19/11/2021
20 de novembro: Dia da Consciência Negra é momento de luta

Neste sábado, 20 de novembro, o Brasil se manifesta contra todo o retrocesso promovido pelo governo Bolsonaro, que ataca o processo de reparação dos quase 350 anos de escravidão da população negra. Uma série de atos serão promovidos para marcar o Dia da Consciência Negra e protestar contra Bolsonaro, um presidente racista.
Mais de 60 manifestações já estão confirmadas em cidades de todo o país. No entanto, esse número deve ser ampliado até o próximo sábado.
As manifestações deste ano concentram o ‘Fora Bolsonaro racista’ porque esse governo promoveu um desmonte de seguidas conquistas que o movimento negro vinha obtendo ao longo de anos de luta. Houve corte de verbas para comunidades quilombolas e para o Programa de Enfrentamento ao Racismo e Promoção da Igualdade Racial, só para citar alguns exemplos.
A Contraf-CUT, o Sindicato dos Bancários de catanduva e região e a própria CUT reforçam a convocação de seus filiados para a participação dos atos do Dia da Consciência Negra com a bandeira do “Fora Bolsonaro Racista”.
O Sindicato participará virtualmente. A entidade orienta todos a utilizarem suas redes sociais como forma de protesto contra os ataques do governo Bolsonaro aos trabalhadores e seus direitos, contra o racismo estrutural e os retrocessos promovidos pelo governo no que se refere aos direitos da população negra brasileira.
"Os bancos, infelizmente continuam com suas políticas discriminatórias, tanto na contratação, como na ascensão profissional. Isso mostra que ainda temos uma luta árdua pela frente, para acabar com essa discriminação na categoria e adequar a nossa realidade. Mas não podemos esquecer que os bancários têm sido protagonistas nas lutas pela igualdade de oportunidades e pelo fim de todas as formas de preconceito. Por isso, nos unimos aos demais movimentos sociais e categorias de trabalhadores para fortalecer essa luta, por um país mais justo e igualitário", destaca o presidente do Sindicato, Roberto Vicentim.
10 motivos para exigir o fim do governo Bolsonaro neste sábado (20)
1 – Fim do Bolsa Família e do Auxílio Emergencial
Após 18 anos de pleno funcionamento o Bolsa Família, criado por Lula em 2003 e premiado internacionalmente, foi extinto por Bolsonaro, que também parou de pagar o Auxílio Emergencial para dar espaço a um programa eleitoreiro, cujas fontes de financiamento não estão definidas e que, segundo especialistas, não resolverá os problemas da fome, miséria e inserção de crianças na escola. O Auxílio Brasil tem, inclusive, data para acabar – dezembro de 2022 – e excluiu milhões de beneficiados pelo auxílio emergencial, que tiveram no programa sua única fonte de renda durante a pandemia.
2 – 610 mil mortos
O negacionismo, a negligência e o envolvimento em escândalos de superfaturamento na compra de vacinas, além da promoção de medicamentos sem eficácia no combate à Covid-19, resultaram na morte de mais de 610 mil brasileiros e brasileiras. Grande parte desta tragédia poderia ter sido evitada se Bolsonaro não tivesse desdenhado da pandemia, tratando-a como uma ‘gripezinha’ e dizendo, entre outros absurdos que ‘todo mundo vai morrer um dia’. O atraso no início da vacinação e as negativas de negociação com laboratórios como a Pfizer denunciam a política genocidada de Bolsonaro.
3 – Desemprego
Depois de dar o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, em 2016, o ilegítimo Michel Temer (MDB) aprovou a reforma Trabalhista que prometia mais empregos com a flexibilização de direitos. Promessa mentirosa, o resultado foi a precarização dos empregos formais, arrocho salarial e aumento do desemprego. Bolsonaro prometeu aprofundar a reforma de Temer. E sem projeto para o país, aprofundou a crise, atacou direitos, e ao invés de empregos criados, postos de trabalho foram extintos, trabalhadores ficaram desempregados e, por consequência, famílias inteiras foram penalizadas. Os negros foram os primeiros a perder seus empregos. Dados do IBGE mostram que no primeiro trimestre deste ano, a taxa de desemprego entre a população negra foi de 16,23%, enquanto a taxa para os brancos foi de 11,65%.
