28/02/2020
Exigimos providências para resguardar o Estado de Direito, diz nota da CUT

Na noite desta terça-feira de Carnaval, 25 de fevereiro, a sociedade brasileira recebeu com espanto a notícia de que o presidente da República, eleito democraticamente pelo voto em outubro de 2018, assim como governadores, deputados e senadores, disparou por meio do seu Whatsapp convocatória para uma manifestação contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, a ser realizada em todo país em 15 de março próximo.
Com esse ato, mais uma vez, o presidente ignora a responsabilidade do cargo que ocupa pelo voto e age, deliberadamente, de má-fé, apostando em um golpe contra a democracia, a liberdade, a Constituição, a Nação e as Instituições.
Não há atitude banal, descuidada e de “cunho pessoal” de um presidente da República. Seus atos devem sempre representar a Nação e, se assim não o fazem, comete crime de responsabilidade com suas consequências.
Ressaltamos que, segundo o Art. 85 da Constituição Federal:
“São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação”.
A Nação brasileira deve repudiar a enorme insegurança política que fere a liberdade, os direitos dos cidadãos, que trava a retomada do crescimento e, por consequência, alimenta o desemprego e a pobreza.
Precisamos ultrapassar essa fase de bate-bocas nas redes sociais e de manifestações oficiais de repúdio aos descalabros do presidente da República.
Não podemos deixar que os recorrentes ataques à nossa democracia e à estabilidade social conquistadas após o fim da ditadura militar e, sobretudo, desde a Constituição Cidadã de 1988, tornem-se a nova normalidade.
Diante desse escandaloso fato, as Centrais Sindicais consideram urgente que o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional se posicionem e encaminhem as providências legais e necessárias, antes que seja tarde demais.
Do mesmo modo, conclamamos a máxima unidade de todas as forças sociais na defesa intransigente da liberdade, das instituições e do Estado Democrático de Direito.
São Paulo, 26 de fevereiro de 2020
Sergio Nobre, presidente da CUT (Central única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
José Calixto Ramos, presidente da NCST (Nova Central de Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, presidente da CSB (Central de Sindicatos do Brasil)
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- COE Itaú cobra esclarecimentos sobre fechamento de agências, realocação de trabalhadores e condições de trabalho
- Bradesco: lucro bilionário às custas do desemprego e abandono da população
- Redução do equacionamento: cálculos finais comprovam que Caixa e Funcef cortaram direitos sem necessidade
- Live nesta quarta-feira (13): tarifaço e medidas de proteção do emprego
- Saúde Caixa: caminho possível é reajuste zero e fim do teto
- Sindicato participa de seminário da FETEC-CUT/SP e debate desafios da comunicação na categoria bancária
- Encontro Estadual do BB debate conjuntura e define propostas para a Conferência Nacional
- Banespianos e familiares denunciam angústia e risco à saúde diante da ameaça de retirada de patrocínio pelo Santander
- Feliz Dia dos Pais!
- ContrafCast: Entenda porque o PIX se tornou patrimônio nacional e ameaça à hegemonia econômica dos EUA
- Bancários do Itaú definem propostas para o Encontro Nacional, que ocorre em 22 de agosto
- Saiu o resultado do 2º Festival Nacional de Música Autoral da Contraf-CUT
- Bancários do Santander aprovam propostas e estratégias de luta para o Encontro Nacional
- Encontro Estadual do Bradesco em São Paulo debate principais problemas no banco
- "Basta! Não irão nos calar!" alcança marca de 524 atendimentos, com contribuições à Lei Maria da Penha