25/07/2016
Bradesco é campeão olímpico em demissões; bancários protestam na passagem da tocha
Para ser o único banco a patrocinar os Jogos Olímpicos Rio 2016, o Bradesco desembolsou US$ 300 milhões. Junto com a Coca Cola e a Nissan, destinou mais R$ 500 milhões para a peregrinação da tocha olímpica pelo país. Os dados são da agência de notícias Bloomberg, e não correspondem necessariamente ao total de gastos do banco com a Olimpíada, que não foi divulgado.
Diante de um lucro de R$ 17,873 bilhões em 2015 – o segundo maior na história das instituições financeiras no Brasil – e de R$ R$ 4,113 bi apenas no primeiro trimestre deste ano, o volume destinado pelo Bradesco ao marketing da Olimpíada pode até ser justificável, não fosse outra informação fundamental: entre março de 2015 e março de 2016, essa empresa tão lucrativa extinguiu 3.581 empregos bancários, sendo 1.466 apenas no primeiro trimestre deste ano.
Com esses números, o Bradesco foi, dentre os maiores bancos no país, o que mais eliminou vagas. “É uma enorme contradição! Gasta uma fortuna para associar sua marca aos Jogos Olímpicos e, por outro lado, deixa milhares de pais e mães de família sem emprego. Grande parte deles com anos de dedicação ao banco, descartados sem qualquer consideração”, denuncia a diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionária do Bradesco Neiva Ribeiro.
Diante dessa política de corte de postos de trabalho, o Sindicato vem realizando uma série de protestos. E fará outro na tarde desta quinta-feira, quando a tocha olímpica visita a Cidade de Deus, matriz do banco, em Osasco. “Não poderíamos deixar de nos manifestar justamente nesse momento. Vamos denunciar à população o absurdo que é gastar milhões com propaganda e promover desemprego no Brasil, agravando a crise econômica pela qual estamos passando”, diz a dirigente.
Sobrecarregados e com medo
Neiva destaca ainda que, com a falta de pessoal, as condições de trabalho em agências e departamentos do Bradesco são precarizadas. “Os bancários estão sobrecarregados, tendo de realizar tarefas de colegas que foram demitidos. E estão com medo de serem os próximos. Eles constantemente nos procuram para reclamar das jornadas exaustivas e da pressão pela qual estão passando. Imagina o que é ir trabalhar sem a certeza de que continuará no emprego no final do dia.”
A dirigente ressalta que o desrespeito com que o Bradesco trata seus funcionários, responsáveis pelos excelentes resultados do banco, se estende a clientes e usuários, já que a falta de pessoal prejudica o atendimento.
“Vamos continuar lembrando à população que os bancos são concessões públicas e, como tais, têm de prestar bons serviços à sociedade. Estamos iniciando mais uma Campanha Nacional dos bancários e a luta pela manutenção dos empregos, no Bradesco e no setor como um todo, será uma das nossas principais bandeiras. O Bradesco é o segundo maior banco do país e tem total condição de, ao invés de eliminar empregos, contratar mais e valorizar seus funcionários.”
Protesto Olímpico
"Bradesco também tem que patrocinar emprego". Esse foi o recado dados pelos bancários no dia em que a tocha olímpica passou pela Cidade de Deus, em Osasco. Munidos de faixas, dirigentes sindicais se concentraram na porta da matriz do banco exigindo respeito aos trabalhadores.
Diante de um lucro de R$ 17,873 bilhões em 2015 – o segundo maior na história das instituições financeiras no Brasil – e de R$ R$ 4,113 bi apenas no primeiro trimestre deste ano, o volume destinado pelo Bradesco ao marketing da Olimpíada pode até ser justificável, não fosse outra informação fundamental: entre março de 2015 e março de 2016, essa empresa tão lucrativa extinguiu 3.581 empregos bancários, sendo 1.466 apenas no primeiro trimestre deste ano.
Com esses números, o Bradesco foi, dentre os maiores bancos no país, o que mais eliminou vagas. “É uma enorme contradição! Gasta uma fortuna para associar sua marca aos Jogos Olímpicos e, por outro lado, deixa milhares de pais e mães de família sem emprego. Grande parte deles com anos de dedicação ao banco, descartados sem qualquer consideração”, denuncia a diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionária do Bradesco Neiva Ribeiro.
Diante dessa política de corte de postos de trabalho, o Sindicato vem realizando uma série de protestos. E fará outro na tarde desta quinta-feira, quando a tocha olímpica visita a Cidade de Deus, matriz do banco, em Osasco. “Não poderíamos deixar de nos manifestar justamente nesse momento. Vamos denunciar à população o absurdo que é gastar milhões com propaganda e promover desemprego no Brasil, agravando a crise econômica pela qual estamos passando”, diz a dirigente.
Sobrecarregados e com medo
Neiva destaca ainda que, com a falta de pessoal, as condições de trabalho em agências e departamentos do Bradesco são precarizadas. “Os bancários estão sobrecarregados, tendo de realizar tarefas de colegas que foram demitidos. E estão com medo de serem os próximos. Eles constantemente nos procuram para reclamar das jornadas exaustivas e da pressão pela qual estão passando. Imagina o que é ir trabalhar sem a certeza de que continuará no emprego no final do dia.”
A dirigente ressalta que o desrespeito com que o Bradesco trata seus funcionários, responsáveis pelos excelentes resultados do banco, se estende a clientes e usuários, já que a falta de pessoal prejudica o atendimento.
“Vamos continuar lembrando à população que os bancos são concessões públicas e, como tais, têm de prestar bons serviços à sociedade. Estamos iniciando mais uma Campanha Nacional dos bancários e a luta pela manutenção dos empregos, no Bradesco e no setor como um todo, será uma das nossas principais bandeiras. O Bradesco é o segundo maior banco do país e tem total condição de, ao invés de eliminar empregos, contratar mais e valorizar seus funcionários.”
Protesto Olímpico
"Bradesco também tem que patrocinar emprego". Esse foi o recado dados pelos bancários no dia em que a tocha olímpica passou pela Cidade de Deus, em Osasco. Munidos de faixas, dirigentes sindicais se concentraram na porta da matriz do banco exigindo respeito aos trabalhadores.
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