31/10/2019
Nas alturas: lucro do Santander ultrapassa os R$ 10 bilhões no terceiro trimestre de 2019

O banco Santander acumulou um lucro líquido gerencial de R$ 10,824 bilhões nos nove primeiros meses de 2019, crescimento de 20,4% em relação ao mesmo período de 2018 e de 1,9% na comparação com o trimestre anterior, segundo análise realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O levantamento do Dieese aponta ainda que a rentabilidade (retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado – ROE) do banco foi de 21,2%, alta de 1,8 pontos percentuais em doze meses. O lucro no Brasil representou 29% do lucro global obtido pelo banco no período, que foi de € 6,179 milhões, com crescimento de 3% em um ano. Vale salientar que, entre os países, a participação do lucro brasileiro é a maior, seguida da Espanha com participação de 15%.
“Esperamos que o esforço para obter esse resultado se reflita na remuneração e valorização dos funcionários e, mais ainda, que o banco aproveite o bom resultado para cumprir a responsabilidade social que toda instituição financeira deveria ter”, disse o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco, Mario Raia.
O secretário geral do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Júlio César Trigo, acrescenta que a lucratividade obtida pelo Santander destaca-se, sobretudo tendo em vista a crise econômica do país. "Com este resultado é dever do banco reconhecer e valorizar os bancários brasileiros ao invés de seguir reduzindo o quadro de funcionários, sobrecarregando os demais e oferecendo um atendimento precário aos clientes, não por culpa dos bancários, mas como resultado da sobrecarga e das metas abusivas. Reivindicamos a valorização e respeito com os trabalhadores", ressalta o diretor.
Receita X empregos
A receita com prestação de serviços e renda das tarifas bancárias cresceu 11,7% em doze meses, totalizando R$ 14 bilhões, enquanto as despesas de pessoal, incluindo a Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) subiram apenas 1,2%, atingindo R$ 7 bilhões no período. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 198,96%. Ou seja, apenas com essa receita, que é muito menor se comparada às obtidas pelo banco nas demais transações financeiras, o banco consegue cobrir quase que duas vezes todas as despesas que tem com seus funcionários.
Em doze meses (setembro de 2018 a setembro de 2019), o Santander abriu 1.646 postos de trabalho, chegando a setembro deste ano com 49.482 empregados. Também foram abertas 41 agências no mesmo período.
"Apesar do saldo positivo de empregos, o banco espanhol tem a prática perversa no Brasil de demitir empregados adoecidos ou mais antigos, com os mais altos salários. Ou seja, ele dispensa os trabalhadores mais antigos ou doentes e contrata jovens com salários mais baixos", alerta Trigo.
Crédito
A Carteira de Crédito Ampliada do banco teve alta de 7,3% em doze meses e de 3,7% no trimestre, atingindo R$ 408,7 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 18,0% em relação a setembro de 2018, chegando a R$ 147,9 bilhões, impulsionado pelo crédito consignado (25,6%), cartão de crédito (20,7%) e crédito imobiliário (12,7%). A Carteira de Financiamento ao Consumo, originada fora da rede de agências, somou R$ 55,1 bilhões, com crescimento de 16,6% no período. Do total desta carteira, R$ 46,0 bilhões (83,1% da carteira) referem-se a financiamentos de veículos para pessoa física, que cresceu 17,6% no período.
O crédito pessoa jurídica apresentou alta de 2,2% em doze meses e leve alta de 0,2% no trimestre, alcançando R$ 128,6 bilhões. Entre setembro de 2018 e setembro de 2019, o segmento de pequenas e médias empresas cresceu 11,6%, enquanto o de grandes empresas caiu 1,4%. Desconsiderando-se o efeito cambial, a queda da carteira para grandes empresas foi de 5,9% em relação a setembro de 2018. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias ficou em 3,0%, com crescimento de 0,1 pontos percentuais. As despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD), por sua vez, cresceram 2,6%, somando R$ 9,7 bilhões.
