17/11/2021

20 de novembro: é preciso ressaltar a importância da cultura e do povo negro para o país



No próximo sábado, dia 20 de novembro, é o Dia Nacional da Consciência Negra. A data faz memória à Zumbi, líder do Quilombo de Palmares, morto neste dia, no ano de 1695 e um momento para se ressaltar a importância da cultura e do povo negro na formação da cultura nacional.

Zumbi é um personagem histórico, que representa a luta do negro contra a escravidão no período do Brasil Colonial, mas também contra a opressão e o racismo que persistem até os dias atuais. Morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravagista e também uma forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. 

"Durante este mês, destinado as reflexões acerca do preconceito e violência sofridos pela população negra, o Sindicato também chama atenção para atitudes racistas que presenciamos no dia-a-dia. Quantas pessoas no seu ambiente de trabalho são negras? Quantas dessas pessoas negras ocupam espaços de poder e de decisão? Quantas dessas pessoas são bem remuneradas e reconhecidas? Quantas são mulheres negras? O racismo é uma das formas de exploração mais cruéis e mais naturalizadas contra os trabalhadores. Derruba a autoestima, mina as possibilidades de crescimento profissional e coloca muitos indivíduos cada vez mais à margem da sociedade! Essa discussão e a busca por igualdade devem ser permanentes. Combater o racismo  e fortalecer a luta pelos direitos de todos os cidadãos deve ser um compromisso de toda a sociedade para a construção de um país mais justo", acrescentou o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Roberto Carlos Vicentim.

Injustiça racial nos bancos

Todos os anos, os maiores bancos atuantes no país gastam verdadeiras fortunas com publicidade (somente em 2018, foram R$ 3,8 bilhões). Parte dessa propaganda destina-se a vender uma imagem de responsabilidade social, boas práticas de gestão e valorização da diversidade.

Contudo, a realidade dentro dos bancos é muito diferente daquilo que é vendido nas publicidades. De acordo com dados do censo da diversidade bancária, as pessoas pretas nos bancos são apenas 3,4% e as pardas 21,3%, representatividade muito menor do que na sociedade brasileira – no último censo demográfico (2010), 43,4% da população brasileira foi classificada como parda e 7,5% como preta.

Em relação à remuneração, os negros (compostos por pretos e pardos) têm rendimento médio correspondente a 87,3% do rendimento médio dos brancos. E as mulheres negras sofrem ainda mais discriminação: seu rendimento médio corresponde a apenas 68,2% do dos homens brancos. Os dados são do Censo da Diversidade Bancária, realizado em 2014.
Fonte: Seeb Catanduva, com informações da Contraf-CUT

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