24/03/2016

No Dia Nacional de Luta contra Reestruturação, Bancários de Catanduva defendem seus direitos




Nada de reestruturação. O que os trabalhadores da Caixa querem é mais contratações e melhores condições de trabalho. Esse é o recado que está sendo transmitido à direção do banco público nesta quinta-feira, 24 de março, com o Dia Nacional de Luta contra a Reestruturação.
 
O Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região aderiu ao manifesto e promoveu uma reunião com empregados da agência Centro, em Catanduva. No encontro, foi debatida a falta de transparência no processo de reestruturação e esclarecidas dúvidas.
 
“A Caixa age em benefício próprio e em detrimento dos empregados, implantando um processo de reestruturação de forma unilateral. Não vamos nos calar e assistir a tudo sem defender os trabalhadores”, declara o dirigente sindical Antônio Gonçalves Neto, o Tony.
 
A mobilização nacional foi definida pela Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa), com participação dos sindicatos e federações no retardamento da abertura de agências e paralisações para cobrar a suspensão da reestruturação e a retomada do diálogo com os trabalhadores.
 
De acordo com a Caixa, o modelo de reestruturação começou a ser elaborado em novembro de 2015. Apesar dos impactos na vida dos empregados, está sendo executado de forma unilateral, arbitrária e pouco transparente na matriz e filiais e, posteriormente, será ampliado para agências.
 
Liminar
 
O juiz Alcir Kenupp Cunha, do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, suspendeu, em caráter liminar, o processo de reestruturação da Caixa. Na decisão, que vale para a capital federal, o TRT vetou qualquer ato que implique em descomissionamento ou transferência de empregados.
 
O magistrado também sentenciou que a Caixa apresente, em até 15 dias, os dados referentes à reestruturação no DF, em especial a quantidade de funcionários atingidos pela medida, em quais setores ocorrerão os descomissionamentos, quais unidades serão extintas ou remanejadas.
 
Pedido de suspensão nacional
 
De acordo com Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados, a CEE/Caixa e a Fenae enviaram ofício à presidente do banco, Miriam Belchior, no dia 22 de março, reivindicando a suspensão imediata da reestruturação em todo o país.
 
“Queremos transparência nesse processo, que foi planejado e iniciado sem nenhum debate com as representações dos trabalhadores. Isso só mostra a falta de respeito com a qual essa direção da empresa trata a categoria”, avalia Fabiana.
 
Entenda

No dia 10 de março, data em que foi anunciada a reestruturação, representantes dos bancários reuniram-se com a presidenta da Caixa, Miriam Belchior. Entretanto, ela não apresentou detalhes de como se daria o processo e nem mesmo aceitou ouvir a argumentação dos trabalhadores.

Por outro lado, o Conselho Diretor da Caixa enviou mensagem a todos os empregados informando o início da reestruturação, mas sem esclarecer o que seria feito a partir daquela data, número de agências e trabalhadores envolvidos, ou mesmo se haveria descomissionamentos.
Fonte: Seeb Catanduva, com informações de Seeb SP e Contraf-CUT

SINDICALIZE-SE

MAIS NOTÍCIAS