23/05/2018
Qual o rumo da Funcef? Fundo segue em direção perigosa e quem paga é o trabalhador

Concentração em títulos públicos, aversão à renda variável, taxas altas nos empréstimos e um déficit crescente. Nesse cenário, na próxima semana, a Funcef inicia uma nova gestão. Indo contra a tendência do setor, o fundo de pensão segue em uma direção perigosa e quem paga são os trabalhadores.
Déficit
O Balanço de 2017 mostra que, nos últimos quatro anos, mesmo com os planos de equacionamento em vigor, o déficit aumentou 50%, de R$ 4,7 bilhões em junho de 2014 para R$ 6,57 bilhões em dezembro do ano passado.
Em 2017, o deficit cresceu em todos os planos, com destaque para o Reg/Replan Saldado, que registrou mais de R$ 4 bilhões no ano, enquanto o REB teve R$ 0,8 bilhão, Não Saldado R$ 0,4 bilhão e Novo Plano, R$ 59 milhões. A rentabilidade dos planos superou a meta atuarial, mas não foi suficiente para evitar o aumento do déficit.
Oportunidade perdida
A opção feita pela diretoria da Funcef de concentrar investimentos em ativos de renda fixa comprometeu a capacidade de recuperação dos planos em 2017. Em média, 60% dos ativos dos planos da Funcef estão em títulos públicos e outros ativos similares. No entanto, são justamente esses os investimentos de menor rentabilidade.
No ano passado, a valorização dos investimentos de renda fixa da Funcef ficou em 8,95%, acima apenas dos imóveis, com 6,13%. Até mesmo o Credplan obteve rentabilidade maior (11,11%). A Fundação obtém mais resultado com os juros cobrados dos participantes nos empréstimos do que com títulos públicos.
As modalidades mais rentáveis são justamente as menos contempladas pela Funcef. Somente 23% dos ativos da Funcef estão alocados em renda variável, segmento com a segunda maior rentabilidade (15,12%). Em 2017, o Índice Bovespa, principal indicador de valorização das ações na Bolsa de Valores, foi cerca de 15 vezes superior ao INPC, índice adotado nos planos da Funcef.
A alta no mercado de ações favoreceu os investidores com maior alocação em renda variável, como é o caso da Previ, que mantém cerda de 50% de seus ativos na modalidade, mais que o dobro da Funcef.
Aversão aos FIPs
São justamente os fundos de investimento em participação (FIPs), tantas vezes criminalizados pela gestão da Funcef, que puxaram a recuperação dos planos. Campeões de rentabilidade, os FIPs tiveram valorização média de 22,14% no ano, quase o triplo do desempenho obtido pelos títulos públicos. No entanto, a alocação de recursos nessa modalidade está entre as menores, em média 4%.
Déficit
O Balanço de 2017 mostra que, nos últimos quatro anos, mesmo com os planos de equacionamento em vigor, o déficit aumentou 50%, de R$ 4,7 bilhões em junho de 2014 para R$ 6,57 bilhões em dezembro do ano passado.
Em 2017, o deficit cresceu em todos os planos, com destaque para o Reg/Replan Saldado, que registrou mais de R$ 4 bilhões no ano, enquanto o REB teve R$ 0,8 bilhão, Não Saldado R$ 0,4 bilhão e Novo Plano, R$ 59 milhões. A rentabilidade dos planos superou a meta atuarial, mas não foi suficiente para evitar o aumento do déficit.
Oportunidade perdida
A opção feita pela diretoria da Funcef de concentrar investimentos em ativos de renda fixa comprometeu a capacidade de recuperação dos planos em 2017. Em média, 60% dos ativos dos planos da Funcef estão em títulos públicos e outros ativos similares. No entanto, são justamente esses os investimentos de menor rentabilidade.
No ano passado, a valorização dos investimentos de renda fixa da Funcef ficou em 8,95%, acima apenas dos imóveis, com 6,13%. Até mesmo o Credplan obteve rentabilidade maior (11,11%). A Fundação obtém mais resultado com os juros cobrados dos participantes nos empréstimos do que com títulos públicos.
As modalidades mais rentáveis são justamente as menos contempladas pela Funcef. Somente 23% dos ativos da Funcef estão alocados em renda variável, segmento com a segunda maior rentabilidade (15,12%). Em 2017, o Índice Bovespa, principal indicador de valorização das ações na Bolsa de Valores, foi cerca de 15 vezes superior ao INPC, índice adotado nos planos da Funcef.
A alta no mercado de ações favoreceu os investidores com maior alocação em renda variável, como é o caso da Previ, que mantém cerda de 50% de seus ativos na modalidade, mais que o dobro da Funcef.
Aversão aos FIPs
São justamente os fundos de investimento em participação (FIPs), tantas vezes criminalizados pela gestão da Funcef, que puxaram a recuperação dos planos. Campeões de rentabilidade, os FIPs tiveram valorização média de 22,14% no ano, quase o triplo do desempenho obtido pelos títulos públicos. No entanto, a alocação de recursos nessa modalidade está entre as menores, em média 4%.
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