31/03/2022
Sindicato dá dicas de obras culturais que ressaltam o poder feminino

O mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher é um marco da resistência feminina e um convite a múltiplas reflexões. São muitos os temas que as mulheres ainda precisam reivindicar ano após ano: o fim da violência de gênero e doméstica, fim da discriminação racial, a igualdade salarial e de oportunidades no trabalho, mais políticas voltadas a esta população, entre outras importantes pautas.
O Sindicato acredita que a arte tem um papel fundamental nesse debate, e elenca dicas culturais que fazem pensar sobre o ser mulher.
Mulheres Negras do Brasil (Schuma Schumaher, Érico Brazil. 2014, Editora Senac)
A publicação corrige um erro cometido na educação brasileira das últimas décadas, que foi omitir as grandes figuras femininas históricas ao longo dos séculos no país. O livro constrói um novo olhar sobre o passado e supera a invisibilidade, reconhecendo o papel primordial destas mulheres na formação da identidade nacional. Entre as 498 páginas do livro, mergulhamos nas histórias de mulheres como Chica da Silva, a cantora Elizeth Cardoso, as atletas Melania Luz e Wanda dos Santos – as primeiras negras a participarem de uma Olimpíada, de Maria Firmina dos Reis, a primeira escritora brasileira que publicou em 1859 o romance Úrsula, entre muitas outras.
Mães Paralelas (Pedro Almodóvar, 2021, Netflix)
A película do cultuado diretor espanhol traz a história de duas mães solteiras que se conhecem no quarto da maternidade, prestes a dar à luz a duas meninas. Uma das mulheres é uma mulher madura, interpretada pela atriz Penélope Cruz, enquanto a outra é uma adolescente ainda um tanto inexperiente. Experiências traumáticas ao longo do filme fazem que um forte laço seja formado entre as duas personagens.
Mulheres Que Correm com os Lobos (Clarissa Pinkola. 2018. Ed. Rocco)
O livro da analista junguiana Clarissa Pinkola Estés aborda 19 mitos, lendas e contos de fada, como a história do patinho feio e do Barba-Azul, que mostra como a natureza instintiva da mulher foi sendo domesticada ao longo dos tempos, num processo que punia todas aquelas que se rebelavam. Mulheres que correm com os lobos ficou durante um ano na lista de mais vendidos nos Estados Unidos.
O Mito da Beleza (Naomi Wolf. 2018, Ed. Rosa dos Tempos)
Este necessário livro questiona de onde veio o mito da beleza elaborado em uma sociedade patriarcal, que coloca uma mulher contra a outra, estimulando a competição em busca da aparência ideal que se encaixe nos padrões. Uma das conclusões da autora é que este mecanismo atua como controlador social para evitar que sejam cumpridos os ideais feministas de emancipação intelectual, sexual e econômica conquistados a partir dos anos 1970.
A Mulher do Fim do Mundo (Elza Soares, 2015)
O 32º disco de estúdio da cantora Elza Soares, falecida em janeiro deste ano, flui do rock, ao samba e hip hop, em mais uma reinvenção de sua longa carreira. Não é exagero dizer que o álbum é um retrato histórico de um tempo em que as mulheres não mais sofrem caladas, com letras que beiram ao autobiográfico. Com a faixa “Maria da Vila Matilde”, Elza entoou: “Você vai se arrepender de levantar a mão pra mim”, e se tornou um mantra de força para muitas mulheres com histórias de vida tão sofridas quanto a própria Elza teve. Tanto sua discografia como sua biografia (Elza, escrito por Zeca Camargo e lançado em 2018 pela Editora Leya) mostram a realidade e resistência da mulher negra e periférica no país.
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