07/05/2025
COE Bradesco critica fechamento de unidades em reunião com o banco

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, representando o Sindicato dos Bancários de Catanduva e região na mesa de negociação, reuniu-se com a direção do banco na tarde de terça-feira (6), na sede da instituição, na Cidade de Deus, em Osasco (SP), para debater temas como diversidade, segmentação, fechamento de unidades, emprego e condições de trabalho.
Na ocasião, o banco apresentou seu programa de Diversidade, Equidade e Inclusão, estruturado com base em dois eixos: princípios e pilares. Os princípios são equidade de oportunidade, educação para inclusão e engajamento. Já os pilares contemplam as frentes de gênero, étnico-racial, pessoas com deficiência (PCD), população LGBTQI+ e, mais recentemente, longevidade.
“Essa pauta tem tudo a ver com o debate que a gente faz na Mesa de Igualdade de Oportunidades”, afirmou Erica de Oliveira, coordenadora da COE Bradesco. Para ela, a apresentação dialoga com o que já é discutido com o banco durante as negociações coletivas. “É importante que o banco prossiga e avance com o programa, e a COE está disposta a colaborar, já que essa iniciativa é fruto de negociação coletiva, durante as campanhas nacionais dos bancários”, acrescentou.
Emprego e fechamento de unidades preocupam
A maior preocupação da COE é com o emprego e o encerramento de unidades de atendimento, como agências, postos avançados (PAs) e unidades de negócios. De acordo com os representantes dos trabalhadores, há municípios em que o Bradesco não mantém mais nenhum ponto de atendimento, dificultando o acesso da população aos serviços bancários.
O banco alegou que passa por um processo de recuperação e redimensionamento de estruturas, impulsionado pela evolução tecnológica. Informou que apenas 2% das transações são realizadas de forma presencial e que não abandonou os clientes de menor renda, mas que o modelo de atendimento está em constante transformação. Ainda segundo o Bradesco, a nova segmentação tem gerado oportunidades internas, inclusive com admissões fora da área de tecnologia.
"Estamos permanentemente protestando contra o fechamento de agências e contra a redução dos postos de trabalho no Bradesco, seja por meio de atividades públicas, nas agências, nas redes sociais. E vamos seguir denunciando este completo descaso e desrespeito do banco com os trabalhadores e com a sociedade em geral, a exemplo dos muitos aposentados que recebem seus benefícios e, muitas vezes, deparam-se com unidades fechadas ou até mesmo terminais de autoatendimento desativados, como ocorreu nos últimos meses em Fernando Prestes, cidade da base do Sindicato que teve sua única agência do banco no município fechada. Pouco tempo antes, outra unidade, em Catanduva, também fechou as portas", ressaltou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Luiz Eduardo Campolungo.
Nova segmentação
A reestruturação do atendimento foi detalhada na reunião, com a divisão de clientes pessoa física, em quatro faixas:
Na ocasião, o banco apresentou seu programa de Diversidade, Equidade e Inclusão, estruturado com base em dois eixos: princípios e pilares. Os princípios são equidade de oportunidade, educação para inclusão e engajamento. Já os pilares contemplam as frentes de gênero, étnico-racial, pessoas com deficiência (PCD), população LGBTQI+ e, mais recentemente, longevidade.
“Essa pauta tem tudo a ver com o debate que a gente faz na Mesa de Igualdade de Oportunidades”, afirmou Erica de Oliveira, coordenadora da COE Bradesco. Para ela, a apresentação dialoga com o que já é discutido com o banco durante as negociações coletivas. “É importante que o banco prossiga e avance com o programa, e a COE está disposta a colaborar, já que essa iniciativa é fruto de negociação coletiva, durante as campanhas nacionais dos bancários”, acrescentou.
Emprego e fechamento de unidades preocupam
A maior preocupação da COE é com o emprego e o encerramento de unidades de atendimento, como agências, postos avançados (PAs) e unidades de negócios. De acordo com os representantes dos trabalhadores, há municípios em que o Bradesco não mantém mais nenhum ponto de atendimento, dificultando o acesso da população aos serviços bancários.
O banco alegou que passa por um processo de recuperação e redimensionamento de estruturas, impulsionado pela evolução tecnológica. Informou que apenas 2% das transações são realizadas de forma presencial e que não abandonou os clientes de menor renda, mas que o modelo de atendimento está em constante transformação. Ainda segundo o Bradesco, a nova segmentação tem gerado oportunidades internas, inclusive com admissões fora da área de tecnologia.
"Estamos permanentemente protestando contra o fechamento de agências e contra a redução dos postos de trabalho no Bradesco, seja por meio de atividades públicas, nas agências, nas redes sociais. E vamos seguir denunciando este completo descaso e desrespeito do banco com os trabalhadores e com a sociedade em geral, a exemplo dos muitos aposentados que recebem seus benefícios e, muitas vezes, deparam-se com unidades fechadas ou até mesmo terminais de autoatendimento desativados, como ocorreu nos últimos meses em Fernando Prestes, cidade da base do Sindicato que teve sua única agência do banco no município fechada. Pouco tempo antes, outra unidade, em Catanduva, também fechou as portas", ressaltou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Luiz Eduardo Campolungo.
