29/04/2021
Lucro do Santander no 1º trimestre de 2021 chega a R$ 4,012 bi e é o maior desde 2010
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O Santander obteve lucro líquido gerencial de R$ 4,012 bilhões no primeiro trimestre de 2021. O resultado representa alta de 4,1% em relação ao mesmo período de 2020 e de 1,4% no trimestre. Esse é o maior lucro trimestral do banco desde o segundo trimestre de 2010.
Mesmo com o aumento do lucro, o banco espanhol eliminou 2.386 postos de trabalho em doze meses, encerrando o primeiro trimestre de 2021 com 44.806 empregados. Foram fechadas 140 agências e 91 PABs no período.
O Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região vem há tempos denunciando as arbitrariedades do banco. Em mobilizações públicas e constantes protestos nas redes sociais, a entidade tem denunciado o quanto a irresponsabilidade do banco espanhol continua comprometendo a vida e a saúde física e mental dos seus funcionários.
"O Santander 'retribui' a dedicação de centenas de trabalhadores que se dedicaram anos ao banco tirando seus empregos em meio a maior crise sanitária dos últimos 100 anos, que resultou no agravamento da crise econômica. O banco insiste no slogan em que pergunta o que pode fazer pelo cliente hoje, mas pratica juros e tarifas abusivas, fecha agências e demite funcionários, piorando o atendimento. Santander, respeite e valorize seus funcionários que estão na linha de frente da pandemia, arriscando diariamente suas vidas e de seus familiares para garantir o seu maior resultado trimestral dos últimos 10 anos. Não coloque o lucro acima da vida e cumpra com sua responsabilidade social de gerar empregos. Respeite também a sociedade brasileira, oferecendo aos seus clientes atendimento de qualidade em vez de só explorá-los com tarifas exorbitantes", cobra o diretor do Sindicato, Luiz Eduardo Campolungo.
A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 8,3% em doze meses, totalizando R$ 4,9 bilhões. As despesas de pessoal mais PLR caíram 4,4% no ano, somando R$ 2,2 bilhões. Assim, em março de 2021, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 215,74%.
O retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROE) do banco ficou em 20,9%, com queda de 1,4 ponto percentual em doze meses.
O lucro obtido na unidade brasileira do banco representou 21% do lucro recorrente global que foi de € 2,138 bilhões, este último com alta de 385,8% em doze meses (o lucro líquido do 1º trimestre de 2020 foi de € 331 milhões), após um provisionamento de € 1,608 milhões em 2020, em função da pandemia da COVID-19 e alta de 50% no trimestre. Entre as unidades do Santander no mundo, a maior variação do lucro foi nos Estados Unidos (€ 616 milhões), com crescimento de 1.017% em doze meses.
No Brasil, a Carteira de Crédito Ampliada do banco teve alta de 7,4% em doze meses e queda de 2,9% no trimestre, atingindo R$ 497,6 bilhões (ou alta de 11,4% desconsiderando o efeito da variação cambial).
As operações com pessoas físicas cresceram 13,4% em doze meses, chegando a R$ 178,4 bilhões, com crescimento em todas as linhas e impulsionadas por Veículos/Leasing (+27,5%) e pelo crédito imobiliário (+23,2%).
A Carteira de Financiamento ao Consumo, originada fora da rede de agências, somou R$ 61,1 bilhões, com alta de 3,4% em relação a março de 2020. Do total desta carteira, R$ 51,8 bilhões (ou 84,7% da carteira) referem-se aos financiamentos de veículos para pessoa física, apresentando aumento de 4,1% no período.
O crédito para pessoa jurídica cresceu 14,3% em doze meses, alcançando R$ 185,3 bilhões. O segmento de pequenas e médias empresas cresceu 28,4%, e o de grandes empresas cresceu 9,2%. O Índice de Inadimplência Total superior a 90 dias, incluindo Pessoa Física e Pessoa Jurídica, ficou em 2,1%, com queda de 0,9 pontos percentuais em comparação ao primeiro trimestre de 2020. Já as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) foram reduzidas em 5,8%, totalizando R$ 3,4 bilhões.
O Sindicato reforça à direção do Santander Brasil a cobrança por responsabilidade social por meio de contratações e da redução de juros e tarifas cobrados de uma população severamente impactada pela pandemia, mas por meio da qual o banco obtém 21% do seu lucro global.
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