4 – Inflação
Os níveis inflacionários altos, de mais de dois dígitos, haviam sido superados há tempos. Hoje, impulsionada pelo aumento dos combustíveis que se refletem em toda a economia, a inflação para as famílias já ultrapassa os dois dígitos. Não é necessário ser economista para perceber que cada vez cabe menos alimentos e produtos no orçamento. Mais do que pelo índice, a inflação está sendo sentida pelo povo brasileiro na conta do supermercado. Aqueles que não têm emprego e renda, maioria formada pela população negra, são os mais impactados. No total, o Brasil já tem cerca de 20 milhões de pessoas passando fome atualmente.
5 – Fome
Entre 2018 e 2020, 7,5 milhões de brasileiros passaram ao menos um dia inteiro sem se alimentar. Este número é o quase dobro do que era em 2014 (3,9 milhões). Quase um quarto dos brasileiros (23,5%) passou por insegurança alimentar moderada (dificuldade e restrição no acesso a alimentos, ou seja, não faz as 3 refeições por dia), entre 2018 e 2020, o que significa ao todo 49,6 milhões de pessoas. Isso se deve aos fatores citados como o desemprego e a inflação que está elevando de forma exorbitante os preços dos alimentos.
6 – Alta dos preços
Comer carne vermelha, frango e até mesmo ovos já se tornaram artigos de luxo para milhões de famílias que, com os preços altos e a falta de renda por causa do desemprego, viram notícia diariamente nos jornais. São pessoas com geladeiras vazias, em desespero por não poder sustentar a própria família e não terem expectativas de conseguir trabalho. Enquanto salários não sobem a cesta básica aumenta todos os meses. De acordo como Dieese, o valor da cesta em novembro de 2021 está, em média, 25% mais caro do que em novembro de 2020. A maior alta foi em Brasília (31,6%). Florianópolis (SC) apresenta o mais alto preço do pais. Lá, a cesta custa R$ 700,69.
7 - Aumento dos combustíveis
A política de Preço de Paridade de Importação (PPI) adotada pela Petrobras no governo Temer e mantida por Bolsonaro, que faz com que o preço dos combustíveis no Brasil acompanhe a cotação internacional do barril e também do dólar, mesmo o país sendo autossuficiente. Esses reajustes impactam na inflação de todos os outros produtos. E com os reajustes sucessivos e a gasolina chegando a mais de R$ 7 reais o litro, trabalhadores que dependem do veículo como ferramenta de trabalho vêm tendo que abandonar as atividades por falta de condições de se manter. É o caso motoristas de caminhão autônomos, entregadores e motoristas de aplicativo (Ifood, Rappi, Uber, 99 Taxi, Cabify entre outros) cujos ganhos não cobrem os custos para manter o veículo.
8 – Saúde
O sucateamento de serviços públicos como o Sistema Único de Saúde (SUS) são sentidos mais pela população negra e os mais pobres do que para as demais. Com cortes e falta de recursos para a saúde, a população mais pobre é a primeira a ser prejudicada. Junto com outros fatores socioeconômicos, isso é o que faz com as taxas de mortalidade da população negra seja maior. Se analisados os números da pandemia, um levantamento do Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde, grupo da PUC-Rio, mostrou que enquanto 55% de negros morreram pela doença, a proporção entre brancos foi de 38%.
9 – Violência contra a população negra
Relatório elaborado pela Coalização Solidariedade Brasil, rede que agrega 18 entidades internacionais, avaliou que nos primeiros dois anos de governo Bolsonaro houve retrocesso significativo no que se refere a direitos humanos e desigualdade no país. Só no primeiro semestre de 2020, houve um aumento de 6% nas mortes pela polícia. A pesquisa constata que em 2019, primeiro ano de Bolsonaro no governo, 79,1% dos mortos pela polícia foram negros. Neste mesmo ano, 66,6% das vítimas de feminicídio eram negras. Em 2020, o total de casos de violência contra a mulher aumentou 1,9%.
10 – Racismo
Bolsonaro nunca escondeu sua face racista. Em resposta à cantora Preta Gil, em 2011, disse que “educou bem” os seus filhos e por isso, eles jamais namorariam uma mulher preta.