Nova segmentação
A reestruturação do atendimento foi detalhada na reunião, com a divisão de clientes pessoa física, em quatro faixas:
- Massificado: clientes com renda mensal de até R$ 8 mil;
- Prime: renda mensal entre R$ 8 mil e R$ 25 mil ou investimentos entre R$ 50 mil e R$ 300 mil;
- Principal: renda mensal acima de R$ 25 mil ou investimentos a partir de R$ 300 mil;
- Private: valores superiores aos atendidos no segmento Principal.
Segundo o banco, essa segmentação vai gerar 3.200 novas vagas no Principal — sendo 2 mil destinadas a cargos de gerência — e 600 novos postos no Massificado. Afirmou-se ainda que o desempenho continua sendo um critério importante e que a exigência do banco subiu na avaliação dos trabalhadores.
Atendimento a empresas
No segmento empresarial, o Bradesco também passou por ajustes:
Atendimento a empresas
No segmento empresarial, o Bradesco também passou por ajustes:
- Bradesco Empresas e Negócios: atende do MEI até empresas com faturamento de R$ 3 milhões;
- Plataformas Empresas: faturamento entre R$ 3 milhões e R$ 50 milhões;
- Corporate Bank: empresas com faturamento acima de R$ 50 milhões.
O banco ressaltou que essas mudanças também estão gerando novas oportunidades.
Sacar pra quê?
A COE questionou a campanha de incentivo ao uso dos canais digitais. Denunciou ainda que, em algumas localidades, gestores estariam deixando caixas eletrônicos (BDNs) indisponíveis, atrasando o conserto dos equipamentos, deixando-os artificialmente inoperantes. O Bradesco afirmou que é uma campanha de sensibilização, não há impedimento de saque em espécie e que a queda no uso dos caixas se deve ao aumento do uso do Pix. Completou, no entanto, que irá revisar os casos relatados.
Km rodado, consignado INSS e pontos dos gerentes alto valor
Outro tema levado à mesa foi o valor pago por quilômetro rodado aos gerentes em visita. A COE cobrou reajuste, já que o último ocorreu em dezembro de 2021. O banco respondeu que a solicitação já foi encaminhada à área responsável.
A comissão também pediu esclarecimentos sobre a postura do banco mediante nova modalidade de empréstimo consignado com garantia do FGTS, lançada pelo governo federal. O banco informou que tem oferecido taxas médias de 2,70% para clientes e 1,89% para funcionários — inferiores às do mercado. Questionado sobre cobrir ofertas de outras instituições, o banco afirmou que há uma regulação do Banco Central que impede taxas superiores ao custo da operação.
A ausência de registro de ponto para os gerentes de relacionamento Empresas, conhecidos como "gerentes alto valor", também foi abordada. A COE está preocupada com o cumprimento de jornada desses profissionais. A direção do banco justificou que esses trabalhadores realizam atividade externa — visitas a clientes — e, por isso, se enquadram na modalidade prevista pela CLT, mas que não se trata de cargo de confiança.
Compromisso com o emprego
A coordenadora da COE, Erica de Oliveira, reforçou que a defesa do emprego é prioridade para o movimento sindical.
“Todos os pontos debatidos são muito importantes. O movimento sindical no Brasil inteiro está muito preocupado com o fechamento de locais de trabalho e isso não pode se refletir no emprego dos bancários. Esta é a nossa preocupação número 1. O bom atendimento se faz com bancários e a gente vai insistir nisso”, concluiu.
Sacar pra quê?
A COE questionou a campanha de incentivo ao uso dos canais digitais. Denunciou ainda que, em algumas localidades, gestores estariam deixando caixas eletrônicos (BDNs) indisponíveis, atrasando o conserto dos equipamentos, deixando-os artificialmente inoperantes. O Bradesco afirmou que é uma campanha de sensibilização, não há impedimento de saque em espécie e que a queda no uso dos caixas se deve ao aumento do uso do Pix. Completou, no entanto, que irá revisar os casos relatados.
Km rodado, consignado INSS e pontos dos gerentes alto valor
Outro tema levado à mesa foi o valor pago por quilômetro rodado aos gerentes em visita. A COE cobrou reajuste, já que o último ocorreu em dezembro de 2021. O banco respondeu que a solicitação já foi encaminhada à área responsável.
A comissão também pediu esclarecimentos sobre a postura do banco mediante nova modalidade de empréstimo consignado com garantia do FGTS, lançada pelo governo federal. O banco informou que tem oferecido taxas médias de 2,70% para clientes e 1,89% para funcionários — inferiores às do mercado. Questionado sobre cobrir ofertas de outras instituições, o banco afirmou que há uma regulação do Banco Central que impede taxas superiores ao custo da operação.
A ausência de registro de ponto para os gerentes de relacionamento Empresas, conhecidos como "gerentes alto valor", também foi abordada. A COE está preocupada com o cumprimento de jornada desses profissionais. A direção do banco justificou que esses trabalhadores realizam atividade externa — visitas a clientes — e, por isso, se enquadram na modalidade prevista pela CLT, mas que não se trata de cargo de confiança.
Compromisso com o emprego
A coordenadora da COE, Erica de Oliveira, reforçou que a defesa do emprego é prioridade para o movimento sindical.
“Todos os pontos debatidos são muito importantes. O movimento sindical no Brasil inteiro está muito preocupado com o fechamento de locais de trabalho e isso não pode se refletir no emprego dos bancários. Esta é a nossa preocupação número 1. O bom atendimento se faz com bancários e a gente vai insistir nisso”, concluiu.
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