29/01/2021
Bancários de Catanduva e região param nesta sexta-feira (29) contra reestruturação do BB

Agência Rua Pernambuco: trabalhadores paralisaram as atividades por 1 hora
Foto: Seeb Catanduva
Bancários do Banco do Brasil de norte a sul do país pararam nesta sexta-feira (29) em protesto à reestruturação anunciada pela direção do banco, que prevê o fechamento de centenas de unidades, desligamento de milhares de trabalhadores, descomissionamento de funções e a extinção do cargo de caixa.
Em Catanduva, dirigentes sindicais mobilizados junto aos funcionários mantiveram paralisadas por 1 hora as agências localizadas nas ruas Pernambuco, Maranhão, e 7 de Setembro, unidade que terá suas atividades encerradas precarizando assim o atendimento à população e promovendo sérias alterações na vida dos bancários, como transferências à revelia e perdas salariais. Em Borborema e Novo Horizonte, os trabalhadores decretaram greve que perdurará durante todo o dia.

Agência Rua Maranhão: paralisação por 1 hora
Foto: Seeb Catanduva
“O desmonte imposto pela direção do Banco do Brasil, que dificulta o acesso da população aos serviços bancários e à concessão de crédito, colocando em risco o importante papel do banco no desenvolvimento do país, sobretudo neste momento de crise econômica e sanitária, ocorre bem ao gosto de uma gestão que também não se preocupa com as vidas de quem trabalha duro na pandemia, a exemplo dos ataques desferidos contra toda a classe trabalhadora pelo atual governo”, denuncia o diretor do Sindicato, Luiz Eduardo Campolungo.
Campolungo alerta que se trata de um grande projeto contra o patrimônio público e o povo brasileiro, e que todos perdem com essa reestruturação, desde o funcionário ao cidadão que busca crédito habitacional, do pequeno comerciante ao grande empresário.

Agência Borborema teve suas atividades paralisadas em 24 horas
Foto: Seeb Catanduva

Agência Novo Horizonte: trabalhadores fazem greve por 1 dia
Foto: Seeb Catanduva
“O Sindicato não concorda com nenhum plano que resulte em redução de postos de trabalho e retire direitos duramente conquistados. Nossa mobilização hoje é um protesto ao desrespeito da direção do BB com os trabalhadores, com seus clientes e usuários. Não é somente sobre fechar agências. Os bancários cruzaram os braços para deixar claro que não aceitam a retirada de direitos e a destruição de uma instituição centenária que pertence ao povo, que será empurrado cada vez mais para os serviços digitais, reduzindo o acesso da população mais carente, que mais precisa do banco público e forte. Mais uma vez, a categoria mostrou sua força nas ruas e nas redes. Se é luta que eles querem, seremos unidade e resistência!” ressaltou o presidente do Sindicato, Roberto Vicentim.

Agência 7 de Setembro: atividades paralisadas por 1 hora
Foto: Seeb Catanduva
LUCROS
Para direção do BB, a demissão de milhares de funcionários e o desmonte do banco é feito para ampliar os lucros aos acionistas. Na segunda-feira (25), a direção do banco anunciou sua distribuição de dividendos em 2021, em documento enviado ao mercado. De acordo com o documento, o percentual do lucro pago aos acionistas (payout) será de 40%. Sobre o resultado de 2020, o BB aprovou um payout de 35,29%.
NEGOCIAÇÃO
Na semana que vem, será avaliada a mobilização e sua continuidade, caso a direção do Banco do Brasil se recuse a dialogar com seus funcionários sobre eventuais mudanças no banco. “A Comissão de Empresa vai se reunir na próxima semana, junto com o Comando Nacional, para avaliarmos como foram os atos no Brasil inteiro. Vamos montar um novo calendário de lutas caso o banco não nos chamar para a negociação. Não descartamos a possibilidade de greve dos funcionários do Banco do Brasil”, afirmou o coordenador da CEBB, João Fukunaga.
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