31/10/2016
Fenae vai cobrar explicações sobre mudanças nos empréstimos para participantes da Funcef
“É uma peça absolutista, no melhor estilo Luís XVI, pois trata os camponeses (nós) que sustentamos a boa vida deles (corte) com o desprezo e a ganância típicas das monarquias”. “Nem o INSS discrimina no seu empréstimo consignado”. “Ridículo! Não é mais DIBEN! É DIMAL! Diretoria de Malefícios”. “Funcef não é banco”. “Que coisa mais sem controle”. “Que os diretores eleitos nos expliquem o porquê dessa ganância. Funcef se tornou um agiota”.
As frases acima, retiradas das redes sociais, mostram a insatisfação de participantes e assistidos com as alterações feitas pela Funcef na carteira de empréstimos. Agora chamada CredPlan, mas já apelidada de Pacote de Maldades pelos verdadeiros donos do fundo de pensão dos empregados da Caixa Econômica Federal, entrou em vigor na segunda-feira, 24 de outubro. A avaliação geral é de que as regras dificultam o acesso ao produto.
“Motivados por manifestações, recebidas inclusive nos nossos e-mails e redes sociais, vamos solicitar esclarecimentos à direção da Funcef. As mudanças ocorreram sem nenhuma transparência, mais uma vez os principais interessados não foram consultados. Fizemos uma avaliação preliminar, com apoio da nossa subseção do Dieese, e ficou claro que ficará mais difícil acessar esse importante tipo de crédito”, diz o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.
Fabiana Matheus, diretora de Administração e Finanças da Federação, também questiona a necessidade das alterações. “A operação com participantes sempre superou a meta atuarial. Tiveram, em 2015, a segunda melhor rentabilidade, perdendo apenas para a renda fixa. Além disso, os índices de inadimplência são muito baixos, pois trata-se de um consignado. Dizem que até o nome é plagiado. A Funcef precisa explicar o que motivou a decisão”, afirma.
Mudanças prejudiciais
A primeira mudança prejudicial diz respeito ao sistema de amortização, que agora terá como base o Sistema de Amortização Constante (SAC), no qual as primeiras parcelas são, em média, 25% mais caras do que no antigo modelo, a Tabela Price, utilizada por muitos anos. “Para quem está buscando crédito mais barato para quitar um ou vários empréstimos com juros maiores, o SAC é terrível. E torna-se ainda mais perverso para os mais velhos, que acabarão excluídos”, diz Fabiana.
Na questão dos juros, apesar da Funcef falar em redução, a realidade é outra. No CredPlan Variável, que deve ser a modalidade mais buscada, criou-se taxas diferenciadas, de 6,5% + INPC a 9,7% + INPC. No modelo anterior, os juros eram de 7,9% ao ano, independentemente do prazo de pagamento. Agora, duas das quatro faixas, exatamente as que tendem a ser as mais buscadas, estão com taxas mais elevadas: 8,8% (49 a 72 meses) e 9,7% (73 a 96 meses).
“Os prazos mais alongados são geralmente necessários para quem já está endividado. Agora, quem optar por isso terá que arcar com juros mais altos. Outra barreira que dificulta a concessão do empréstimo é a avaliação cadastral junto aos órgãos de restrição de crédito, como SPC e Serasa. Continuamos à disposição para receber e direcionar à Funcef as reclamações dos participantes e assistidos”, afirma Jair Pedro Ferreira.
As frases acima, retiradas das redes sociais, mostram a insatisfação de participantes e assistidos com as alterações feitas pela Funcef na carteira de empréstimos. Agora chamada CredPlan, mas já apelidada de Pacote de Maldades pelos verdadeiros donos do fundo de pensão dos empregados da Caixa Econômica Federal, entrou em vigor na segunda-feira, 24 de outubro. A avaliação geral é de que as regras dificultam o acesso ao produto.
“Motivados por manifestações, recebidas inclusive nos nossos e-mails e redes sociais, vamos solicitar esclarecimentos à direção da Funcef. As mudanças ocorreram sem nenhuma transparência, mais uma vez os principais interessados não foram consultados. Fizemos uma avaliação preliminar, com apoio da nossa subseção do Dieese, e ficou claro que ficará mais difícil acessar esse importante tipo de crédito”, diz o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.
Fabiana Matheus, diretora de Administração e Finanças da Federação, também questiona a necessidade das alterações. “A operação com participantes sempre superou a meta atuarial. Tiveram, em 2015, a segunda melhor rentabilidade, perdendo apenas para a renda fixa. Além disso, os índices de inadimplência são muito baixos, pois trata-se de um consignado. Dizem que até o nome é plagiado. A Funcef precisa explicar o que motivou a decisão”, afirma.
Mudanças prejudiciais
A primeira mudança prejudicial diz respeito ao sistema de amortização, que agora terá como base o Sistema de Amortização Constante (SAC), no qual as primeiras parcelas são, em média, 25% mais caras do que no antigo modelo, a Tabela Price, utilizada por muitos anos. “Para quem está buscando crédito mais barato para quitar um ou vários empréstimos com juros maiores, o SAC é terrível. E torna-se ainda mais perverso para os mais velhos, que acabarão excluídos”, diz Fabiana.
Na questão dos juros, apesar da Funcef falar em redução, a realidade é outra. No CredPlan Variável, que deve ser a modalidade mais buscada, criou-se taxas diferenciadas, de 6,5% + INPC a 9,7% + INPC. No modelo anterior, os juros eram de 7,9% ao ano, independentemente do prazo de pagamento. Agora, duas das quatro faixas, exatamente as que tendem a ser as mais buscadas, estão com taxas mais elevadas: 8,8% (49 a 72 meses) e 9,7% (73 a 96 meses).
“Os prazos mais alongados são geralmente necessários para quem já está endividado. Agora, quem optar por isso terá que arcar com juros mais altos. Outra barreira que dificulta a concessão do empréstimo é a avaliação cadastral junto aos órgãos de restrição de crédito, como SPC e Serasa. Continuamos à disposição para receber e direcionar à Funcef as reclamações dos participantes e assistidos”, afirma Jair Pedro Ferreira.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Bancários do Bradesco realizam assembleia virtual nesta sexta-feira (14). Participe!
- Acordo Coletivo do Saúde Caixa é aprovado!
- EDITAL ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA ESPECÍFICA DO BRADESCO - Ponto Eletrônico
- Mulheres recebem 21% menos que homens em mais de 54 mil empresas
- Sindicato Solidário se mobiliza para ajudar vítimas de tornado no Paraná
- Analise a minuta do ACT Saúde Caixa
- Eleições Cabesp: Escolher candidatos apoiados pelas associações e sindicatos é defender o Estatuto e seus direitos
- SuperCaixa, superdifícil: resultados consolidados até outubro projetam apenas 40% das agências e PAs habilitados
- VIII Fórum Nacional pela Visibilidade Negra aprova agenda de ações concretas de enfrentando ao racismo estrutural no sistema financeiro
- Entenda tudo sobre o ACT do Saúde Caixa: participe da plenária virtual do Sindicato!
- Fenae reforça diálogo com o governo sobre incorporação do reb ao novo plano
- Lula cobra e Caixa suspende lançamento de bet
- Saúde Caixa: Proposta com reajuste zero será deliberada em assembleia nos dias 11 e 12
- EDITAL ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA ESPECÍFICA - ACT Saúde Caixa
- VIII Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro destaca combate ao racismo e defesa da igualdade de oportunidades