18/08/2020
Começa a 7ª negociação entre bancári@s e Fenaban

Será hoje, a partir das 11h, a reunião de negociação entre o Comando Nacional d@s Bancári@s e representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A categoria cobra dos bancos uma resposta às suas reivindicações, entre elas, a de aumento real, PLR, e defesa dos direitos conquistados. Uma hora antes do encontro, às 10h, haverá um tuitaço dos bancári@s para reforçar a pauta apresentada no final de julho à Fenaban. Vamos tuitar juntos #NaLutaPorAumentoReal.
Durante as seis rodadas de negociações, os representantes da Fenaban evitaram dar respostas claras às reivindicações, definidas em consulta feita junto à categoria e da qual participaram quase 30 mil trabalhadores.
“Já na mesa dea última sexta (14), destacamos para os representantes da Fenaban que os bancos continuam lucrando mesmo na crise econômica agravada pela pandemia de coronavírus, e têm total capacidade de atender nossas reivindicações. Além de melhores condições de trabalho, queremos aumento real para salários e demais verbas e PLR maior”, afirma Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, que representa a categoria na mesa de negociação com a Fenaban.
A categoria quer reposição da inflação mais aumento real de 5%; PLR de 3 salários mais parcela fixa de R$ 10.742,91; VA e VR no valor mensal de R$ 1.045 cada um; auxílio-creche/babá mensal de R$ 1.045 para cada filho até 12 anos; Plano de Cargos e Salários mais justo e transparente; dentre outras reivindicações sociais, de saúde e segurança, de igualdade de oportunidades, e de garantia de empregos. Todas já apresentadas pelo Comando dos Bancários à Fenaban, ao longo de cinco rodadas de negociação, sem respostas concretas dos bancos até agora.
“O compromisso é de que estas respostas venham nesta terça. Nós do movimento sindical valorizamos a via negocial, e esperamos que os bancos façam o mesmo. Desde a campanha de 2018, a primeira após a reforma trabalhista, os bancários correm contra o tempo pressionados pelo fim da ultratividade. Temos que fechar um acordo até 31 de agosto, que é a data de validade de nossa CCT. Sem isso, todas as cláusulas da nossa convenção estão ameaçadas”, explica Ivone.
A ultratividade é um princípio jurídico que estendia a validade de um acordo trabalhista até que um novo acordo fosse fechado. Assim, os direitos de qualquer categoria estavam resguardados enquanto os trabalhadores negociavam um novo acordo com os patrões. “A ultratividade, portanto, dava segurança aos empregados enquanto lutavam por seus direitos. Foi mais um retrocesso nos direitos dos trabalhadores, iniciado após o golpe de 2016 e que se aprofunda até hoje, com as políticas antitrabalhistas do atual governo”, lembra a dirigente. Por isso a categoria bancária tem de estar ainda mais mobilizada e atenta à Campanha.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim, reforça que o distanciamento social é necessário, mas não limita a participação dos trabalhadores na Campanha Nacional. Ele ressalta que avançar nas negociações e garantir direitos depende muito da mobilização de cada um nas redes sociais.
"As redes são uma ferramenta fundamental para pressionarmos os bancos a renovarem nossa CCT e garantirmos nossos direitos conquistados em anos de luta e organização. Devemos, sobretudo neste momento de isolamento social, fazer uso da tecnologia a nosso favor. Ganhamos uma nova forma de mobilização e os bancários precisam entender a importância da sua contribuição para a luta. Sabemos que a única forma de avançarmos é com unidade da categoria, por isso todos têm que participar. Acompanhe as negociações em nossos canais de comunicação. Participe dos tuitaços. Curta e compartilhe nossos materiais. A distância não nos limita", destaca Vicentim.
Bancos seguem lucrando alto
Os bancos continuam sendo o setor mais lucrativo e rentável da economia brasileira. Apenas no primeiro semestre deste ano, os quatro maiores – Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil – já lucraram R$ R$ 28,5 bilhões (Caixa ainda não divulgou seu balanço), o que não é nada desprezível, especialmente neste momento de pandemia e crise financeira pelo qual passa o país e o mundo.
“Os representantes dos bancos chegaram a mencionar na mesa de sexta que os lucros diminuíram. Mas nós destacamos que isso se deu principalmente por conta do aumento das provisões para prováveis calotes, os chamados PDDs [Provisão para Devedores Duvidosos]. Sem PDDs altos, o lucro dos quatro seria ainda maior. É preciso também não confundir lucros menores com prejuízo: os bancos continuam lucrando e muito”, reforça Ivone Silva.
Em 2019, os lucros somados dos cinco maiores alcançou R$ 108 bilhões, com alta média de mais de 30% em relação a 2018. E a economia já se estava em crise. “Não tem crise para os bancos. Por isso, queremos propostas decentes da parte deles”, reafirma a dirigente.
PLR
A PLR é outra prioridade da categoria bancária. E os trabalhadores estão munidos de dados que comprovam que os bancos, mesmo com resultados menores, continuam altamente lucrativos e não têm desculpas para não atender a essa reivindicação da categoria.
“Com a alta expressiva dos lucros dos bancos ao longo dos anos, o percentual médio de distribuição da PLR não chega a alcançar nem nem 7,2%, como previstos na CCT. Dados mostram que, entre 1997 e 2019, enquanto o lucro dos bancos teve crescimento real de 446%, a PLR de um caixa cresceu 160%, ou seja, o lucro do setor cresceu num patamar 2,8 vezes maior do que cresceu a PLR dos caixas, por exemplo”, informa Ivone. “Ou seja, os bancos não têm por que alegar queda nos resultados para não atender à demanda dos bancários por PLR melhor”, enfatiza.
