14/06/2019

Direito à licença parental é reivindicação antiga dos trabalhadores bancários



Uma startup indiana de entrega de alimentos, chamada Zomato, anunciou nesta semana que vai oferecer licença-paternidade remunerada de seis meses para os seus funcionários. O direito, noticiado como inovador,  é uma antiga reivindicação da categoria bancária.

Reconhecido pela categoria bancária como licença parental, o direito se caracteriza com a licença da mãe por seis meses, seguida pela do pai de seis meses, ambos para os cuidados com os filhos. 

Em março de 2016, os trabalhadores conquistaram o direito à licença-paternidade de 20 dias, um dos dispositivos da lei 13.257, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff. Porém, a lei só é vigente para as empresas que aderirem ao Programa Empresa Cidadã, criado pelo governo em 2008.

De acordo com Elaine Cutis, secretaria da Mulher da Contraf-CUT, as leis e cultura dos ambientes de trabalho não possibilitam com que a mulher se destaque e ocupe cargos de liderança. “Além da mulher ter uma dupla jornada de trabalho, dedicada ao cuidado da casa e família, o tempo em licença-maternidade e possíveis ausências para cuidar dos filhos, colocam em jogo a sua capacidade na hora de uma recolocação ou promoção de emprego”, afirmou. 

Os dados dos relatórios de sustentabilidade dos bancos mostram que o número de mulheres em cargos de liderança ainda é pequeno. No Itaú, o número de mulheres na diretoria é 15, frente à participação de 103 homens nestes cargos. No Bradesco, somando diretoria e conselho de administração, tem-se a participação de apenas 7 mulheres e de 129 homens. 

No Santander, as mulheres representam apenas 20,2% da diretoria. A participação de mulheres em cargos de dirigentes na Caixa Econômica Federal foi de 2,70% em 2017, o que significa queda de mais de 10 pontos percentuais em relação a 2015, quando era de 13,51%. Já a participação de mulheres negras foi de 0,00% nestes cargos. No Banco do Brasil, as mulheres representam somente 4,84% dos cargos de comando.

“O Sindicato sempre lutou pela promoção de políticas para eliminar desigualdades e discriminações de gênero nos locais de trabalho. A categoria bancária foi uma das primeiras a ter, desde o ano 2000, a igualdade de oportunidades como cláusula na CCT. Precisamos ampliar também a luta pela licença parental, para continuarmos avançando e conquistando direitos no ambiente de trabalho”, acrescentou o secretário geral do Sindicato Júlio César Trigo.

Greve Geral

A Greve Geral, deste 14 de junho, é mais uma luta da classe trabalhadora, que é contra a reforma da Previdência. Trabalhadores de todas as categorias vão cruzar os braços e ir às ruas de todo o país em defesa da aposentadoria.

Em Catanduva, as atividades terão início às 13 horas, com concentração na Praça da Matriz seguida de caminhada até o INSS. Não fique alheio a essa luta, que também é sua!
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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