07/10/2019
13º Congresso da CUT - Sindicatos Fortes, Direitos e Democracia começa nesta segunda

Mais de dois mil delegados e delegadas, homens e mulheres, do campo e da cidade, sairão de suas cidades em todas as regiões do país para participar do 13º Congresso Nacional da CUT – Sindicatos Fortes, Direitos, Soberania e Democracia, que acontece entre os dias 7 e 10 de outubro, na Praia Grande, em São Paulo.
Também participarão do Congresso mais de 100 sindicalistas de 50 países do mundo e dos movimentos sociais das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Representando o Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, participará o diretor da entidade Roberto Carlos Vicentim, que também é coordenador da subsede da CUT, em São José do Rio Preto.
Nesta segunda-feira (7) à noite, haverá uma cerimônia de abertura. Na terça, serão apresentadas análises de conjunta nacional e internacional. No último dia do Congresso, quinta-feira (10), os delegados e delegadas vão eleger a nova direção executiva da CUT. Logo após a eleição, os novos dirigentes tomarão posse para o período 2019-2023.
O 13º CONCUT vai acontecer no ano que a Central completa 36 anos de história de lutas e conquistas e em que, paralelamente, o Brasil vive uma das piores crises econômicas e sociais e tem um governo de extrema direita, ligado ao empresariado e ao mercado internacional que em apenas nove meses atacou vários direitos conquistados com muita organização, resistência, mobilização e luta.
Mal assumiu o mandato, o novo governo encaminhou ao Congresso Nacional sua proposta de reforma da Previdência, cortou recursos da Educação e deu início ao seu programa de privatizações, um verdadeiro ataque a soberania nacional. Também atacou o meio ambiente, tentou criminalizar os movimentos sociais e sindicais.
Além de discutir estratégias para enfrentar a ferocidade neoliberal, os sindicalistas e as sindicalistas terão que traçar planos para discutir os novos modelos de contrato de trabalho, impostos pela reforma Trabalhista no governo de, Michel Temer (MDB-SP) e como organizar os trabalhadores e as trabalhadoras neste novo mundo do trabalho, em que avanços tecnológicos e inteligência artificial estão lado a lado com o trabalho precário, sem registro, sem direitos.
“Neste Congresso nós teremos duas importantes tarefas. Uma é se organizar para enfrentar os desafios do novo mundo do trabalho, que inclui as novas relações do trabalho, os novos modelos de contrato e a inserção das novas tecnologias. A outra, é como vamos recuperar a democracia e colocar este país de novo no caminho do crescimento”, afirmou o Secretário-Geral da CUT, Sergio Nobre.
Segundo o dirigente, a CUT nasceu introduzindo uma nova forma de fazer sindicalismo, pensando como gerar emprego, saúde, educação e ainda resistir aos ataques contra direitos e a democracia e é assim que a Central se organizará para o próximo período.
“A CUT é combativa, vai para as ruas, luta contra retirada de direitos e por ampliação de direitos, mas também apresenta soluções para o país porque é um sindicato cidadão. Não adianta o trabalhador estar bem no trabalho e voltar para casa e não ter uma escola de qualidade para o filho, segurança pública e saúde. Esta é a marca da CUT que queremos fortalecer”, destacou Sérgio Nobre.
Eixos do Congresso
O 13º Congresso Nacional da CUT deverá expressar de forma contundente o momento que o país vive e o sentido que os sindicalistas e as sindicalistas querem dar para ele. E o nome do CONCUT explica bem os eixos da Central para o próximo período: Sindicatos fortes, direitos, soberania e democracia.
Para a Secretária-Geral Adjunta da CUT, Maria Faria, não tem como ter um sindicato forte se ele não representar os trabalhadores formais e informais, mas principalmente que esta classe trabalhadora entenda que o sindicato é uma ferramenta importante da luta por direitos.
“O trabalhador e a trabalhadora sempre ficarão numa posição fragilizada em relação ao patrão e a classe trabalhadora precisa ter conhecimento que para enfrentar o capital é preciso ter uma estrutura forte, representativa, que tenha conhecimento do que está falando e com pessoas comprometidas. É neste sentido que a CUT trabalha porque direitos estão atrelados a sindicato forte”.
Política da CUT é construída de forma democrática
Estão previstos na programação do 13º CONCUT, debates internacionais e nacionais, mas também os sindicalistas e as sindicalistas vão discutir internamente o estatuto e o plano de luta para a Central no próximo período.
“Para discutir o modelo organizativo é fundamental que este debate seja feito pelos dirigentes da CUT nacional e dos Estados e principalmente pelos dois mil delegados e delegadas que estarão representando os 19 ramos da Central e os 26 estados e mais o Distrito Federal. E eles têm legitimidade para construir uma resolução que atenda esta amplitude”, explicou a Secretária-Geral Adjunta, Maria Faria.
Depois da etapa nacional, os estados também farão seus congressos entre 15 de outubro e 15 de dezembro, bem diferente do que aconteceu nestas três décadas da Central.
“Este ano o formato do Congresso está invertido, o nacional primeiro e depois dos estados. Porque este debate mais profundo que está sendo proposto pela representação nacional, os estados vão repetir em seus territórios, de forma descentralizada e a luz das suas realidades”, destacou Maria.
Formato do Congresso
O 13º CONCUT será realizado no Ginásio Falcão, na Praia Grande, mantido pela prefeitura da cidade. A CUT fará o seu encontro nas estruturas construídas pelos trabalhadores, trabalhadoras e pelos movimentos social e sindical, inclusive de outras centrais.
Ao invés de pagar uma estrutura da iniciativa privada de hospedagem e alimentação, irá valorizar o que é do trabalhador e é mantido por eles.
“Além da gente se hospedar nas colônias de férias dos sindicatos, a gente vai ter alimentos da economia solidária. Iremos ter ao redor do ginásio comerciantes da região para fomentar a economia local. É um encontro realizado para os trabalhadores e por trabalhadores”, explica Maria.
Nova diretoria
No 13º Congresso Nacional da CUT vai eleger uma nova diretoria que vai assumir a responsabilidade da Central num período muito difícil.
Para Maria, a nova diretoria terá o grande desafio de estar a frente da maior central sindical do Brasil e da América Latina e a 5º maior do mundo, porque o Brasil está assustado com tantas medidas de Bolsonaro, que até agora não gerou empregos, não melhorou a economia e só estamos vendo a entrega do nosso país, retirada de direitos e conquistas, desemprego e trabalho sem direitos.
“Mas os trabalhadores e as trabalhadoras precisam saber que os homens e as mulheres que vão assumir a CUT são valorosas e que aprenderam na luta e na raça. Além disso, esta diretoria que será eleita sabe o que é defender direitos, empregos e são pessoas preparadas para isso. Este desafio será incentivador para que a nova gestão nacional e dos estados deem sua cota de contribuição na história deste país e da classe trabalhadora”, frizou a dirigente.
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