Dia Nacional de Luta cobra respeito a direitos no BB
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Em São Paulo, os atos na manhã de sexta-feira 15 ocorreram nos complexos administrativos São João e Cenop Imobiliário, no centro da capital. Com faixas e pronunciamentos à população, os dirigentes sindicais denunciaram a insegurança que vivem os trabalhadores do setor em diversos estados.
Também alertaram sobre o risco de privatização de todas as estatais – municipais, estaduais e federais –, caso o Projeto de Lei do Senado 555 (PLS 555/2015) seja aprovado na retomada das atividades dos senadores em fevereiro.
A negociação com o BB sobre a Visin está marcada para a terça 19. Antes, na segunda 18, os funcionários da Plataforma de Suporte Operacional (PSO) de São Paulo, Osasco e região se reúnem em plenária a partir das 19h na sede do Sindicato (Rua São Bento, 413). O setor é um dos atingidos pela reestruturação.
“Já deixamos claro ao banco que os funcionários não podem ser prejudicados e, para isto, propusemos a criação de Verba de Caráter Pessoal Reestruturação por um ano, que os trabalhadores que tiverem cargos extintos tenham preferência na seleção quando surgirem funções comissionadas e que ninguém tenha de mudar de cidade caso haja redução no setor”, afirma João Fukunaga, integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
Além de São Paulo, aconteceram protestos e paralisações em Niterói, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campinas, Curitiba, Recife e Brasília. “Queremos resolver tudo na mesa de negociação, mas os atos desta sexta em vários estados mostram que a reação do funcionalismo em defesa dos direitos será forte se isso não ocorrer.”
Entenda
O Banco do Brasil anunciou no último dia 7, a ampliação do desmonte em unidades-meio, sendo, mais uma vez, o Rio de Janeiro uma das praças mais atingidas, com a extinção de cerca de 26 postos de trabalho. As mudanças estão sendo impostas na Visin, com a criação de sete novos centros e centralização de serviços. Esta reestruturação envolve as principais localidades onde já existem os grandes centros de serviços e logística e, praticamente, todos os locais com plataformas PSO.
Segundo o banco, haverá criação de diversos cargos, mas também necessidade de movimentação de pessoal em várias localidades, sendo que as praças mais atingidas, além do Rio de Janeiro, serão as de Recife, Belo Horizonte, Campo Grande,Florianópolis e Ribeirão Preto.
“Mais uma vez o BB faz tudo sem negociação, impondo as mudanças e apenas comunicando depois de tudo pronto, com prazo exíguo para que os funcionários possam se realocar. Para piorar, não há garantias de manutenção da remuneração. Mais uma vez repetimos que a eficiência operacional que a empresa almeja não pode ser paga com a redução salarial dos funcionários”, critica Rita Mota, representante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
Dilação
Na reunião de terça-feira, representantes do Sindicato vão pleitear a dilatação do prazo inicial e que o banco apresente garantias mais concretas de aproveitamento dos funcionários nas localidades onde haverá redução de quadro.
Além disso, a comissão e a Contraf-CUT solicitaram ao BB a a apresentação de números mais detalhados de cada praça, a garantia de manutenção de local e remuneração aos funcionários envolvidos, com critério claros nas movimentações e o aproveitamento prioritário nas vagas de ascensão profissional. 7
Foi solicitado que após a rodada de movimentações, caso não haja aproveitamento e realocação total em cada praça, seja implantado VCP de reestruturação com prazo mínimo de 1 ano.
Os representantes dos funcionários também solicitaram uma nova reunião no dia 20 de janeiro para avaliação do processo apresentação da real necessidade de movimentações em cada praça.
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