06/08/2020
Campanha Nacional dos Bancários: home office é pauta de negociação com a Caixa

A primeira mesa de negociação entre a CEE/Caixa (Comissão Executiva dos Empregados da Caixa) e o banco para debater a minuta de reivindicações para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos empregados da Caixa, acontece nesta sexta-feira (7). As reivindicações foram definidas pelos mais de mil delegadas e delegados que, a partir dos sindicatos e dos estados, organizaram o 36º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), realizado em julho, de maneira digital. O foco do debate, nesta primeira mesa, será o home office, que também foi o tema da primeira negociação entre Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban.
Na mesa, será feita ainda a entrega da minuta de reinvindicações e a coordenação da CEE/Caixa, por alternância, passará para Fabiana Uehara Proscholdt, empregada da Caixa e secretária de Cultura da Contraf-CUT, que substitui Dionísio Reis Siqueira, diretor executivo do Sindicato e da Fenae, que segue integrando à CEE/Caixa.
"O maior desafio dos empregados da Caixa em 2020 é a mobilização, pois temos que nos reinventar e passar por cima de nossas dificuldades com os meios digitais e nossos medos. Temos que lembrar que o Sindicato e a Apcef/SP estão ao nosso lado e de participar das atividades propostas, que têm potencial de arrancar bons resultados. Estaremos juntos e à disposição na nova coordenação da CEE/Caixa. Agradeço a todos sindicatos pela confiança e parabenizo a Fabiana, que assume o posto no comando. Vamos à luta que a vitória será de todxs!", enfatiza Dionísio.
Home Office
O trabalho remoto já era algo que estava sendo avaliado pelo banco antes da pandemia, inclusive com um piloto desde 2019 e consta em normativo (RH 226). Em 24 de junho deste ano, em entrevista à CNN Brasil, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse que o banco vai expandir seu programa de trabalho remoto após a pandemia.
“Não sabemos até quando se dará a pandemia. Mas hoje, da forma que está ocorrendo na Caixa o teletrabalho, não é bom para o trabalhador. Não existe jornada, as metas são abusivas, não tem ergonomia, dentre outras irregularidades”, enfatiza a empregada da Caixa, secretária de Cultura da Contraf/CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.
“Na situação pandêmica que o país se encontra nesse momento é fundamental que o banco adote medidas que efetivamente protejam os empregados, como o home office. Mas, para após esse período, é fundamental que o banco também forneça condições adequadas para que os trabalhadores permaneçam neste sistema de teletrabalho. É preciso regulamentar jornada, fornecimento e manutenção de equipamentos, infraestrutura, questões relacionadas à alimentação. Reivindicamos que a direção da Caixa olhe e cuide dos empregados como vidas importantes que são e dê condições para que realizem seu trabalho de maneira que seja bom também para o trabalhador. Não podemos deixar nas mãos dos bancos. Tem que ter regras e respeito com o empregado”, acrescenta o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
Em 2017, a Reforma Trabalhista regrou o teletrabalho, mas terminou beneficiando as empresas ao transferir os custos dos empregadores para os trabalhadores, dentre outros problemas.
Dionísio destaca que foi a pressão do movimento sindical, que ameaçou responsabilizar o banco civil e criminalmente por fatalidades decorrentes da contaminação de empregados por coronavírus, que possibilitou a continuidade do projeto remoto na Caixa. "As convocações para retorno ao trabalho presencial, em meio à pandemia, só cessaram, com compromisso assumido pela VP de Pessoas, após o movimento sindical deixar claro que responsabilizaria o banco, civil e criminalmente, por fatalidades decorrentes da contaminação dos seus empregados. Agora, as negativas do banco quanto as mães e coabitantes de grupo de risco terão de ser revistas", enfatiza o integrante da CEE.
Pauta de reivindicações
A pauta de reivindicações dos empregados da Caixa está baseada em três eixos: Defesa da Vida (Democracia; Empresas Públicas; Bancos Públicos e Defesa da Caixa 100% Pública), Saúde ( Saúde e Condições de Trabalho; Saúde Caixa e Funcef) e Direitos (CCT e ACT e Contratações).
“É de fundamental importância a mobilização de todos os empregados e empregadas da Caixa na Campanha dos Bancários 2020, que ocorre de maneira atípica, virtualmente, devido à pandemia de coronavírus. É a força da nossa unidade que vai garantir os nossos direitos, descritos no Acordo Coletivo de Trabalho; o Saúde Caixa para todos, sem teto para o patrocinador; a manutenção da Caixa 100% Pública, fortemente ameaçada pela política privatista do atual governo; além do reajuste e novas conquistas. Informe-se pelos canais do Sindicato e participe das mobilizações através das redes sociais”, conclama Dionísio Reis.
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