27/03/2019
Reunião do movimento sindical com presidente da Caixa traz promessas

Representantes dos trabalhadores conquistaram compromissos importantes para os empregados da Caixa durante audiência com o presidente e vice-presidentes do banco na manhã de terça-feira (26). Entre os principais pontos tratados está a manutenção da mesa de negociação permanente, a data para a divulgação do balanço, a contratação de aprovados em concurso e a abertura de novas agências.
Na reunião, a presidenta da Contraf-CUT, Juvândia Moreira, e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Ivone Silva, acompanhadas do coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, Dionísio Reis, foram recebidos pelo presidente do banco, Pedro Guimarães, e pelos vice-presidentes de Gestão de Pessoas, Roney de Oliveira Granemann, e de Clientes, Negócios e Transformações Digitais, Valter Gonçalves Nunes.
A audiência foi marcada dias após o Dia de Luta realizado pelos empregados da Caixa, que mostraram em todo o país o seu descontentamento em relação a diversos pontos relacionados à nova gestão do banco.
O primeiro deles tem a ver com a valorização e a manutenção da mesa permanente de negociação e da negociação coletiva, com as quais Pedro Guimarães se comprometeu respeitar e manter.
Sobre as manobras no balanço da Caixa que foram noticiadas pela imprensa, o que afetaria diretamente o lucro do banco e a PLR dos trabalhadores, Guimarães não confirmou as informações e garantiu que o balanço será divulgado até sexta-feira (29), quando na sequência deve ser paga também a PLR dos empregados.
O presidente do banco afirmou que tem autorização do governo para contratar, sendo a única empresa pública a conseguir essa autorização. A ordem é para manter os 87 mil empregados, que hoje está em 84 mil. Informou também que haverá Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE) e que serão mantidos os critérios anteriores.
“Cobramos também a contratação dos concursados de 2014, em que somos assistentes em uma ação civil pública cobrando a contratação. O presidente afirmou que existe a possibilidade de um acordo no processo, até o limite de contratações estabelecido pela regra atualmente, em que a Caixa pode ter no máximo 87 mil empregados”, conta Dionísio, lembrando que este acordo só aconteceria depois da realização do PDV.
A Contraf-CUT é assistente de acusação na Ação Civil Pública, movida pelo Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal, que determina a prorrogação por tempo indefinido da validade do concurso, permitindo que o banco contrate os aprovados. Em fevereiro, o banco já havia dito que tem a intenção de repor a força de trabalho da empresa com novas contratações, respeitando o concurso público. Na reunião de ontem, o presidente da Caixa se comprometeu em levar o assunto para ser tratado na mesa de negociação permanente.
Descomissionamentos
Os dirigentes da Caixa também foram questionados quanto aos descomissionamentos que têm atingido desde a Matriz até os superintendentes. Para Guimarães, o processo tem acontecido com tranquilidade, respeitando as carreiras e sem reclamações. Os representantes dos trabalhadores reforçaram uma antiga reivindicação dos empregados: que os processos seletivos internos e os descomissionamentos tenham critérios transparentes e objetivos, para acabar com as arbitrariedades no processo.
Sobre o fechamento de agências, Pedro Guimarães confirmou que algumas serão realmente fechadas, mas que há planos de abertura de novas unidades, atendendo a cobrança do movimento sindical sobre a importância da Caixa em bairros mais distantes ou cidades pequenas, sem nenhuma outra opção de atendimento bancário. Ele também revelou que serão abertas 7 mil novas lotéricas no país.
Um dos assuntos tratados também foi com relação à privatização do banco. “O presidente da Caixa disse que a decisão de abrir o capital é do governo e que ele apenas está executando. Assim, o banco vai repassar para a iniciativa privada as áreas de maior rentabilidade, como a de cartões, a de seguros e a de loterias”, alertou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. “Deixamos claro que defendemos a Caixa 100% pública. Seja a venda ou abertura de capital, ambas são prejudiciais, pois o foco passa a ser o lucro e não o papel social”, completou.
"Estamos dispostos a discutir a melhoria das condições de trabalho dos empregados, mas essa divergência não tem como ser vencida, porque entendemos que ela ataca frontalmente o papel da Caixa enquanto banco público, o enfraquece e prejudica o Brasil”, analisou Ivone Silva.
Fechamento de agências
Representantes dos trabalhadores também destacaram a importância da Caixa para o desenvolvimento do país e sua atuação estratégica no sentido de garantir o acesso aos serviços bancários nos mais diversos municípios brasileiros, onde, muitas vezes, a agência da caixa é o único banco da localidade.
Pedro Guimarães anunciou que deve ocorrer fechamento de agências e abertura de outras, além de 7.000 novas lotéricas. Mas, que este assunto também será tratado antecipadamente na mesa de negociações com os empregados, onde serão passadas informações sobre as localidades de fechamento e abertura de agências.
O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Antônio Júlio Gonçalves Neto, reforça que a Caixa é o banco do povo e não há sentido em enfraquecer, fatiar ou vendâ-la.
"O banco cumpre um papel social fundamental, sendo o principal agente responsável das políticas públicas do governo. Tem mais de 4 mil agências e leva a bancarização para municípios pequenos, onde os privados não querem atuar. Também é extremamente lucrativo e repassa todos os anos bilhões para programas sociais em diversas áreas. Permaneceremos atentos as medidas tomadas pela direção do banco e vamos cobrar que a instituição cumpra os compromissos assumidos com os trabalhadores. Vamos defender nosso patrimônio, lutar pela Caixa 100% pública e por melhores condições de trabalho", conclui o diretor.
