03/06/2019
Cresce o desemprego no Brasil. Já são 13,2 milhões sem trabalho, segundo dados do IBGE

Desempregados formam imensa fila à procura de emprego em São Paulo
(Foto: Reprodução)
A taxa de desemprego no Brasil, no trimestre encerrado em abril, atingiu 12,5% dos brasileiros, segundos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgados na sexta-feira (31), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já são 13,2 milhões de desempregados, número 4,4% maior que o trimestre anterior (12,6 milhões) – uma redução de 552 mil postos de trabalho.
A pesquisa traz um recorde na série histórica: o número de trabalhadores subutilizados, ou seja, aqueles que poderiam trabalhar mais, chegou a 28,4 milhões. A alta foi de 3,9% em relação ao trimestre anterior (27,3 milhões). Na comparação com o mesmo período do ano passado, a alta foi de 3,7%. No trimestre encerrado em abril de 2018, o total de subutilizados foi de 27,4 milhões de pessoas.
A reportagem é da CUT.
Mais informais que carteira assinada
A pesquisa traz também dados sobre o número de informais, os trabalhadores por conta própria. Em relação ao trimestre anterior o índice se mostrou estável em 23,9 milhões de pessoas, mas registrou aumento de mais 939 mil trabalhadores (4,1%), em relação ao ano passado.
Isto significa que cresceu muito mais o número de informais do que os trabalhadores registrados no setor privado . Essa parcela que trabalha com direitos garantidos como férias, 13° salário, fundo de garantia e outros direitos, subiu apenas 1,5% (mais 480 mil pessoas), em comparação com 2018. Com isso, o número de trabalhadores com carteira assinada ficou estável em 33,1 milhões. O mesmo ocorreu com os trabalhadores sem carteira assinada, cujo número permaneceu em 11,2 milhões. Porém, subiu 3,4% (mais 368 mil) em relação a igual período do ano passado.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, o aumento no número de desempregados demonstra que o governo de Jair Bolsonaro (PSL) não tem nenhum plano de recuperação econômica para o Brasil. “Não tem nenhuma proposta concreta de retomada do crescimento, de geração de emprego e renda, pelo contrário, o que se vê é diminuição da projeção do PIB, arrocho salarial e ataque aos direitos”, critica.
Ele afirma também que a exemplo do que foi a reforma trabalhista, que ao contrário das promessas do ilegítimo Michel Temer (MDB), não gerou empregos, a reforma da Previdência também não vai aquecer a economia: “Tirar o direito dos brasileiros se aposentarem no futuro não vai gerar crescimento nem empregos”.
Vagner diz que “crescimento econômico, entre outras coisas, se consegue com a volta do investimento do setor público, sobretudo em obras de infraestrutura que estão paradas. Não é o congelamento do investimento em saúde e educação que gera emprego, tampouco acabar com direitos trabalhistas”.
Desalento chega a quase 5 milhões de pessoas
O número de trabalhadores que desistiram de procurar emprego porque perderam a esperança, os chamados desalentados, aumentou 4,3% e já chega a 4,9 milhões de pessoas. Em relação ao trimestre anterior, são mais 202 mil pessoas sem expectativas de conseguir trabalho.
Salários e força de trabalho
O rendimento médio real do brasileiro, de R$ 2.295,00, ficou estável nas comparações tanto com o trimestre anterior quanto em relação ao mesmo período do ano passado.
Se somadas as pessoas desempregadas, as subutilizadas por jornadas de trabalho menores e o número de pessoas com potencial de trabalho, o índice chega a 24,9%. A alta foi de 0,7 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, encerrado em janeiro de 2019 (a taxa foi de 24,2%) e alta de 0,4 pontos em relação ao trimestre encerrado em abril de 2018, quando a taxa era de 24,5%.
O número de brasileiros fora da força de trabalho chegou a 65 milhões.
A pesquisa traz um recorde na série histórica: o número de trabalhadores subutilizados, ou seja, aqueles que poderiam trabalhar mais, chegou a 28,4 milhões. A alta foi de 3,9% em relação ao trimestre anterior (27,3 milhões). Na comparação com o mesmo período do ano passado, a alta foi de 3,7%. No trimestre encerrado em abril de 2018, o total de subutilizados foi de 27,4 milhões de pessoas.
A reportagem é da CUT.
Mais informais que carteira assinada
A pesquisa traz também dados sobre o número de informais, os trabalhadores por conta própria. Em relação ao trimestre anterior o índice se mostrou estável em 23,9 milhões de pessoas, mas registrou aumento de mais 939 mil trabalhadores (4,1%), em relação ao ano passado.
Isto significa que cresceu muito mais o número de informais do que os trabalhadores registrados no setor privado . Essa parcela que trabalha com direitos garantidos como férias, 13° salário, fundo de garantia e outros direitos, subiu apenas 1,5% (mais 480 mil pessoas), em comparação com 2018. Com isso, o número de trabalhadores com carteira assinada ficou estável em 33,1 milhões. O mesmo ocorreu com os trabalhadores sem carteira assinada, cujo número permaneceu em 11,2 milhões. Porém, subiu 3,4% (mais 368 mil) em relação a igual período do ano passado.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, o aumento no número de desempregados demonstra que o governo de Jair Bolsonaro (PSL) não tem nenhum plano de recuperação econômica para o Brasil. “Não tem nenhuma proposta concreta de retomada do crescimento, de geração de emprego e renda, pelo contrário, o que se vê é diminuição da projeção do PIB, arrocho salarial e ataque aos direitos”, critica.
Ele afirma também que a exemplo do que foi a reforma trabalhista, que ao contrário das promessas do ilegítimo Michel Temer (MDB), não gerou empregos, a reforma da Previdência também não vai aquecer a economia: “Tirar o direito dos brasileiros se aposentarem no futuro não vai gerar crescimento nem empregos”.
Vagner diz que “crescimento econômico, entre outras coisas, se consegue com a volta do investimento do setor público, sobretudo em obras de infraestrutura que estão paradas. Não é o congelamento do investimento em saúde e educação que gera emprego, tampouco acabar com direitos trabalhistas”.
Desalento chega a quase 5 milhões de pessoas
O número de trabalhadores que desistiram de procurar emprego porque perderam a esperança, os chamados desalentados, aumentou 4,3% e já chega a 4,9 milhões de pessoas. Em relação ao trimestre anterior, são mais 202 mil pessoas sem expectativas de conseguir trabalho.
Salários e força de trabalho
O rendimento médio real do brasileiro, de R$ 2.295,00, ficou estável nas comparações tanto com o trimestre anterior quanto em relação ao mesmo período do ano passado.
Se somadas as pessoas desempregadas, as subutilizadas por jornadas de trabalho menores e o número de pessoas com potencial de trabalho, o índice chega a 24,9%. A alta foi de 0,7 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, encerrado em janeiro de 2019 (a taxa foi de 24,2%) e alta de 0,4 pontos em relação ao trimestre encerrado em abril de 2018, quando a taxa era de 24,5%.
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