20/01/2021
Banco de horas negativas: COE Itaú discute modelo de compensação com o banco

O banco de horas negativas dominou a pauta da reunião entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e a direção do banco, realizada na tarde desta quarta-feira (20), por videoconferência.
O debate começou com a apresentação do Itaú do número de trabalhadores que entraram no banco de horas. O problema está no alto índice de bancários com mais de 400 horas negativas, pois, com este cenário, não seria possível cumprir o acordo de compensação no período de 12 meses.
Foi quando o movimento sindical propôs o aumento do período de compensação para 18 meses, com início no mês de março e a revisão do acordo a cada três meses. Reivindicou ainda a possibilidade da inclusão de uma cláusula de prorrogação deste período por mais seis meses, caso os trabalhadores não estejam conseguindo zerar os seus bancos.
Os representantes dos trabalhadores também questionaram como ficarão os casos de bancárias com licença maternidade e de bancários e bancárias que sofrerem afastamento por acidente de trabalho e não conseguirem zerar suas horas negativas.
O banco ficou de avaliar a proposta e retornar sobre os questionamentos. Antes disso, reafirmou a cláusula que diz que se houver desligamento por iniciativa do banco não serão descontado essas horas.
Devido ao prolongamento do debate, as negociações em torno do Programa Complementar de Resultados (PCR) e do Programa Bolsa Auxílio Educação 2021 ficou para a próxima reunião. A COE Itaú pediu urgência na marcação do novo encontro, para resolver as questões antes que a nova direção assuma seus postos, no início de fevereiro.
O Itaú aceitou e prometeu apresentar um programa interno de treinamento de requalificação, como ampliação ao programa de Bolsas, que será estendido aos dependentes.
Projeto do banco do futuro: agência do Itaú 2030
Antes de encerrar a reunião, o Itaú atualizou os dirigentes sindicais do andamento do novo modelo de agências. Um projeto piloto vai começar por duas regionais: Guarulhos (SP) e São João do Meriti (RJ). Essas regiões foram escolhidas por contarem agências de todos os portes, segundo o banco.
De acordo com o Itaú, irá acabar a área comercial e a área operacional, para criar uma área única, com integração num novo modelo de trabalho, que vai ter efeitos positivos para os clientes e para os funcionários, pois gera a abertura de oportunidade para novos caminhos de carreira.
O banco garantiu que a missão do projeto não é diminuir o número de funcionários das agências, mas sim organiza-los melhor, com uma ressignificação dos cargos de gestão da agência.
O movimento sindical se comprometeu a construir uma agenda de discussão deste novo modelo e também sobre o Gera, programa que vai substituir o Agir, ligado à remuneração variável dos funcionários do Itaú, assim que as questões iniciais deste encontro forem solucionadas.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Inteligência Artificial em debate: impactos, riscos e a defesa dos direitos sociais
- Maioria esmagadora da categoria valoriza direitos trabalhistas e rechaça pejotização
- 40º Conecef aprova resoluções das empregadas e empregados
- Manutenção da democracia brasileira passa pela eleição de senadores progressistas em 2026
- Com representação de norte a sul do país, 27ª Conferência Nacional dos Bancários é aberta em São Paulo
- Revisão do sistema financeiro nacional precisa ser feita com urgência
- Como novas tecnologias impactam na movimentação de empregos do ramo financeiro
- Congresso do BB reforça defesa da Previ e denuncia ataques à governança
- Fim do teto de gastos da Caixa com saúde dos empregados é fundamental
- Bancários do Bradesco aprovam plano de ação em encontro nacional
- Respeito ao ser humano deve ser ponto central no uso da IA pela Caixa
- Jessé Souza: para vencer batalha de narrativas, trabalhadores precisam entender papel do imaginário nacional
- Encontro Nacional define minuta de reivindicações dos trabalhadores do Banco Mercantil do Brasil
- Banco do Brasil enfrenta “tempestade (im)perfeita”: juros altos, novas regras e crise no agro desafiam resultados
- Trabalhadores do BB definem eixos de luta pela defesa do banco público, da Cassi e da Previ