Copom reduz Selic para 12,25%; BB, Bradesco e Itaú reduzem taxas após decisão do BC
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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central recuou pela quarta vez seguida a taxa básica de juros (Selic), desta vez para 12,25% ao ano. O corte, já esperado, nesta quarta-feira ( foi de 0,75% ponto percentual. A decisão foi unânime e sem viés.
A taxa nominal é a menor desde dezembro de 2014, mas o juro real (descontada a inflação) segue elevado. Há um ano, por exemplo, a Selic estava em 14,25%, enquanto a inflação (IPCA) acumulada em 12 meses chegava a 10,36%, o que resultava em menos de 4% em termos reais. Agora, 12,25% indicam mais de 7%, considerando o IPCA de janeiro.
A Selic foi a 14,25% em julho de 2015, e permaneceu assim durante nove reuniões, até outubro do ano passado, quando o Copom iniciou um movimento de cortes, para 14%, 13,75%, 13% e agora 12,25%.
A inflação de fato vem caindo, ainda que em boa parte à custa de recessão e perda do poder de compra dos trabalhadores. Mas parte dos analistas de mercado ainda resiste à ideia de um ritmo mais profundo de corte dos juros.
"O conjunto dos indicadores de atividade econômica divulgados desde a última reunião do Copom mostra alguns sinais mistos, mas compatíveis com estabilização da economia no curto prazo. A evidência sugere uma retomada gradual da atividade econômica ao longo de 2017", diz comunicado divulgado ao término da reunião. Segundo o comitê, "o comportamento da inflação permanece favorável". No comunicado, o Copom diz ainda que "o alto grau de incerteza no cenário externo pode dificultar o processo de desinflação".
Em nota, a Força Sindical disse considerar "muito tímida e frustrante" a decisão do Copom. "Infelizmente, a taxa básica de juros continua em patamares proibitivos. O governo perdeu uma ótima oportunidade de sinalizar, para o setor produtivo, que gera emprego e renda, que o País não bajula mais o rentismo", diz a nota, assinada pelo presidente da central, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SD-SP).
Apesar de considerar positiva a redução, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que a conjuntura "permite um corte mais acentuado nos juros em função da quebra da inércia inflacionária, em que a inflação do passado realimentava os preços futuros". A entidade voltou a defender a emenda de congelamento de gastos públicos e a proposta governista de reforma da Previdência.
Itaú
O Itaú decidiu repassar o corte integral da Selic, de 0,75 ponto, tanto para pessoas físicas quanto para jurídicas. Segundo a instituição, a redução será estendida a todos os clientes que utilizam as linhas de empréstimo pessoal, cheque especial, cartão de crédito e financiamento de veículos.
Para as micro e pequenas empresas, houve corte nas taxas do cheque especial, capital de giro e contas garantidas.
Banco do Brasil
No caso do Banco do Brasil, a taxa mínima do cheque especial para pessoa física passa de 4,42% ao mês para 4,36% enquanto a máxima vai de 12,95% ao mês para 12,89%.
No crédito imobiliário, as linhas contempladas pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), a taxa mínima passa de 11,29% ao ano para 10,80% ao ano e a máxima de 11,49% para 11,00%.
Já para a linha crédito hipotecário (CH) do banco, o juro mínimo passa de 12,29% para 11,80% ao ano e o máximo de 12,51% para 12,02%.
Do lado das empresas, o BB reduziu os juros do cheque ouro empresarial de 8,47% ao mês para 8,43% a taxa mínima e de 13,64% ao mês para 13,60% a máxima. A linha giro rápido teve idênticos cortes.
Bradesco
Na linha de crédito pessoal do Bradesco, por sua vez, a taxa mínima foi reduzida de 1,89% para 1,83% por mês, enquanto a máxima passou de 7,72% para 7,66% mensais.
Já para empresas, a menor taxa da linha de capital de giro sai de 3,49% para 3,43% ao mês, enquanto a máxima vai de 6,95% para 6,89%
As novas taxas do Bradesco e do Banco do Brasil valem a partir de 1º de março.
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