Em uma palestra no Rio de Janeiro, em 2017, disse sobre a ida a uma comundiade quilombola, em Eldorado Paulista: “O afrodescendente mais leve lá pesava 7 arrobas. Não fazem nada. Eu acho que nem para procriador eles servem mais".
Em 2015, afirmou a um jornal que imigrantes e refugiados vindos da África seriam a "escória do mundo". Ele também disse que jamais “entraria em um avião pilotado por um cotista, nem aceitaria ser operado por um médico cotista”.
Outros motivos
A reforma Administrativa pretendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, é uma abre-alas para a privatização dos serviços públicos, além de acabar com a estabilidade de servidores, que ficarão à mercê do governo de plantão, o que pode aumentar os casos de corrupção. As entidades sindicais pressionam o Congresso para que não aprovem a proposta.
As privatizações também são uam ameaça ao país. Desde o golpe, o Brasil sofre um verdadeiro ataque às empresas públicas estratégicas como a Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa Federal, Correios e Eletrobras, essenciais para o nosso desenvolvimento.
Após 18 anos de pleno funcionamento o Bolsa Família, criado por Lula em 2003 e premiado internacionalmente, foi extinto por Bolsonaro, que também parou de pagar o Auxílio Emergencial para dar espaço a um programa eleitoreiro, cujas fontes de financiamento não estão definidas e que, segundo especialistas, não resolverá os problemas da fome, miséria e inserção de crianças na escola. O Auxílio Brasil tem, inclusive, data para acabar – dezembro de 2022 – e excluiu milhões de beneficiados pelo auxílio emergencial, que tiveram no programa sua única fonte de renda durante a pandemia.
2 – 610 mil mortos
O negacionismo, a negligência e o envolvimento em escândalos de superfaturamento na compra de vacinas, além da promoção de medicamentos sem eficácia no combate à Covid-19, resultaram na morte de mais de 610 mil brasileiros e brasileiras. Grande parte desta tragédia poderia ter sido evitada se Bolsonaro não tivesse desdenhado da pandemia, tratando-a como uma ‘gripezinha’ e dizendo, entre outros absurdos que ‘todo mundo vai morrer um dia’. O atraso no início da vacinação e as negativas de negociação com laboratórios como a Pfizer denunciam a política genocidada de Bolsonaro.
3 – Desemprego
Depois de dar o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, em 2016, o ilegítimo Michel Temer (MDB) aprovou a reforma Trabalhista que prometia mais empregos com a flexibilização de direitos. Promessa mentirosa, o resultado foi a precarização dos empregos formais, arrocho salarial e aumento do desemprego. Bolsonaro prometeu aprofundar a reforma de Temer. E sem projeto para o país, aprofundou a crise, atacou direitos, e ao invés de empregos criados, postos de trabalho foram extintos, trabalhadores ficaram desempregados e, por consequência, famílias inteiras foram penalizadas. Os negros foram os primeiros a perder seus empregos. Dados do IBGE mostram que no primeiro trimestre deste ano, a taxa de desemprego entre a população negra foi de 16,23%, enquanto a taxa para os brancos foi de 11,65%.
4 – Inflação
Os níveis inflacionários altos, de mais de dois dígitos, haviam sido superados há tempos. Hoje, impulsionada pelo aumento dos combustíveis que se refletem em toda a economia, a inflação para as famílias já ultrapassa os dois dígitos. Não é necessário ser economista para perceber que cada vez cabe menos alimentos e produtos no orçamento. Mais do que pelo índice, a inflação está sendo sentida pelo povo brasileiro na conta do supermercado. Aqueles que não têm emprego e renda, maioria formada pela população negra, são os mais impactados. No total, o Brasil já tem cerca de 20 milhões de pessoas passando fome atualmente.
5 – Fome
Entre 2018 e 2020, 7,5 milhões de brasileiros passaram ao menos um dia inteiro sem se alimentar. Este número é o quase dobro do que era em 2014 (3,9 milhões). Quase um quarto dos brasileiros (23,5%) passou por insegurança alimentar moderada (dificuldade e restrição no acesso a alimentos, ou seja, não faz as 3 refeições por dia), entre 2018 e 2020, o que significa ao todo 49,6 milhões de pessoas. Isso se deve aos fatores citados como o desemprego e a inflação que está elevando de forma exorbitante os preços dos alimentos.
