08/11/2024
Com recorde de lucro, Mercantil sobrecarrega funcionários e empurra clientes para o digital
O Banco Mercantil (BMEB3) registrou lucro líquido de R$ 201 milhões no terceiro trimestre de 2024, cifra equivalente a uma alta de 97% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse é o nono resultado positivo consecutivo do banco.
O ROAE (Retorno Sobre Patrimônio Médio) foi de 41,1% nos últimos 12 meses, um crescimento de 16 p.p. A margem líquida do banco durante o trimestre foi de 20,6%, queda de 0,7 p.p. Além disso, houve um aumento de 14% da base de clientes, alcançando 8,7 milhões.
A carteira de crédito subiu 24%, para R$ 16,4 bilhões. Já a receita de prestação de serviços alcançou R$ 176 milhões no trimestre, uma alta de 15% em relação ao ano anterior.
Sobre a originação da carteira de crédito consignado, o Mercantil afirma que os altos números (+56% em relação ao mesmo trimestre de 2023) acontecem por meio da estratégia do banco para o público 50+, que, segundo a instituição, é altamente digitalizado.
“O banco informa em seu balanço que sua estratégia de atuação acompanha as mudanças demográficas no Brasil, já que os dados do IBGE apontam que a população idosa no país tende a crescer nas próximas décadas. Mas, faz isso ao passo em que expande serviços digitais e empurra seus clientes para fora das agências, ignorando que a maior parcela dessa população, sobretudo no interior, muitas vezes desprovê de habilidade técnica com os canais digitais e de acesso à internet”, destaca o presidente do Sindicato, Roberto Vicentim.
Empurrar clientes e usuários para fora das agências, por meio de serviços online como Internet Banking, autoatendimento e correspondentes bancários, tem se tornado prática recorrente das instituições financeiras, sobretudo os bancos privados.
Por trás da promessa de 'facilitar a vida dos clientes' está o verdadeiro objetivo dos serviços digitais: reduzir custos e aumentar a lucratividade fechando agências e demitindo milhares de trabalhadores.
Em Catanduva, a situação de filas em decorrência da alta procura de clientes por atendimento físico e que precisam de ajuda para utilizar o autoatendimento - na maioria aposentados e pensionistas do INSS – é recorrente.
“Em vez de ser uma consistente política socioeconômica, a inclusão bancária está se tornando um problema não apenas para trabalhadores dos bancos privados - que sofrem com demissões em massa, sobrecarga de trabalho em consequência da redução do quadro de funcionários e cobrança por metas abusivas -, mas também para os clientes, pois tem sido utilizada pelos banqueiros como instrumento de exclusão da grande maioria da população que depende de procedimentos financeiros básicos em seu dia a dia”, ressalta o presidente do Sindicato.
"Os bancos já são o setor mais lucrativo do país. O Mercantil quase duplicou seu lucro neste último trimestre. Mandar clientes para os canais digitais não é melhoria na qualidade dos serviços, mas é um tremendo descaso com as pessoas que pagam altas taxas de juros e tarifas. Trata-se de precarização do atendimento. O movimento sindical vem insistindo há anos: o que acaba com as filas é colocar mais bancários nas agências”, conclui Vicentim.
O ROAE (Retorno Sobre Patrimônio Médio) foi de 41,1% nos últimos 12 meses, um crescimento de 16 p.p. A margem líquida do banco durante o trimestre foi de 20,6%, queda de 0,7 p.p. Além disso, houve um aumento de 14% da base de clientes, alcançando 8,7 milhões.
A carteira de crédito subiu 24%, para R$ 16,4 bilhões. Já a receita de prestação de serviços alcançou R$ 176 milhões no trimestre, uma alta de 15% em relação ao ano anterior.
Sobre a originação da carteira de crédito consignado, o Mercantil afirma que os altos números (+56% em relação ao mesmo trimestre de 2023) acontecem por meio da estratégia do banco para o público 50+, que, segundo a instituição, é altamente digitalizado.
“O banco informa em seu balanço que sua estratégia de atuação acompanha as mudanças demográficas no Brasil, já que os dados do IBGE apontam que a população idosa no país tende a crescer nas próximas décadas. Mas, faz isso ao passo em que expande serviços digitais e empurra seus clientes para fora das agências, ignorando que a maior parcela dessa população, sobretudo no interior, muitas vezes desprovê de habilidade técnica com os canais digitais e de acesso à internet”, destaca o presidente do Sindicato, Roberto Vicentim.
Empurrar clientes e usuários para fora das agências, por meio de serviços online como Internet Banking, autoatendimento e correspondentes bancários, tem se tornado prática recorrente das instituições financeiras, sobretudo os bancos privados.
Por trás da promessa de 'facilitar a vida dos clientes' está o verdadeiro objetivo dos serviços digitais: reduzir custos e aumentar a lucratividade fechando agências e demitindo milhares de trabalhadores.
Em Catanduva, a situação de filas em decorrência da alta procura de clientes por atendimento físico e que precisam de ajuda para utilizar o autoatendimento - na maioria aposentados e pensionistas do INSS – é recorrente.
“Em vez de ser uma consistente política socioeconômica, a inclusão bancária está se tornando um problema não apenas para trabalhadores dos bancos privados - que sofrem com demissões em massa, sobrecarga de trabalho em consequência da redução do quadro de funcionários e cobrança por metas abusivas -, mas também para os clientes, pois tem sido utilizada pelos banqueiros como instrumento de exclusão da grande maioria da população que depende de procedimentos financeiros básicos em seu dia a dia”, ressalta o presidente do Sindicato.
"Os bancos já são o setor mais lucrativo do país. O Mercantil quase duplicou seu lucro neste último trimestre. Mandar clientes para os canais digitais não é melhoria na qualidade dos serviços, mas é um tremendo descaso com as pessoas que pagam altas taxas de juros e tarifas. Trata-se de precarização do atendimento. O movimento sindical vem insistindo há anos: o que acaba com as filas é colocar mais bancários nas agências”, conclui Vicentim.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Salário mínimo terá quarto aumento real seguido após superar fase 'menor abandonado'
- Pelo fim do teto do Saúde Caixa e por melhoria da qualidade do plano
- Governo instala comitê do Plano Nacional de Cuidados “Brasil que Cuida”
- Saúde Caixa: Sindicato apoia CHAPA 2 - MOVIMENTO PELA SAÚDE na eleição do Conselho de Usuários
- Estudo da USP revela que alta de juros aumenta mais o desemprego entre homens negros
- Chico Mendes: símbolo da luta sindical e ambiental completaria, hoje, 81 anos
- Clube terá horário especial de funcionamento neste fim de ano. Confira!
- Super Caixa: movimento sindical lança campanha "Vendeu/Recebeu"
- Em reunião na Vice-Presidência de Pessoas da Caixa, movimento sindical apresenta pesquisa de saúde física e mental dos empregados
- Super Caixa: empregados criticam programa de premiação do banco
- Santander divulga agenda de expediente de fim de ano para os empregados
- Live Fim de Ano Premiado premia 21 bancários e bancárias, celebra valorização da categoria e reconhece confiança dos associados no Sindicato
- Cassi: BB apresenta proposta de antecipação de valores aquém das necessidades da caixa de assistência
- Senado avança em PEC que reduz jornada de trabalho para 36 horas semanais
- Entenda por que Copom erra ao manter juros em 15%