a venda de seguros, investimentos, abertura de contas, como se o país não estivesse enfrentando uma pandemia.
Em uma peça publicitária divulgada recentemente pelo Santander, todos os funcionários são convocados a vender 10 produtos por dia até 10 de junho. Com a hashtag #Eu Sou10, a empresa pressiona os bancários e estimula que ignorem a quarentena para manter o foco na produção. Não suficiente, os trabalhadores ainda têm de mandar fotos com a hasthtag e a quantidade de venda, criando um ambiente altamente competitivo entre os funcionários.
“Diante da gravidade da situação, na qual as pessoas são obrigadas a se isolar em suas casas para que protejam a sua saúde e a da população, as cobranças de alguns dos gestores do Santander são, no mínimo, desumanas, para não dizer irresponsáveis, por atentar contra a saúde dos bancários e a saúde pública. O Santander tem o dever de tratar seus funcionários com respeito e honrar os compromissos assumidos em mesa de negociação com a Fenaban”, defende o diretor do Sindicato, Luiz César de Freitas (Alemão).
O Sindicato já havia denunciado as práticas abusivas do banco, que, inclusive, volta e meia ameaça suspender o trabalho remoto para quem não atingir a meta de 150%, além de impor trabalho nos dias que foram antecipados os feriados. Também reivindicou, em contato com a Superintendência Regional, o fim do assédio moral e respeito aos trabalhadores, frisando que o método adotado pelo banco não é eficaz: trabalhador constrangido, ansioso e intimidado não produz mais, produz menos e pode levar ao seu adoecimento e afastamento das atividades.
Bancários em risco
A irresponsabilidade do banco parece não ter limites. Não bastasse o assédio moral e a cobrança abusiva de metas, o Santander, em algumas localidades do país, não tem afastado todos os trabalhadores que tiveram contato direto com funcionários infectados e ainda demora para sanitizar ou não realiza a higienização nestes ambientes. O problema é que o banco tem ignorado os assintomáticos e também não tem agido para prevenir o contágio, o que é seu dever.
Alemão reforça que a pandemia não pode ser justificativa para retirar e/ou alterar direitos já consolidados dos trabalhadores. "Os bancários já estão passando por um momento de inseguranças e medos. Temos buscado, desde o início da pandemia, inúmeras medidas que preservem a saúde da categoria. É um desrespeito com o trabalhador o banco colocar em risco seus direitos já conquistados."
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