26/06/2019
UNI Américas: Jovens trabalhadores discutem as transformações no mundo do trabalho

A automação vai colocar em risco os empregos de cerca de 400 a 800 milhões de trabalhadores até 2030, de acordo com o estudo da consultoria McKinsey. A pesquisa analisou 800 profissões em 46 países e constatou que até um terço dos trabalhos atuais poderá ser automatizado em até 11 anos. No Brasil, o percentual de vagas eliminadas pode chegar a 15%. Outro estudo mais conservador, do Fórum Econômico Mundial, aponta que as tecnologias acabarão com 7 milhões de vagas até 2021.
Os estudos apontam que as tecnologias exercem um impacto profundo e cada vez maior no mercado de trabalho. E a automação vem ganhando campo no setor financeiro. Nos anos 80 havia cerca de um milhão de trabalhadores bancários. Atualmente são cerca de 400 mil.
A fim de debater essa realidade e encontrar soluções para o problema, o Comitê Executivo de Juventude UNI Américas se reuniu na República Dominicana, nos dias 20 e 21 de junho, para debater inovação tecnológica e as mudanças no futuro do mundo do trabalho.
O objetivo do encontro é a formação política de jovens dirigentes sindicais, intercâmbio, construção de narrativas e definições de pautas conjuntas. Representando a Contraf-CUT e o Brasil estiveram presentes Lucimara Malaquias, vice-presidente de juventude Uni Américas e Katlin Salles coordenadora da rede Uni Juventude Brasil.
“O problema do desemprego hoje não é resultado exclusivo da inovação tecnológica, mas principalmente do modelo econômico e político vigente que canaliza majoritariamente os recursos disponíveis para uma parcela pequena das pessoas”, afirma Lucimara.
Para o movimento sindical é inegável que tecnologia traz benefícios importantes e necessários, mas é urgente debater quem se apropria de fato dessa tecnologia e quem controla o acesso a elas.
“O grande desafio é dar acesso aos mais pobres às mesmas tecnologias e recursos que os mais ricos. Certamente, sem mobilização e marcos regulatórios internacionais, o futuro não será inclusivo para uma imensa parcela dos trabalhadores”, afirma Lucimara.
Segundo dados da ONU e da OIT, 53% da população mundial não tem acesso a internet , 90% não tem acesso ao ensino universitário, e atualmente há 190 milhões de desempregados. Do total de trabalhadores em plataformas digitais, 86% são jovens entre 18 e 29 anos e 75% dos trabalhadores temporários são jovens.
“Esses dados demonstram o tamanho da desigualdade no mundo e o tamanho do nosso desafio. A falta de alternativa empurra os jovens para empregos precários e dificulta seu planejamento de vida no longo prazo”, avalia Katlin Salles.
Atualmente há uma disputa de narrativas sobre o que é o trabalho temporário: um atrativo para os jovens por permitir jornadas flexíveis e locais físicos de trabalho diferentes dos tradicionais, como a residência própria ou um café.
“Mas na verdade essa nova organização esconde um perigoso precedente nas relações de trabalho. Os benefícios são poucos perto dos prejuízos, como ausência de contratos e direitos trabalhistas”, enfatiza Lucimara.
Para a dirigente, a inserção dos trabalhadores no debate de alternativas para o novo mundo do trabalho é essencial. “E para isso precisamos reivindicar dos governos e das empresas para que os trabalhadores sejam considerados atores sociais relevantes e necessários na construção de propostas para enfrentamento às crises políticas, econômicas em curso no mundo.”
Os estudos apontam que as tecnologias exercem um impacto profundo e cada vez maior no mercado de trabalho. E a automação vem ganhando campo no setor financeiro. Nos anos 80 havia cerca de um milhão de trabalhadores bancários. Atualmente são cerca de 400 mil.
A fim de debater essa realidade e encontrar soluções para o problema, o Comitê Executivo de Juventude UNI Américas se reuniu na República Dominicana, nos dias 20 e 21 de junho, para debater inovação tecnológica e as mudanças no futuro do mundo do trabalho.
O objetivo do encontro é a formação política de jovens dirigentes sindicais, intercâmbio, construção de narrativas e definições de pautas conjuntas. Representando a Contraf-CUT e o Brasil estiveram presentes Lucimara Malaquias, vice-presidente de juventude Uni Américas e Katlin Salles coordenadora da rede Uni Juventude Brasil.
“O problema do desemprego hoje não é resultado exclusivo da inovação tecnológica, mas principalmente do modelo econômico e político vigente que canaliza majoritariamente os recursos disponíveis para uma parcela pequena das pessoas”, afirma Lucimara.
Para o movimento sindical é inegável que tecnologia traz benefícios importantes e necessários, mas é urgente debater quem se apropria de fato dessa tecnologia e quem controla o acesso a elas.
“O grande desafio é dar acesso aos mais pobres às mesmas tecnologias e recursos que os mais ricos. Certamente, sem mobilização e marcos regulatórios internacionais, o futuro não será inclusivo para uma imensa parcela dos trabalhadores”, afirma Lucimara.
Segundo dados da ONU e da OIT, 53% da população mundial não tem acesso a internet , 90% não tem acesso ao ensino universitário, e atualmente há 190 milhões de desempregados. Do total de trabalhadores em plataformas digitais, 86% são jovens entre 18 e 29 anos e 75% dos trabalhadores temporários são jovens.
“Esses dados demonstram o tamanho da desigualdade no mundo e o tamanho do nosso desafio. A falta de alternativa empurra os jovens para empregos precários e dificulta seu planejamento de vida no longo prazo”, avalia Katlin Salles.
Atualmente há uma disputa de narrativas sobre o que é o trabalho temporário: um atrativo para os jovens por permitir jornadas flexíveis e locais físicos de trabalho diferentes dos tradicionais, como a residência própria ou um café.
“Mas na verdade essa nova organização esconde um perigoso precedente nas relações de trabalho. Os benefícios são poucos perto dos prejuízos, como ausência de contratos e direitos trabalhistas”, enfatiza Lucimara.
Para a dirigente, a inserção dos trabalhadores no debate de alternativas para o novo mundo do trabalho é essencial. “E para isso precisamos reivindicar dos governos e das empresas para que os trabalhadores sejam considerados atores sociais relevantes e necessários na construção de propostas para enfrentamento às crises políticas, econômicas em curso no mundo.”
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