14/02/2017

GT Bipartite volta a debater Requalificação e Realocação Profissional nesta quarta-feira (15)

O Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban voltam a se reunir, nesta quarta-feira (15), para debater os temas do Grupo de Trabalho Bipartite de Requalificação e Realocação Profissional, em São Paulo. A instalação do GT foi conquistada durante a Campanha Nacional 2016, que teve como uma das suas principais bandeiras, a defesa do emprego, ameaçado pelas reestruturações e pelas novas plataformas digitais dos bancos. O GT discute critérios para a construção de centros de requalificação e realocação de empregados, conforme cláusula 62 da Convenção Coletiva de Trabalho -CCT 2016/2018.

No último encontro, realizado na semana passada, os bancários questionaram alguns pontos das ações desenvolvidas pelos bancos para requalificar os funcionários para que eles possam trabalhar nesse novo ambiente tecnológico e organizacional, encaminhado pela no início do mês. A categoria identificou que muitos projetos só estão no papel e que falta transparência dos bancos na divulgação das informações para os próprios funcionários e para o movimento sindical.

O Comando cobrou igualdade de oportunidades e democratização das informações para todas as pessoas que estão no banco saibam as vagas existentes, os locais e as funções. Cobrou transparência na divulgação das habilidades, conhecimentos e talentos necessários para cada vaga e função oferecida. Cobrou também transparência e objetividade nos critérios de seleção interna. Além da garantia de que não exista nenhum tipo de discriminação nas oportunidades.

Na última reunião, também ficou decidido intensificar as mobilizações pela prorrogação do vale-cultura. A cláusula 69 da Convenção Coletiva de Trabalho dos Bancários (CCT 2016-2018), prevê o direito ao vale-cultura, mas o governo Temer não renovou a lei (12.761/2012), interrompendo este benefício e impedindo os bancos de continuar o pagamento desde o começo de 2017. 

O Comando Nacional dos Bancários decidiu que enviará comunicados para aumentar a pressão sobre o governo, para que reedite a Lei, uma vez que o recurso já está previsto no Orçamento da União e a origem do recurso já está prevista pelo Ministério da Fazenda. Outra ação será estimular cada bancário para que cobre seu direito, enviando mensagens para os parlamentares e o Ministério da Fazenda, onde o processo de renovação está parado.

Os representantes dos bancários também demonstraram preocupação com o andamento da reforma da Previdência proposta pelo governo Temer, com idade mínima de 65 para aposentadoria. A reforma trabalhista, que pode exterminar com direitos conquistados pelos trabalhadores, também foi outro tema discutido.

Para a reunião desta quarta, a expectativa é que os bancos esclareçam as dúvidas apontadas pelo Comando Nacional.

Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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