Caixa desrespeita Convenção Coletiva e cobra metas individuais
A cobrança de metas individuais é combatida pelas entidades sindicais
A Caixa divulgou recentemente um documento com as diretrizes para a implementação do Programa de Gestão de Desempenho de Pessoas que descreve as etapas do processo de cumprimento de metas.
O programa deixa claro que haverá “consequências pertinentes ao desempenho de cada um”, ou seja, será realizado ranqueamento individual de empregados, podendo trazer novamente à tona o antigo PRX, que privilegiava a distribuição dos lucros entre o alto escalão do banco.
Em maio deste ano, a diretoria da APCEF/SP esteve reunida com a vice-presidente de Gestão de Pessoas em exercício, Márcia Guedes, e com o gerente nacional Almir Márcio Miguel. Durante o encontro foi colocada uma série de questões relacionadas ao cotidiano dos empregados da Caixa e também à cobrança abusiva de metas.
O assunto também esteve na pauta da mesa de negociações em 28 de maio. De acordo com o diretor-presidente da APCEF/SP, Kardec de Jesus Bezerra, com a implementação deste programa (já em vigor em muitas agências), a situação de cobrança que gera adoecimento e assédio moral será agravada. “As entidades representativas são totalmente contrárias ao estabelecimento de metas individuais, que leva à prática de assédio moral e incentiva a competição predatória de colegas de uma mesma unidade”, afirmou.
Outro ponto destacado por Kardec é, além da pressão, a exposição dos empregados, uma prática proibida na cláusula 36 do Acordo Coletivo da categoria bancária referente ao Monitoramento de Resultados.
“Os bancos estão proibidos de expor, publicamente, o ranking individual de seus empregados, assim como a cobrança de resultados por torpedos (SMS), pelo gestor, no telefone particular do empregado”.
Desde que o Programa de Gestão de Desempenho de Pessoas passou a ser implantado, a APCEF/SP tem recebido uma série de denúncias de empregados de várias unidades que sofrem com pressão e assédio para cumprimento de metas.
“Nós sabemos o quanto isso é prejudicial às condições de trabalho dos empregados. As consequências serão ainda mais adoecimentos. Por isso, a APCEF/SP e as entidades representativas repudiam a atitude da Caixa e já pediram a revogação da medida ”, disse Kardec.
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