“O banco precisa fornecer crédito para quem precisa. Nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul, a maior parte do crédito é proveniente de bancos públicos. O banco não pode limitar sua atuação apenas à região Sudeste, que concentra a maior parte das riquezas do país”, observou Mario Raia.
O levantamento do Dieese aponta ainda que a rentabilidade (retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado – ROE) do banco foi de 21,2%, alta de 1,8 pontos percentuais em doze meses. O lucro no Brasil representou 29% do lucro global obtido pelo banco no período, que foi de € 6,179 milhões, com crescimento de 3% em um ano. Vale salientar que, entre os países, a participação do lucro brasileiro é a maior, seguida da Espanha com participação de 15%.
“Esperamos que o esforço para obter esse resultado se reflita na remuneração e valorização dos funcionários e, mais ainda, que o banco aproveite o bom resultado para cumprir a responsabilidade social que toda instituição financeira deveria ter”, disse o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco, Mario Raia.
O secretário geral do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, Júlio César Trigo, acrescenta que a lucratividade obtida pelo Santander destaca-se, sobretudo tendo em vista a crise econômica do país. "Com este resultado é dever do banco reconhecer e valorizar os bancários brasileiros ao invés de seguir reduzindo o quadro de funcionários, sobrecarregando os demais e oferecendo um atendimento precário aos clientes, não por culpa dos bancários, mas como resultado da sobrecarga e das metas abusivas. Reivindicamos a valorização e respeito com os trabalhadores", ressalta o diretor.
Receita X empregos
A receita com prestação de serviços e renda das tarifas bancárias cresceu 11,7% em doze meses, totalizando R$ 14 bilhões, enquanto as despesas de pessoal, incluindo a Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) subiram apenas 1,2%, atingindo R$ 7 bilhões no período. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 198,96%. Ou seja, apenas com essa receita, que é muito menor se comparada às obtidas pelo banco nas demais transações financeiras, o banco consegue cobrir quase que duas vezes todas as despesas que tem com seus funcionários.
Em doze meses (setembro de 2018 a setembro de 2019), o Santander abriu 1.646 postos de trabalho, chegando a setembro deste ano com 49.482 empregados. Também foram abertas 41 agências no mesmo período.
"Apesar do saldo positivo de empregos, o banco espanhol tem a prática perversa no Brasil de demitir empregados adoecidos ou mais antigos, com os mais altos salários. Ou seja, ele dispensa os trabalhadores mais antigos ou doentes e contrata jovens com salários mais baixos", alerta Trigo.
Crédito
A Carteira de Crédito Ampliada do banco teve alta de 7,3% em doze meses e de 3,7% no trimestre, atingindo R$ 408,7 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 18,0% em relação a setembro de 2018, chegando a R$ 147,9 bilhões, impulsionado pelo crédito consignado (25,6%), cartão de crédito (20,7%) e crédito imobiliário (12,7%). A Carteira de Financiamento ao Consumo, originada fora da rede de agências, somou R$ 55,1 bilhões, com crescimento de 16,6% no período. Do total desta carteira, R$ 46,0 bilhões (83,1% da carteira) referem-se a financiamentos de veículos para pessoa física, que cresceu 17,6% no período.
O crédito pessoa jurídica apresentou alta de 2,2% em doze meses e leve alta de 0,2% no trimestre, alcançando R$ 128,6 bilhões. Entre setembro de 2018 e setembro de 2019, o segmento de pequenas e médias empresas cresceu 11,6%, enquanto o de grandes empresas caiu 1,4%. Desconsiderando-se o efeito cambial, a queda da carteira para grandes empresas foi de 5,9% em relação a setembro de 2018. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias ficou em 3,0%, com crescimento de 0,1 pontos percentuais. As despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD), por sua vez, cresceram 2,6%, somando R$ 9,7 bilhões.
“O banco precisa fornecer crédito para quem precisa. Nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul, a maior parte do crédito é proveniente de bancos públicos. O banco não pode limitar sua atuação apenas à região Sudeste, que concentra a maior parte das riquezas do país”, observou Mario Raia.
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