05/01/2018
Visando apenas o lucro, bancos empurram cada vez mais clientes para fora das agências
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Empurrar clientes e usuários para fora das agências, por meio de serviços online como Internet Banking, autoatendimento e correspondentes bancários, tem se tornado prática recorrente das instituições financeiras, sobretudo os bancos privados.
Por trás da promessa de 'facilitar a vida dos clientes' está o verdadeiro objetivo dos serviços digitais: reduzir custos e aumentar a lucratividade fechando agências e demitindo milhares de trabalhadores.
O Itaú Unibanco, por exemplo, que está à frente na oferta dos novos serviços, já anunciou que, com os bancos digitais, a empresa pretende cortar 50% das atuais agências físicas. A medida prevê a demissão de até 30 mil funcionários em dez anos.
De acordo com a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgada na terça-feira (2), pela subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), os bancos fecharam 17.711 postos de trabalho no país entre janeiro e novembro de 2017. O saldo negativo foi 53,7% superior em relação ao mesmo período em 2016.
A análise por Setor de Atividade Econômica revelou que os “Bancos múltiplos com carteira comercial”, categoria que engloba instituições como, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander, foi responsável pelo fechamento de mais de 10 mil postos.
Em vez de ser uma consistente política socioeconômica, a inclusão bancária está se tornando um problema não apenas para trabalhadores dos bancos privados - que sofrem com demissões em massa, sobrecarga de trabalho em consequência da redução do quadro de funcionários e cobrança por metas abusivas -, mas também para os clientes, pois tem sido utilizada pelos banqueiros como instrumento de exclusão da grande maioria da população que depende de procedimentos financeiros básicos em seu dia a dia.
“Os bancos só se esquecem de orientar que os serviços online podem expor o sigilo bancário dos clientes e que as casas lotéricas e os correspondentes bancários não possuem nenhuma medida de segurança garantidas por lei no acesso às agências bancárias, como a presença de vigilantes, de porta com detector de metal e biombos entre os caixas por exemplo”, alerta Roberto Carlos Vicentim, presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região.
"Mandar clientes para os correspondentes não é melhoria na qualidade dos serviços, mas é um tremendo descaso com as pessoas que pagam altas taxas de juros e tarifas. Trata-se de precarização do atendimento. O movimento sindical vem insistindo há anos: o que acaba com as filas é colocar mais bancários nas agências”, destaca o secretário geral do Sindicato, Júlio César Trigo.
Por determinação do Banco Central, os bancos são obrigados a aceitar faturas destinadas para pagamento na rede bancária, sem imposição de valor mínimo ou máximo para recebimento e cometem ilegalidade quando se recusam a receber o pagamento de contas na boca do caixa e encaminham as pessoas para correspondentes bancários ou caixas eletrônicos.
O Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região tem cobrado dos bancos sua responsabilidade social por meio de visitas para acompanhar a rotina de trabalho nas agências de sua base, sobretudo para garantir o emprego bancário e direito de a população ser atendida nas agências físicas e com qualidade. Para isso, o Sindicato defende que é necessário contratar mais funcionários e não demitir.
“Os bancos já são o setor mais lucrativo do país. Não podem continuar a empurrar os clientes para que utilizem serviços online ou correspondentes financeiros, criando novos meios para aumentar ainda mais os lucros à custa de demissões e da precarização do atendimento”, defende Vicentim.
Por trás da promessa de 'facilitar a vida dos clientes' está o verdadeiro objetivo dos serviços digitais: reduzir custos e aumentar a lucratividade fechando agências e demitindo milhares de trabalhadores.
O Itaú Unibanco, por exemplo, que está à frente na oferta dos novos serviços, já anunciou que, com os bancos digitais, a empresa pretende cortar 50% das atuais agências físicas. A medida prevê a demissão de até 30 mil funcionários em dez anos.
De acordo com a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgada na terça-feira (2), pela subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), os bancos fecharam 17.711 postos de trabalho no país entre janeiro e novembro de 2017. O saldo negativo foi 53,7% superior em relação ao mesmo período em 2016.
A análise por Setor de Atividade Econômica revelou que os “Bancos múltiplos com carteira comercial”, categoria que engloba instituições como, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander, foi responsável pelo fechamento de mais de 10 mil postos.
Em vez de ser uma consistente política socioeconômica, a inclusão bancária está se tornando um problema não apenas para trabalhadores dos bancos privados - que sofrem com demissões em massa, sobrecarga de trabalho em consequência da redução do quadro de funcionários e cobrança por metas abusivas -, mas também para os clientes, pois tem sido utilizada pelos banqueiros como instrumento de exclusão da grande maioria da população que depende de procedimentos financeiros básicos em seu dia a dia.
“Os bancos só se esquecem de orientar que os serviços online podem expor o sigilo bancário dos clientes e que as casas lotéricas e os correspondentes bancários não possuem nenhuma medida de segurança garantidas por lei no acesso às agências bancárias, como a presença de vigilantes, de porta com detector de metal e biombos entre os caixas por exemplo”, alerta Roberto Carlos Vicentim, presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região.
"Mandar clientes para os correspondentes não é melhoria na qualidade dos serviços, mas é um tremendo descaso com as pessoas que pagam altas taxas de juros e tarifas. Trata-se de precarização do atendimento. O movimento sindical vem insistindo há anos: o que acaba com as filas é colocar mais bancários nas agências”, destaca o secretário geral do Sindicato, Júlio César Trigo.
Por determinação do Banco Central, os bancos são obrigados a aceitar faturas destinadas para pagamento na rede bancária, sem imposição de valor mínimo ou máximo para recebimento e cometem ilegalidade quando se recusam a receber o pagamento de contas na boca do caixa e encaminham as pessoas para correspondentes bancários ou caixas eletrônicos.
O Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região tem cobrado dos bancos sua responsabilidade social por meio de visitas para acompanhar a rotina de trabalho nas agências de sua base, sobretudo para garantir o emprego bancário e direito de a população ser atendida nas agências físicas e com qualidade. Para isso, o Sindicato defende que é necessário contratar mais funcionários e não demitir.
“Os bancos já são o setor mais lucrativo do país. Não podem continuar a empurrar os clientes para que utilizem serviços online ou correspondentes financeiros, criando novos meios para aumentar ainda mais os lucros à custa de demissões e da precarização do atendimento”, defende Vicentim.
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