VA e VR
Outra demanda é por VA e VR maiores. Segundo o IBGE, a inflação do grupo Alimentação foi de 8,3% (ago/2019 a jul/20), um dos que mais pesou no cálculo do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que ficou em 2,69%. E contrariando o que normalmente ocorre, o subgrupo Alimentação no Domicílio teve alta maior (9,7%) do que o de Alimentação Fora do Domicílio (4,5%).
Os preços da Cesta Básica, segundo o Dieese, também tiveram alta em praticamente todas as capitais em doze meses, ficando estável somente em Brasília.
“Valorizar o VA e VR é também fundamental para manter o poder aquisitivo da categoria bancária”, ressalta Ivone.
Fique ligado nas negociações! Acompanhe os resultados da reunião pelas nossas redes sociais.
Conecte-se ao Sindicato
Salve o número do Sindicato (17 99259-1987) nos seus contatos, mande um WhatsApp com seu nome e banco em que trabalha. Acesse a página de notícias específicas da Campanha e siga o Seeb Catanduva no Facebook, Twitter e Instagram para se manter informado sobre a Campanha Nacional dos Bancários 2020.
A ultratividade é um princípio jurídico que estendia a validade de um acordo trabalhista até que um novo acordo fosse fechado. Assim, os direitos de qualquer categoria estavam resguardados enquanto os trabalhadores negociavam um novo acordo com os patrões. “A ultratividade, portanto, dava segurança aos empregados enquanto lutavam por seus direitos. Foi mais um retrocesso nos direitos dos trabalhadores, iniciado após o golpe de 2016 e que se aprofunda até hoje, com as políticas antitrabalhistas do atual governo”, lembra a dirigente. Por isso a categoria bancária tem de estar ainda mais mobilizada e atenta à Campanha.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Roberto Carlos Vicentim, reforça que o distanciamento social é necessário, mas não limita a participação dos trabalhadores na Campanha Nacional. Ele ressalta que avançar nas negociações e garantir direitos depende muito da mobilização de cada um nas redes sociais.
"As redes são uma ferramenta fundamental para pressionarmos os bancos a renovarem nossa CCT e garantirmos nossos direitos conquistados em anos de luta e organização. Devemos, sobretudo neste momento de isolamento social, fazer uso da tecnologia a nosso favor. Ganhamos uma nova forma de mobilização e os bancários precisam entender a importância da sua contribuição para a luta. Sabemos que a única forma de avançarmos é com unidade da categoria, por isso todos têm que participar. Acompanhe as negociações em nossos canais de comunicação. Participe dos tuitaços. Curta e compartilhe nossos materiais. A distância não nos limita", destaca Vicentim.
Bancos seguem lucrando alto
Os bancos continuam sendo o setor mais lucrativo e rentável da economia brasileira. Apenas no primeiro semestre deste ano, os quatro maiores – Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil – já lucraram R$ R$ 28,5 bilhões (Caixa ainda não divulgou seu balanço), o que não é nada desprezível, especialmente neste momento de pandemia e crise financeira pelo qual passa o país e o mundo.
“Os representantes dos bancos chegaram a mencionar na mesa de sexta que os lucros diminuíram. Mas nós destacamos que isso se deu principalmente por conta do aumento das provisões para prováveis calotes, os chamados PDDs [Provisão para Devedores Duvidosos]. Sem PDDs altos, o lucro dos quatro seria ainda maior. É preciso também não confundir lucros menores com prejuízo: os bancos continuam lucrando e muito”, reforça Ivone Silva.
Em 2019, os lucros somados dos cinco maiores alcançou R$ 108 bilhões, com alta média de mais de 30% em relação a 2018. E a economia já se estava em crise. “Não tem crise para os bancos. Por isso, queremos propostas decentes da parte deles”, reafirma a dirigente.
PLR
A PLR é outra prioridade da categoria bancária. E os trabalhadores estão munidos de dados que comprovam que os bancos, mesmo com resultados menores, continuam altamente lucrativos e não têm desculpas para não atender a essa reivindicação da categoria.
“Com a alta expressiva dos lucros dos bancos ao longo dos anos, o percentual médio de distribuição da PLR não chega a alcançar nem nem 7,2%, como previstos na CCT. Dados mostram que, entre 1997 e 2019, enquanto o lucro dos bancos teve crescimento real de 446%, a PLR de um caixa cresceu 160%, ou seja, o lucro do setor cresceu num patamar 2,8 vezes maior do que cresceu a PLR dos caixas, por exemplo”, informa Ivone. “Ou seja, os bancos não têm por que alegar queda nos resultados para não atender à demanda dos bancários por PLR melhor”, enfatiza.
VA e VR
Outra demanda é por VA e VR maiores. Segundo o IBGE, a inflação do grupo Alimentação foi de 8,3% (ago/2019 a jul/20), um dos que mais pesou no cálculo do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que ficou em 2,69%. E contrariando o que normalmente ocorre, o subgrupo Alimentação no Domicílio teve alta maior (9,7%) do que o de Alimentação Fora do Domicílio (4,5%).
Os preços da Cesta Básica, segundo o Dieese, também tiveram alta em praticamente todas as capitais em doze meses, ficando estável somente em Brasília.
“Valorizar o VA e VR é também fundamental para manter o poder aquisitivo da categoria bancária”, ressalta Ivone.
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