Na reunião, a presidenta da Contraf-CUT, Juvândia Moreira, e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Ivone Silva, acompanhadas do coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, Dionísio Reis, foram recebidos pelo presidente do banco, Pedro Guimarães, e pelos vice-presidentes de Gestão de Pessoas, Roney de Oliveira Granemann, e de Clientes, Negócios e Transformações Digitais, Valter Gonçalves Nunes.
A audiência foi marcada dias após o Dia de Luta realizado pelos empregados da Caixa, que mostraram em todo o país o seu descontentamento em relação a diversos pontos relacionados à nova gestão do banco.
O primeiro deles tem a ver com a valorização e a manutenção da mesa permanente de negociação e da negociação coletiva, com as quais Pedro Guimarães se comprometeu respeitar e manter.
Sobre as manobras no balanço da Caixa que foram noticiadas pela imprensa, o que afetaria diretamente o lucro do banco e a PLR dos trabalhadores, Guimarães não confirmou as informações e garantiu que o balanço será divulgado até sexta-feira (29), quando na sequência deve ser paga também a PLR dos empregados.
O presidente do banco afirmou que tem autorização do governo para contratar, sendo a única empresa pública a conseguir essa autorização. A ordem é para manter os 87 mil empregados, que hoje está em 84 mil. Informou também que haverá Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE) e que serão mantidos os critérios anteriores.
“Cobramos também a contratação dos concursados de 2014, em que somos assistentes em uma ação civil pública cobrando a contratação. O presidente afirmou que existe a possibilidade de um acordo no processo, até o limite de contratações estabelecido pela regra atualmente, em que a Caixa pode ter no máximo 87 mil empregados”, conta Dionísio, lembrando que este acordo só aconteceria depois da realização do PDV.
A Contraf-CUT é assistente de acusação na Ação Civil Pública, movida pelo Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal, que determina a prorrogação por tempo indefinido da validade do concurso, permitindo que o banco contrate os aprovados. Em fevereiro, o banco já havia dito que tem a intenção de repor a força de trabalho da empresa com novas contratações, respeitando o concurso público. Na reunião de ontem, o presidente da Caixa se comprometeu em levar o assunto para ser tratado na mesa de negociação permanente.
Descomissionamentos
Os dirigentes da Caixa também foram questionados quanto aos descomissionamentos que têm atingido desde a Matriz até os superintendentes. Para Guimarães, o processo tem acontecido com tranquilidade, respeitando as carreiras e sem reclamações. Os representantes dos trabalhadores reforçaram uma antiga reivindicação dos empregados: que os processos seletivos internos e os descomissionamentos tenham critérios transparentes e objetivos, para acabar com as arbitrariedades no processo.
Sobre o fechamento de agências, Pedro Guimarães confirmou que algumas serão realmente fechadas, mas que há planos de abertura de novas unidades, atendendo a cobrança do movimento sindical sobre a importância da Caixa em bairros mais distantes ou cidades pequenas, sem nenhuma outra opção de atendimento bancário. Ele também revelou que serão abertas 7 mil novas lotéricas no país.
Um dos assuntos tratados também foi com relação à privatização do banco. “O presidente da Caixa disse que a decisão de abrir o capital é do governo e que ele apenas está executando. Assim, o banco vai repassar para a iniciativa privada as áreas de maior rentabilidade, como a de cartões, a de seguros e a de loterias”, alertou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. “Deixamos claro que defendemos a Caixa 100% pública. Seja a venda ou abertura de capital, ambas são prejudiciais, pois o foco passa a ser o lucro e não o papel social”, completou.
"Estamos dispostos a discutir a melhoria das condições de trabalho dos empregados, mas essa divergência não tem como ser vencida, porque entendemos que ela ataca frontalmente o papel da Caixa enquanto banco público, o enfraquece e prejudica o Brasil”, analisou Ivone Silva.
Fechamento de agências
Representantes dos trabalhadores também destacaram a importância da Caixa para o desenvolvimento do país e sua atuação estratégica no sentido de garantir o acesso aos serviços bancários nos mais diversos municípios brasileiros, onde, muitas vezes, a agência da caixa é o único banco da localidade.
Pedro Guimarães anunciou que deve ocorrer fechamento de agências e abertura de outras, além de 7.000 novas lotéricas. Mas, que este assunto também será tratado antecipadamente na mesa de negociações com os empregados, onde serão passadas informações sobre as localidades de fechamento e abertura de agências.
O diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Antônio Júlio Gonçalves Neto, reforça que a Caixa é o banco do povo e não há sentido em enfraquecer, fatiar ou vendâ-la.
"O banco cumpre um papel social fundamental, sendo o principal agente responsável das políticas públicas do governo. Tem mais de 4 mil agências e leva a bancarização para municípios pequenos, onde os privados não querem atuar. Também é extremamente lucrativo e repassa todos os anos bilhões para programas sociais em diversas áreas. Permaneceremos atentos as medidas tomadas pela direção do banco e vamos cobrar que a instituição cumpra os compromissos assumidos com os trabalhadores. Vamos defender nosso patrimônio, lutar pela Caixa 100% pública e por melhores condições de trabalho", conclui o diretor.
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