Mesa temática de terceirização com Fenaban começa debate por call center
A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomaram nesta quinta-feira, 31, os debates na Mesa Temática de Terceirização com a Fenaban. A discussão, realizada em São Paulo, definiu a primeira área em que serão aprofundados os debates sobre a possibilidade de reversão do processo de terceirização: call center.
A decisão de focar uma área específica para a construção de um acordo para a internalização dos serviços havia sido tomada no último encontro foi realizado no dia 15 de dezembro. A partir de agora, o debate terá como ponto de partida os acordos já firmados entre os trabalhadores e alguns bancos nessa área.
"Vamos tentar construir uma regra geral que venha a ser contratada com todos os bancos, já que a atividade bancária é a mesma. Um dos desafios dessa mesa temática será elaborar uma proposta que assegure o direito dos trabalhadores diante das diferentes realidades encontradas nos bancos", afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.
O objetivo dos trabalhadores com esses debates é a reversão de uma série de atividades consideradas como tipicamente bancárias e que estão sendo prestados por trabalhadores terceirizados. "Com isso, combatemos a precarização do trabalho e a fragmentação da categoria", destaca Miguel.
Para os bancos, explica o dirigente sindical, o interesse no debate é crescente por conta da insegurança jurídica diante da inexistência de legislação específica sobre o tema, com a aplicação do Enunciado 331 do TST que considera ilegal a contratação por meio de empresa interposta e/ou quando estão presentes os elementos caracterizadores da relação de emprego: pessoalidade, habitualidade, subordinação direta e onerosidade.
Isso tem gerado enorme passivo trabalhista. Um exemplo recente aconteceu no Rio de Janeiro: a 1ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) condenou o Santander a pagar R$ 50 mil por danos morais coletivos, em ação civil pública do Ministério Público do Trabalho (MPT). A medida foi impetrada a partir de uma denúncia do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, reclamando
contra terceirizações de atividades-fim, mediante a contratação da
prestadora de serviços bancários Proservv, atual Fidelity.
Para Miguel, a retomada da mesa temática foi positiva. "É um processo importante. Nesse espaço, conseguimos aprofundar debates e construir propostas que serão tratadas durante as negociações da Campanha Nacional dos Bancários, a exemplo do combate ao assédio moral e dos avanços na segurança bancária", salienta.
Ao final, foi definida a data indicativa de 6 de maio para a próxima reunião.
Fonte: Contraf-CUT
MAIS NOTÍCIAS
- Aposentados bancários e de diversas categorias da CUT participaram da 6ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, em Brasília
- O caminho do dinheiro: entenda quem se beneficia com o não pagamento das comissões pela venda de produtos na Caixa
- Saiba como será o expediente dos bancos no Natal e no Ano Novo
- CEE cobra mudanças no Super Caixa
- Sindicato realiza entrega de doações arrecadadas para a Campanha Natal Solidário, em parceria com o projeto Semear
- Saiba o que é preciso para a redução de jornada sem redução salarial passar a valer
- COE Santander cobra transparência sobre a reorganização do varejo e respeito à representação sindical
- Caixa: Empregados apresentam reivindicações para Fabi Uehara
- Salário mínimo terá quarto aumento real seguido após superar fase 'menor abandonado'
- Coletivo Nacional de Formação faz balanço do ano e propõe agenda para 2026
- Sindicato apoia a Chapa 2 – Movimento pela Saúde na eleição do Conselho de Usuários do Saúde Caixa
- Tentativa de silenciamento ao padre Júlio Lancelotti gera indignação e solidariedade
- Estudo da USP revela que alta de juros aumenta mais o desemprego entre homens negros
- Em reunião na Vice-Presidência de Pessoas da Caixa, movimento sindical apresenta pesquisa de saúde física e mental dos empregados
- Clube terá horário especial de funcionamento neste fim de ano. Confira!