Conselho de Usuários cobrará transparência e melhorias no atendimento do Saúde Caixa
Nesta quinta-feira (26), ocorrerá em Brasília a 5ª reunião ordinária do Conselho de Usuários do Saúde Caixa. Na pauta, estão algumas das principais reivindicações dos trabalhadores, como o acesso ao relatório atuarial de 2017 - ainda não disponibilizado -, os impactos financeiros do novo modelo de custeio previsto no estatuto da Caixa e a situação atual da Central de Atendimento.
Representantes dos usuários, os conselheiros eleitos solicitaram previamente o acesso aos números da operação para viabilizar o acompanhamento responsável da gestão financeira do plano, como prevê o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2016-2018, mas o acesso foi negado pela gestão da Caixa. A diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus, questiona a falta de transparência do banco em relação aos números da operação.
“Chegamos ao final de abril sem saber os resultados do plano de saúde no ano anterior. Por que guardam esses números a sete chaves?”, pergunta.
Balanço apresenta alterações relativas ao Saúde Caixa
Os conselheiros eleitos solicitaram a presença de um representante da Caixa para esclarecer dúvidas sobre as alterações referentes ao Saúde Caixa no balanço do banco. Diante da demanda, a Caixa alegou que não terá “condições de trazer representante para essa reunião para tratar desse tema, em função de falta de agenda dos responsáveis”.
“Essa é mais uma demonstração de desrespeito da Caixa em relação aos usuários do nosso plano. Não apresentam informações e sucateiam o atendimento para enfraquecer nossa política de assistência à saúde”, afirma a conselheira eleita Ivanilde Moreira.
Incluído no estatuto da Caixa em dezembro, o limite de 6,5% da folha de pagamento para despesas com o Saúde Caixa reverteu em lucro R$ 5,2 bilhões provisionados para o plano de saúde. Outras alterações significativas foram feitas, tais como alteração em premissas demográficas e financeiras, todas sem maiores detalhes.
Alto índice de reclamações
Outro ponto da pauta é a situação precária da estrutura de atendimento, que funciona em condições insuficientes e gera grande insatisfação nos usuários. O Saúde Caixa tornou-se líder no ranking de reclamações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com 8,69 ocorrências para cada 10 mil usuários, muito além da média do segmento, que é de 2,78. Entre os principais motivos de reclamação, estão os problemas com autorizações prévias e coparticipação, que correspondem a 52,2% das demandas, dificuldades com reembolso (19,5%) e insatisfação com os prazos de atendimento (7,6%).
MAIS NOTÍCIAS
- Audiência na Câmara debate situação do plano de saúde dos aposentados do Itaú
- COE Bradesco avança em negociação de dois acordos inéditos com o banco
- Veja ao vivo a abertura dos congressos de trabalhadores de bancos públicos
- Como 0,1% dos super-ricos do Brasil acumulou mais renda que 80 milhões de pessoas
- Chegaram os Canais do Sindicato no WhatsApp! Siga-nos agora!
- Sindicato denuncia fechamento da agência do Bradesco em Pindorama
- Itaú apresenta avanços em resposta às reivindicações do GT Saúde
- BB lança protocolo de apoio a bancárias vítimas de violência doméstica
- Encontro Nacional dos Funcionários do Santander debaterá cenário econômico, perspectivas do sistema financeiro e plano de luta da categoria
- Delegados aprovam Plano de Lutas na 27ª Conferência Estadual da FETEC-CUT/SP
- CEE cobra e Caixa garante que reestruturação não trará perdas financeiras
- Impactos da digitalização no mercado financeiro foi tema de encontro da UNI América Finanças
- Negociações sobre custeio do plano associados da Cassi avançam, mas ainda sem acordo
- 27ª Conferência Estadual da FETEC-CUT/SP reafirma defesa da soberania e dos empregos frente à IA
- Recorte da Consulta Nacional revela falta de comprometimento dos bancos com igualdade de oportunidades