29/12/2021
Informalidade cresce, renda cai e desemprego atinge 12,9 milhões de pessoas
A taxa de desocupação do trimestre agosto-outubro caiu 2,5 pontos percentuais em relação ao mesmo período no ano passado. Desse modo, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego atingiu o índice de 12,1%.
A situação afeta uma população de 12,9 milhões de pessoas. Entretanto, o trabalho informal representa 40,7% da população ocupada, uma piora de 2,4 pontos percentuais em relação ao trimestre agosto-outubro de 2020. Isso significa, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad Contínua) divulgada nesta terça (28), 38,2 milhões de pessoas desempenhando ocupações sem direitos e nenhum tipo de proteção.
Além disso, a sutil “recuperação” no índice de emprego não representou melhora na renda do trabalho. De acordo com a Pnad Contínua, o rendimento real habitual caiu 4,6% caiu 11,1% em um ano. A renda média dos ocupados, de R$ 2.556 em outubro de 2020, ficou em R$ 2.449. Entre os trabalhadores com carteira assinada, a redução no ganho mensal foi de 8% e entre os informais foi de 11,9%. Em todas as demais formas de ocupação consideradas pelo IBGE os rendimentos também caíram: trabalhador doméstico (-5,1%), do setor público (-10,6%), empregador (-15%) e trabalhadores por conta própria (-4%).
Na comparação anual, também não houve crescimento no rendimento em nenhum grupamento de atividade verificado pelo IBGE. Ao contrário, em seis deles houve reduções: Indústria (-16,1%), Construção (-7,4%), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (- 10%), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (-9,3%), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-11,6%) e Serviços domésticos (-5,1%).
Maus empregos
Os empregos com carteira seguem crescendo muito menos dos que os sem carteira assinada. Em outubro, segundo o IBGE, enquanto o primeiro grupo aumentou 8,1% em um ano, o segundo cresceu 19,8%. O cenário acaba refletindo – além da queda na renda do trabalho – na qualidade dos empregos. O país tem ainda 7,7 milhões de pessoas trabalhando menos horas do que precisariam, a chamada subocupação de mão de obra. Isso representa um aumento de 17,7% dessa taxa em um ano – pois em outubro de 2020 eram 6,5 milhões.
A situação afeta uma população de 12,9 milhões de pessoas. Entretanto, o trabalho informal representa 40,7% da população ocupada, uma piora de 2,4 pontos percentuais em relação ao trimestre agosto-outubro de 2020. Isso significa, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad Contínua) divulgada nesta terça (28), 38,2 milhões de pessoas desempenhando ocupações sem direitos e nenhum tipo de proteção.
Além disso, a sutil “recuperação” no índice de emprego não representou melhora na renda do trabalho. De acordo com a Pnad Contínua, o rendimento real habitual caiu 4,6% caiu 11,1% em um ano. A renda média dos ocupados, de R$ 2.556 em outubro de 2020, ficou em R$ 2.449. Entre os trabalhadores com carteira assinada, a redução no ganho mensal foi de 8% e entre os informais foi de 11,9%. Em todas as demais formas de ocupação consideradas pelo IBGE os rendimentos também caíram: trabalhador doméstico (-5,1%), do setor público (-10,6%), empregador (-15%) e trabalhadores por conta própria (-4%).
Na comparação anual, também não houve crescimento no rendimento em nenhum grupamento de atividade verificado pelo IBGE. Ao contrário, em seis deles houve reduções: Indústria (-16,1%), Construção (-7,4%), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (- 10%), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (-9,3%), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-11,6%) e Serviços domésticos (-5,1%).
Maus empregos
Os empregos com carteira seguem crescendo muito menos dos que os sem carteira assinada. Em outubro, segundo o IBGE, enquanto o primeiro grupo aumentou 8,1% em um ano, o segundo cresceu 19,8%. O cenário acaba refletindo – além da queda na renda do trabalho – na qualidade dos empregos. O país tem ainda 7,7 milhões de pessoas trabalhando menos horas do que precisariam, a chamada subocupação de mão de obra. Isso representa um aumento de 17,7% dessa taxa em um ano – pois em outubro de 2020 eram 6,5 milhões.
Já a população subutilizada ainda apresenta números alarmantes. São 29,9 milhões de pessoas nessa condição, apesar da redução de 3,2 milhões de pessoas em relação ao ano anterior. O desalento – quando a pessoa desiste de procurar trabalho por falta de condições – também segue afetando 5,1 milhões de pessoas.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Roberto Vicentim, avalia que é urgente retomar obras e investimentos públicos para enfrentar o maior e mais prolongado período de desemprego das últimas décadas; ampliar o alcance e aumentar projetos e benefícios sociais que garantam o enfrentamento à pobreza crescente e a fome que voltou a assolar o país.
"É preciso um projeto de governo que preze por políticas de geração de emprego e renda - necessárias para recuperar o poder de compra das famílias - e que invista no setor produtivo, colocando em segundo plano os interesses dos bancos e de outros setores que se aproveitam da crise para elevar ainda mais suas riquezas, além de um olhar sensível àqueles que já estão em situação de miséria, sem a mínima condição de se alimentar ou mesmo ter um lugar para morar. Teremos, no próximo ano, a chance de mudar essa triste realidade. Temos em nossas mãos um importante instrumento de mudança política e social: o voto consciente. A classe trabalhadora merece um Brasil melhor", ressalta Vicentim.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Inteligência Artificial em debate: impactos, riscos e a defesa dos direitos sociais
- Maioria esmagadora da categoria valoriza direitos trabalhistas e rechaça pejotização
- 40º Conecef aprova resoluções das empregadas e empregados
- Manutenção da democracia brasileira passa pela eleição de senadores progressistas em 2026
- Com representação de norte a sul do país, 27ª Conferência Nacional dos Bancários é aberta em São Paulo
- Revisão do sistema financeiro nacional precisa ser feita com urgência
- Como novas tecnologias impactam na movimentação de empregos do ramo financeiro
- Congresso do BB reforça defesa da Previ e denuncia ataques à governança
- Fim do teto de gastos da Caixa com saúde dos empregados é fundamental
- Bancários do Bradesco aprovam plano de ação em encontro nacional
- Respeito ao ser humano deve ser ponto central no uso da IA pela Caixa
- Jessé Souza: para vencer batalha de narrativas, trabalhadores precisam entender papel do imaginário nacional
- Encontro Nacional define minuta de reivindicações dos trabalhadores do Banco Mercantil do Brasil
- Banco do Brasil enfrenta “tempestade (im)perfeita”: juros altos, novas regras e crise no agro desafiam resultados
- Trabalhadores do BB definem eixos de luta pela defesa do banco público, da Cassi e da Previ