25/10/2021

Coletivo Nacional de Saúde reivindica orientação transparente a todos os bancos



O Coletivo Nacional de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) se reuniu, nesta segunda-feira (25), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para a Mesa temática de Saúde.

Um dos principais pontos da pauta foi iniciar a retomada dos debates sobre temas que eram discutidos antes da pandemia do coronavírus (Covid-19), como o fim das metas abusivas, do assédio moral e do adoecimento na categoria, além da garantia do tratamento para os trabalhadores que ficaram doentes por conta das ações dos bancos.

“A nossa tese é que a pressão que os bancários sofrem nos locais de trabalho aumentou muito o adoecimento psíquico na categoria. Por isso, nós temos que discutir a forma como essa cobrança é feita”, afirmou Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT.

Outro tema debatido foi o retorno ao trabalho presencial, que, apesar de estar sendo negociado banco a banco, o movimento sindical pediu uma orientação geral por parte das empresas. “A gente precisa ter clareza nestas questões, com um protocolo-base de medidas preventivas para garantir a segurança dos trabalhadores, para que possam exercer suas atividades de forma tranquila”, explicou o secretário ao reforçar a importância da proteção dos grupos de riscos e da adequação dos ambientes de trabalho para a nova realidade. Ele alertou também para a necessidade de se preocupar com as sequelas da Covid-19, garantindo o tratamento adequado.

Outra preocupação apontada foi a situação de colegas do grupo de risco ao voltar ao trabalho: “Defendemos que tenham prioridade para continuar em home office, minimizando assim os riscos de reinfecção”, alertou Mauro Salles.

"Com a pandemia, os bancários que já sofriam com as metas abusivas e o asséio moral, tiveram a sua saúde mental ainda mais comprometida pelo medo de contaminação pelo Covid-19. Muitos pertencem ao grupo de risco ou são coabitantes. A categoria, que não mediu esforços para garantir o atendimento à população, seguindo na linha de frente, não precisa de mais metas, mais assédio, precarização das condições de trabalho e pressão para o retorno ao presencial quando ainda não há protocolos e segurança suficientes e garantidos pelas instituições. Cobramos que os bancos adotem medidas mais rigorosas para proteger os trabalhadores que retornam do home office. Para os que já estão trabalhando, é preciso ampliar ainda mais a proteção, e por isso também discutimos uma padronização dos protocolos. Os bancos possuem condições de nos atender. Estamos falando de vidas. Infelizmente, ainda não estamos em um quadro tranquilo, para baixar nenhum tipo de proteção", ressaltou o presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Roberto Vicentim.

As partes se comprometeram, ainda, a fazer pressão em todas as esferas de governo para continuar obrigando o uso de máscaras, como importante medida de prevenção da contaminação da Covid-19.
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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