6 – Alta dos preços
Comer carne vermelha, frango e até mesmo ovos já se tornaram artigos de luxo para milhões de famílias que, com os preços altos e a falta de renda por causa do desemprego, viram notícia diariamente nos jornais. São pessoas com geladeiras vazias, em desespero por não poder sustentar a própria família e não terem expectativas de conseguir trabalho. Enquanto salários não sobem a cesta básica aumenta todos os meses. De acordo como Dieese, o valor da cesta em novembro de 2021 está, em média, 25% mais caro do que em novembro de 2020. A maior alta foi em Brasília (31,6%). Florianópolis (SC) apresenta o mais alto preço do pais. Lá, a cesta custa R$ 700,69.
7 - Aumento dos combustíveis
A política de Preço de Paridade de Importação (PPI) adotada pela Petrobras no governo Temer e mantida por Bolsonaro, que faz com que o preço dos combustíveis no Brasil acompanhe a cotação internacional do barril e também do dólar, mesmo o país sendo autossuficiente. Esses reajustes impactam na inflação de todos os outros produtos. E com os reajustes sucessivos e a gasolina chegando a mais de R$ 7 reais o litro, trabalhadores que dependem do veículo como ferramenta de trabalho vêm tendo que abandonar as atividades por falta de condições de se manter. É o caso motoristas de caminhão autônomos, entregadores e motoristas de aplicativo (Ifood, Rappi, Uber, 99 Taxi, Cabify entre outros) cujos ganhos não cobrem os custos para manter o veículo.
8 – Saúde
O sucateamento de serviços públicos como o Sistema Único de Saúde (SUS) são sentidos mais pela população negra e os mais pobres do que para as demais. Com cortes e falta de recursos para a saúde, a população mais pobre é a primeira a ser prejudicada. Junto com outros fatores socioeconômicos, isso é o que faz com as taxas de mortalidade da população negra seja maior. Se analisados os números da pandemia, um levantamento do Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde, grupo da PUC-Rio, mostrou que enquanto 55% de negros morreram pela doença, a proporção entre brancos foi de 38%.
9 – Violência contra a população negra
Relatório elaborado pela Coalização Solidariedade Brasil, rede que agrega 18 entidades internacionais, avaliou que nos primeiros dois anos de governo Bolsonaro houve retrocesso significativo no que se refere a direitos humanos e desigualdade no país. Só no primeiro semestre de 2020, houve um aumento de 6% nas mortes pela polícia. A pesquisa constata que em 2019, primeiro ano de Bolsonaro no governo, 79,1% dos mortos pela polícia foram negros. Neste mesmo ano, 66,6% das vítimas de feminicídio eram negras. Em 2020, o total de casos de violência contra a mulher aumentou 1,9%.
10 – Racismo
Bolsonaro nunca escondeu sua face racista. Em resposta à cantora Preta Gil, em 2011, disse que “educou bem” os seus filhos e por isso, eles jamais namorariam uma mulher preta.
Em uma palestra no Rio de Janeiro, em 2017, disse sobre a ida a uma comundiade quilombola, em Eldorado Paulista: “O afrodescendente mais leve lá pesava 7 arrobas. Não fazem nada. Eu acho que nem para procriador eles servem mais".
Em 2015, afirmou a um jornal que imigrantes e refugiados vindos da África seriam a "escória do mundo". Ele também disse que jamais “entraria em um avião pilotado por um cotista, nem aceitaria ser operado por um médico cotista”.
Outros motivos
A reforma Administrativa pretendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, é uma abre-alas para a privatização dos serviços públicos, além de acabar com a estabilidade de servidores, que ficarão à mercê do governo de plantão, o que pode aumentar os casos de corrupção. As entidades sindicais pressionam o Congresso para que não aprovem a proposta.
As privatizações também são uam ameaça ao país. Desde o golpe, o Brasil sofre um verdadeiro ataque às empresas públicas estratégicas como a Petrobras, o Banco do Brasil, a Caixa Federal, Correios e Eletrobras, essenciais para o nosso desenvolvimento.
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