17/03/2020
Trabalhadores denunciam assédio moral e adoecimento: novos modelos, velhos métodos

(Charge: Marcio Baraldi)
O novo modelo de metas do Santander está no terceiro mês, mas as velhas práticas nefastas de gestores do banco contra os seus subordinados continuam. Segundo matéria publicada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, trabalhadores têm denunciado à entidade pressão pelo cumprimento de metas, que tem se transformado em casos de assédio moral em série, provocando o adoecimento dos bancários.
Criadas para serem semestrais, as cobranças do novo sistema se tornaram mensais. No trato direto, todavia, elas são diárias.
“Recebemos algumas denúncias de que, na maioria dos casos, há exigência de bater a meta do mês inteiro já na primeira semana, o que é inadmissível”, enfatiza na matéria o dirigente e bancário do Santander André Camorozano.
Segundo Camorozano, há trabalhadores que fecharam com nota A, no primeiro quadrante (Q1), em janeiro, mas que, ao consultarem agora em março o sistema, caíram para a nota C, no quarto quadrante (Q4). Quanto menor o número do quadrante, maior a produtividade.
“Além do gerente geral cobrando os trabalhadores, agora o próprio gerente regional vai pessoalmente assediar aqueles que não estão no primeiro quadrante (Q1) com nota A, ou seja, abaixo das expectativas. Além disso, o próprio regional confere pessoalmente se o gerente da agência ligou para os clientes, o que, além de constrangimento, torna-se uma ameaça, uma atitude explícita de assédio moral”, critica o dirigente.
"Esse tipo de prática nefasta está levando os já poucos funcionários das agências – há locais com apenas 5 bancários – ao adoecimento, com casos concretos de trabalhadores passando mal no próprio local de trabalho. O papel do gestor é orientar, e não aborrecer os trabalhadores", acrescenta Camorozano.
O movimento sindical tem insistido com o Santander da necessidade de rever metas e cobranças. Além disso, alguns protestos serão intensificados nos locais de trabalho onde forem indentificadas as práticas abusivas.
O dirigente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Júlio César Trigo, lembra que os bancários que estiverem passando por situação semelhante, com cobranças abusivas, devem procurar a entidade, que tem um canal de denúncias contra o assédio moral. As queixas, com garantia de anonimato, também podem ser feitas pelo telefone (17) 3522-2409, diretamente a um dos dirigentes.
Santander 5.0
Paralelamente ao novo modelo de metas, o banco está em processo de implementação do Santander 5.0, um fórum de boas práticas que tem gerado questionamentos dos funcionários. O movimento sindical está recebendo algumas informações, mas precisa saber da viabilidade desse novo processo, se está sendo benéfico ou prejudicial para os trabalhadores.
"Pedimos que os bancários do Santander entrem em contato conosco pelos mesmos canais acima e nos informem se o Santander 5.0 é viável ou não", conclui Trigo.
Criadas para serem semestrais, as cobranças do novo sistema se tornaram mensais. No trato direto, todavia, elas são diárias.
“Recebemos algumas denúncias de que, na maioria dos casos, há exigência de bater a meta do mês inteiro já na primeira semana, o que é inadmissível”, enfatiza na matéria o dirigente e bancário do Santander André Camorozano.
Segundo Camorozano, há trabalhadores que fecharam com nota A, no primeiro quadrante (Q1), em janeiro, mas que, ao consultarem agora em março o sistema, caíram para a nota C, no quarto quadrante (Q4). Quanto menor o número do quadrante, maior a produtividade.
“Além do gerente geral cobrando os trabalhadores, agora o próprio gerente regional vai pessoalmente assediar aqueles que não estão no primeiro quadrante (Q1) com nota A, ou seja, abaixo das expectativas. Além disso, o próprio regional confere pessoalmente se o gerente da agência ligou para os clientes, o que, além de constrangimento, torna-se uma ameaça, uma atitude explícita de assédio moral”, critica o dirigente.
"Esse tipo de prática nefasta está levando os já poucos funcionários das agências – há locais com apenas 5 bancários – ao adoecimento, com casos concretos de trabalhadores passando mal no próprio local de trabalho. O papel do gestor é orientar, e não aborrecer os trabalhadores", acrescenta Camorozano.
O movimento sindical tem insistido com o Santander da necessidade de rever metas e cobranças. Além disso, alguns protestos serão intensificados nos locais de trabalho onde forem indentificadas as práticas abusivas.
O dirigente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Júlio César Trigo, lembra que os bancários que estiverem passando por situação semelhante, com cobranças abusivas, devem procurar a entidade, que tem um canal de denúncias contra o assédio moral. As queixas, com garantia de anonimato, também podem ser feitas pelo telefone (17) 3522-2409, diretamente a um dos dirigentes.
Santander 5.0
Paralelamente ao novo modelo de metas, o banco está em processo de implementação do Santander 5.0, um fórum de boas práticas que tem gerado questionamentos dos funcionários. O movimento sindical está recebendo algumas informações, mas precisa saber da viabilidade desse novo processo, se está sendo benéfico ou prejudicial para os trabalhadores.
"Pedimos que os bancários do Santander entrem em contato conosco pelos mesmos canais acima e nos informem se o Santander 5.0 é viável ou não", conclui Trigo.
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