08/09/2020
Santander atende reivindicação dos bancários e ampliará licença paternidade para 28 dias

O Santander comunicou à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) que, apesar de não ter sido clausulada na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, a partir de janeiro de 2021, atenderá o que os trabalhadores pediram no parágrafo 4º do artigo 85 da minuta de reivindicações da categoria no que diz respeito à ampliação da licença paternidade.
A reivindicação é para que fosse assegurado ao empregado pai a ampliação da licença paternidade pelo prazo de 25 (vinte e cinco) dias. Mas, devido a uma determinação da matriz, o banco concederá, em todos os países onde atua, a licença paternidade de 28 dias.
“Essa conquista é importante para abrir caminho para que outros bancos também concedam esse direito e, tão logo, empresas de outros setores econômicos também o façam”, disse o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Contraf-CUT nas negociações com o banco, Mario Raia. "Acreditamos na responsabilidade compartilhada e, além disso, a ampliação da licença também aos pais pode ajudar a combater a discriminação que existe com as mulheres”, disse.
"A ampliação da licença paternidade é uma reivindicação antiga do movimento sindical, para que os bancários possam ficar mais tempo com seu filho logo após o nascimento e vivenciar essa experiência, sendo também ponto importantíssimo de apoio para a mãe. Além de não sobrecarregar uma das partes, dividir as tarefas e obrigações da vida dos pequenos, também é muito importante para o desenvolvimento da criança, pois, sabe-se que a participação efetiva dos pais tem influência direta na formação e no amadurecimento emocional dos filhos. Continuaremos mobilizados e empenhados na luta para que seja ampliada ainda mais, para que os pais tenham o mesmo tempo de licença concedido às mulheres”, acrescenta o secretário geral do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Júlio César Trigo.
Igualdade de oportunidades
Muitas mulheres não têm oportunidades de contratação, ou ascensão profissional, porque os bancos e demais empresas defendem que elas podem engravidar e se ausentar de suas tarefas após o nascimento do bebê. “Ao invés de reduzir, ou tirar esse direito das mães, defendemos que o mesmo direito seja dado ao pai. Assim, essa discriminação contra as mulheres deixaria de existir e os pais teriam mais tempo para compartilhar as responsabilidades com a criança e os cuidados com a casa”, explica Mario Raia.
Na categoria, os pais já têm o direito à licença paternidade de 20 dias. Trata-se de uma conquista da Campanha Nacional dos Bancários de 2016, regulamentada nos termos da Lei 13.257, promulgada pela ex-presidenta Dilma Rousseff.
Curso obrigatório
Para fazer jus à licença paternidade de 28 dias, o bancário deve concluir o curso de paternidade responsável. O trabalhador interessado deve entrar em contato com o sindicato para obter informações sobre o curso.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Câmara aprova urgência de projeto que isenta de IR quem recebe até R$ 5 mil e reduz imposto até R$ 7.350
- Audiência na Câmara debate situação do plano de saúde dos aposentados do Itaú
- COE Bradesco avança em negociação de dois acordos inéditos com o banco
- Veja ao vivo a abertura dos congressos de trabalhadores de bancos públicos
- Manifesto por “tolerância zero para casos de violência e assédio abre o 40º Conecef
- Como 0,1% dos super-ricos do Brasil acumulou mais renda que 80 milhões de pessoas
- Chegaram os Canais do Sindicato no WhatsApp! Siga-nos agora!
- BB lança protocolo de apoio a bancárias vítimas de violência doméstica
- Itaú apresenta avanços em resposta às reivindicações do GT Saúde
- Sindicato denuncia fechamento da agência do Bradesco em Pindorama
- Recorte da Consulta Nacional revela falta de comprometimento dos bancos com igualdade de oportunidades
- Encontro Nacional dos Funcionários do Santander debaterá cenário econômico, perspectivas do sistema financeiro e plano de luta da categoria
- Delegados aprovam Plano de Lutas na 27ª Conferência Estadual da FETEC-CUT/SP
- 27ª Conferência Estadual da FETEC-CUT/SP reafirma defesa da soberania e dos empregos frente à IA
- Negociações sobre custeio do plano associados da Cassi avançam, mas ainda sem acordo