18/09/2025
Copom mantém Selic em 15% e penaliza trabalhadores e população
O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, anunciou no início da noite de quarta-feira (17) a manutenção da taxa básica de juros do Brasil (Selic) em 15% ao ano. A decisão, esperada pelos analistas e instituições financeiras, ignora as necessidades da população e do setor produtivo, mantendo os brasileiros entre os mais penalizados por juros elevados no mundo.
Formado pelo presidente do Banco Central e por seus diretores, o Copom se reúne a cada 45 dias por dois dias consecutivos, avaliando cenário econômico, inflação, contas públicas, liquidez e riscos externos. Na reunião anterior, em julho, o comitê já havia deixado de reduzir a Selic, sob justificativa de fatores externos, como políticas comerciais e fiscais dos Estados Unidos, e por a inflação permanecer acima da meta.
Para a presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira, a manutenção da Selic em patamar tão elevado só prejudica a população e não combate efetivamente a inflação. "O Banco Central diz que precisa manter a taxa de juros alta para controlar a inflação, mas isso não é verdade para os tipos de inflação que enfrentamos no Brasil. Juros altos mantêm o país no topo do ranking mundial de juros reais e penalizam a população, que paga mais caro pelo crédito, consome menos e vê as empresas reduzirem investimentos e empregos," explica Juvandia.
O secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Walcir Previtale, reforça que a política de juros altos aumenta o endividamento da população e compromete a renda do trabalhador. "Um financiamento de casa ou carro se torna quase proibitivo, enquanto estimular o consumo das famílias e do setor produtivo com crédito a juros justos é o caminho para controlar a inflação sem penalizar o povo," disse.
"Os juros altos desestimulam investimentos, consumo e geração de empregos. O Brasil poderia criar muito mais vagas de qualidade e com salários melhores, se não fosse essa política do Banco Central," complementa Juvandia.
Impactos sobre famílias e Estado
O ciclo recente de elevação da Selic, iniciado em 2021, resultou em aumentos contínuos, acelerados a partir do ano passado. Segundo o economista do Dieese, Gustavo Cavarzan, a média de juros cobrados à população saltou de 36% ao ano, em 2021, para mais de 56% em 2025.
O aumento de 0,25 ponto percentual nesta quarta-feira representará um gasto adicional de R$ 12,2 bilhões ao governo no ano, enquanto nos últimos 12 meses a União desembolsou R$ 928,4 bilhões com juros da dívida – mais de cinco vezes o orçamento da Educação e três vezes o da Saúde.
"É por isso que a classe trabalhadora, organizada pelo movimento sindical, se manifesta continuamente contra a política de juros altos do Banco Central," afirma Walcir.
Selic e economia
O Banco Central utiliza a Selic para controlar a inflação, mas taxas elevadas também dificultam expansão econômica, elevam o custo do crédito e reduzem consumo e investimento. Quando a Selic é reduzida, o crédito fica mais barato, estimulando produção e consumo, o que contribui para o crescimento econômico sem descontrole inflacionário.
Para a presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira, a manutenção da Selic em patamar tão elevado só prejudica a população e não combate efetivamente a inflação. "O Banco Central diz que precisa manter a taxa de juros alta para controlar a inflação, mas isso não é verdade para os tipos de inflação que enfrentamos no Brasil. Juros altos mantêm o país no topo do ranking mundial de juros reais e penalizam a população, que paga mais caro pelo crédito, consome menos e vê as empresas reduzirem investimentos e empregos," explica Juvandia.
O secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Walcir Previtale, reforça que a política de juros altos aumenta o endividamento da população e compromete a renda do trabalhador. "Um financiamento de casa ou carro se torna quase proibitivo, enquanto estimular o consumo das famílias e do setor produtivo com crédito a juros justos é o caminho para controlar a inflação sem penalizar o povo," disse.
"Os juros altos desestimulam investimentos, consumo e geração de empregos. O Brasil poderia criar muito mais vagas de qualidade e com salários melhores, se não fosse essa política do Banco Central," complementa Juvandia.
Impactos sobre famílias e Estado
O ciclo recente de elevação da Selic, iniciado em 2021, resultou em aumentos contínuos, acelerados a partir do ano passado. Segundo o economista do Dieese, Gustavo Cavarzan, a média de juros cobrados à população saltou de 36% ao ano, em 2021, para mais de 56% em 2025.
O aumento de 0,25 ponto percentual nesta quarta-feira representará um gasto adicional de R$ 12,2 bilhões ao governo no ano, enquanto nos últimos 12 meses a União desembolsou R$ 928,4 bilhões com juros da dívida – mais de cinco vezes o orçamento da Educação e três vezes o da Saúde.
"É por isso que a classe trabalhadora, organizada pelo movimento sindical, se manifesta continuamente contra a política de juros altos do Banco Central," afirma Walcir.
Selic e economia
O Banco Central utiliza a Selic para controlar a inflação, mas taxas elevadas também dificultam expansão econômica, elevam o custo do crédito e reduzem consumo e investimento. Quando a Selic é reduzida, o crédito fica mais barato, estimulando produção e consumo, o que contribui para o crescimento econômico sem descontrole inflacionário.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Com início do recesso no Congresso, movimento sindical bancário projeta para 2026 atuação nas pautas de interesse dos trabalhadores
- Super Caixa: Ainda dá tempo de assinar o abaixo-assinado da campanha Vendeu/Recebeu
- Justiça indefere pedido do Santander contra decisão da Previc sobre retirada de patrocínio
- Sindicato realiza entrega de doações arrecadadas para a Campanha Natal Solidário, em parceria com o projeto Semear
- CEE cobra mudanças no Super Caixa
- Saiba como será o expediente dos bancos no Natal e no Ano Novo
- O caminho do dinheiro: entenda quem se beneficia com o não pagamento das comissões pela venda de produtos na Caixa
- Aposentados bancários e de diversas categorias da CUT participaram da 6ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, em Brasília
- Saiba o que é preciso para a redução de jornada sem redução salarial passar a valer
- COE Santander cobra transparência sobre a reorganização do varejo e respeito à representação sindical
- Salário mínimo terá quarto aumento real seguido após superar fase 'menor abandonado'
- Caixa: Empregados apresentam reivindicações para Fabi Uehara
- Coletivo Nacional de Formação faz balanço do ano e propõe agenda para 2026
- Sindicato apoia a Chapa 2 – Movimento pela Saúde na eleição do Conselho de Usuários do Saúde Caixa
- Tentativa de silenciamento ao padre Júlio Lancelotti gera indignação e solidariedade