22/05/2018
Com lucros cada vez maiores, bancos cortaram mais de 2 mil empregos entre janeiro e abril deste ano

(Arte: Freepik)
Apesar de manter a trajetória de lucros cada vez maiores, os bancos seguem mandando trabalhadores para a rua. Nos primeiros quatro meses de 2018, foram eliminados 2.347 postos de trabalho. Apenas em abril foram extintas 121 vagas. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), compilados pelo Ministério do Trabalho.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários, Roberto Carlos Vicentim, a lucratividade crescente dos bancos aliada à sobrecarga de trabalho reforça a falta de uma razão coerente para tantos cortes de postos de trabalho.
“Apenas esses dois fatores já são suficientes para demonstrar que o setor precisa de mais contratações. Ou seja, os bancos permanecem na contramão. Ao passo que cobram juros e tarifas cada vez mais abusivos da população, oferecem à sociedade um atendimento cada vez mais precarizado pela defasagem do quadro de trabalhadores em agências de todo o país. O Sindicato sempre lutou pela defesa do empregos e melhores condições de trabalho. E esta continua sendo uma de nossas prioridades na Campanha deste ano", diz Vicentim.
De acordo com dados dos balanços das instituições financeiras, os cinco maiores bancos que atuam no país (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e Santander) eliminaram 16,9 mil postos de trabalho somente em 2017. Levando em conta todo o setor bancário, segundo o Caged, o número de vagas extintas no ano passado chegou a 17,5 mil.
Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander – os quatro maiores bancos múltiplos com carteira comercial que atuam no país –, lucraram R$ 17,4 bilhões apenas nos três primeiros meses de 2018.
No período, o Banco do Brasil atingiu lucro líquido ajustado de R$ 3 bilhões, crescimento de 20,3% em relação ao primeiro trimestre de 2017. O Bradesco teve lucro líquido recorrente de R$ 5,1 bilhões, alta de 9,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O Itaú obteve lucro líquido recorrente de R$ 6,4 bilhões, crescimento de 3,9% em relação a igual período do ano passado. O Santander alcançou lucro de R$ 2,9 bilhões, alta de 25,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
A Caixa ainda não divulgou seu lucro trimestral, e junto com os outros quatro bancos citados acima, responde por aproximadamente 90% dos empregos do setor bancário.
Salários mais baixos
Os bancos não lucram apenas com o fechamento de postos de trabalho. A alta rotatividade com redução salarial é outra maneira encontrada por esses conglemerados para aumentarr os ganhos.
De janeiro a abril, os bancários admitidos recebiam, em média, R$ 4.007, enquanto os desligados tinham remuneração média de R$ 6.607. Ou seja, os admitidos entram ganhando 61% do que os que saem.
Discriminação de gênero
A discriminação de gênero é outra realidade nos bancos. Em abril, as bancárias mulheres foram contratadas com média salarial de R$ 3.245, o que equivale a 72% do salário médio dos bancários homens, que no mesmo mês foram admitidos com média salarial de R$ 4.488. As bancárias demitidas recebiam, em média, R$ 5.549, equivalente a 73% do salário médio dos homens desligados que ganhavam R$ 7.579.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários, Roberto Carlos Vicentim, a lucratividade crescente dos bancos aliada à sobrecarga de trabalho reforça a falta de uma razão coerente para tantos cortes de postos de trabalho.
“Apenas esses dois fatores já são suficientes para demonstrar que o setor precisa de mais contratações. Ou seja, os bancos permanecem na contramão. Ao passo que cobram juros e tarifas cada vez mais abusivos da população, oferecem à sociedade um atendimento cada vez mais precarizado pela defasagem do quadro de trabalhadores em agências de todo o país. O Sindicato sempre lutou pela defesa do empregos e melhores condições de trabalho. E esta continua sendo uma de nossas prioridades na Campanha deste ano", diz Vicentim.
De acordo com dados dos balanços das instituições financeiras, os cinco maiores bancos que atuam no país (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e Santander) eliminaram 16,9 mil postos de trabalho somente em 2017. Levando em conta todo o setor bancário, segundo o Caged, o número de vagas extintas no ano passado chegou a 17,5 mil.
Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander – os quatro maiores bancos múltiplos com carteira comercial que atuam no país –, lucraram R$ 17,4 bilhões apenas nos três primeiros meses de 2018.
No período, o Banco do Brasil atingiu lucro líquido ajustado de R$ 3 bilhões, crescimento de 20,3% em relação ao primeiro trimestre de 2017. O Bradesco teve lucro líquido recorrente de R$ 5,1 bilhões, alta de 9,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O Itaú obteve lucro líquido recorrente de R$ 6,4 bilhões, crescimento de 3,9% em relação a igual período do ano passado. O Santander alcançou lucro de R$ 2,9 bilhões, alta de 25,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
A Caixa ainda não divulgou seu lucro trimestral, e junto com os outros quatro bancos citados acima, responde por aproximadamente 90% dos empregos do setor bancário.
Salários mais baixos
Os bancos não lucram apenas com o fechamento de postos de trabalho. A alta rotatividade com redução salarial é outra maneira encontrada por esses conglemerados para aumentarr os ganhos.
De janeiro a abril, os bancários admitidos recebiam, em média, R$ 4.007, enquanto os desligados tinham remuneração média de R$ 6.607. Ou seja, os admitidos entram ganhando 61% do que os que saem.
Discriminação de gênero
A discriminação de gênero é outra realidade nos bancos. Em abril, as bancárias mulheres foram contratadas com média salarial de R$ 3.245, o que equivale a 72% do salário médio dos bancários homens, que no mesmo mês foram admitidos com média salarial de R$ 4.488. As bancárias demitidas recebiam, em média, R$ 5.549, equivalente a 73% do salário médio dos homens desligados que ganhavam R$ 7.579.
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